Capítulo I

3409 Words
6 anos antes… Uma dor terrível toma conta de seu ser, a garganta seca a faz perder qualquer capacidade de soltar o gemido de dor prezo, seus dentes parecem querer nascer novamente um sobre o outro, os caninos estão mais afiados e, ao mesmo tempo voltam ser normais e seu corpo todo parece querer se reinventar. Seu ventre doí, se contrai, descontrai e lágrimas já escorrem pelo canto de seus olhos enquanto dorme. Ela sente a presença dele em seus sonhos, a chamando, a querendo, clamando por vê-la, para que ela diga onde está. Ele mais que ninguém sente sua dor e pede-lhe que o deixe ajudar, a marca de nascença queima, enquanto o homem dos olhos azuis sussurra ao seu redor “Malala, onde você está? Depois de todo esse tempo eu te sinto”. As mãos dele vão em direção a ela, buscando a desesperadamente, assustando-a, o ar falta em seus pulmões. Pelo medo que aquele homem traz, a pele tão branca que parecia ter sido coberto por flocos de neve e, ao mesmo tempo, tão musculoso que pareciam querer rasgar as vestes, ele não era um homem qualquer seu porte de guerreiro é notável. “Me deixe entrar Malala” ele pede com calma, mas logo grita e seu tom de voz soa assustador e só piora quando os olhos azuis brilham e as presas ficam amostra e novamente seus dentes parecem querer nascer e os caninos querem se alongar. Num ato desesperado, tentou gritar e o desespero de ficar ali para sempre num looping infinito se aflorou e então tudo começou a se tornar um borrão quando seu corpo foi chacoalhado com força, seus olhos se abriram e deram de encontro com os olhos verdes de sua prima, os cabelos, cor de cobre estavam presos em um coque e seu olhar vasculhava o rosto de Mayla, tentando descobrir o que está acontecendo. — May, você está bem? Está toda soada e tremendo, o que está acontecendo? Alguém entrou aqui? Eu estava estudando na sala e escutei você gritar. Quer que ligue para seus pais e minha mãe? Eles foram apenas jantar, já devem estar voltando logo dará 01:00 hora. — Calma — sua voz saiu suave e trêmula — Foi apenas o pesadelo E abraçou a prima com um suor escorrendo de seu rosto e com suas roupas grudando cada vez mais em seu corpo, pelo acúmulo dele. E essa foi a primeira vez em que Mayla sonhou com o homem misterioso, no exato momento em que seus 15 anos chegaram. E a partir daquela noite ele esteve presente em todos os seus sonhos, sempre a chamando, sempre perguntando onde ela estava. E Mayla sempre fugia, cada visita que ele lhe fazia a luz de seus olhos pareciam estar sumindo e isso o deixava mais nervoso e agressivo. Seus gritos, tremedeira, sonambulismo, dores fortes que passaram a preocupar sua família. A noite se tornou um pesadelo para eles, mas isso não impediu Mayla de ser uma adolescente encantadora e cheia de vida, mesmo com os terrores que passava durante a noite, pela manhã ela é outra pessoa. Aos 17 anos as dores só pioraram, e a preocupação de sua mãe só cresceu, já que sua menarca ainda não acontecera. Então foram ao médico e fizeram todos os tipos de exames possíveis, mas o médico só chegou à conclusão que estava tudo bem, mas isso ainda não tranquilizou Liliana Cooper. Yolanda Medici, aconselhou que a amiga levasse a filha na casa de Quinn Wilson, uma senhora de 54 anos que é conhecida em Omaha por ser curandeira, a senhora carrega uma fama impecável pelo seu dom de curar. E assim foi feito, em uma tarde chuvosa Liliana levou Mayla escondido na casa da senhora Quinn, quando chegaram sentiram cheiro de ervas e incenso queimando. — Minha querida, como sua filha está grande. Uma moça já — Quinn passou a mão nos cabelos de Mayla — Nem acredito que já é mãe, lembro de você novinha Liliana. — O tempo está passando tão rápido senhora Wilson. — Uma verdade inegável, mas no que posso ajudar? Se me lembro bem seu marido é um homem extremamente religioso. E que não apoia o que faço e muito menos os dons que tenho. — O problema é que Mayla tem muitos pesadelos e dores durante a noite, os médicos dizem que ela é saudável, mas eu não suporto ver minha filha sofrendo assim. Quem sabe a senhora pode dar um pouco de paz para ela? E mesmo tendo 17 anos ainda não teve sua menarca, sendo que a Kara teve a sua com 12 anos. — Mayla, se deite naquela cama, por favor Mayla faz o que Quinn pediu, em seu interior ela está exausta de ir a médicos, psicólogos e de deixar sua família preocupada, na escola ela não deixa transparecer seus problemas nem para os amigos mais próximos. Na escola Mayla Cooper é a garota mais popular, líder de torcida, presidente do prêmio estudantil, notas excelentes, sua simpatia e beleza são comentadas por onde passa. — Quando as dores chegam, qual parte do seu corpo dói mais? Mayla levou sua mão até a barriga, Quinn posicionou as mãos no lugar exato. Fechou os olhos e sussurrou algumas palavras. Depois abriu seus olhos e olhou para Liliana. — Pode nos deixar sozinhas por um momento? — Claro. Liliana olhou para a filha tentando acalmá-la e deixou a sala. — Mayla, preciso que confie em mim. Você sabe que faço bem mais do que ser apenas curandeira. — As pessoas dizem coisas, dizem que você consegue falar com os mortos também. Falam que é uma bruxa e que curandeira é apenas uma faixada. Um riso alto escapa pela garganta de Quinn e ela olha interessada para Mayla, como se quisesse desvendar cada mistério de sua alma. — Suponho que posso ajudar você, se me contar sobre os seus sonhos e por qual motivo acredita que as dores vêm acompanhada deles. — Já fui a mais psicólogos do que gostaria de admitir, então contar a mais uma pessoa já não fará diferença. Falar desses “sonhos”, acabaram se tornando uma coisa comum. Todas as noites desde os meus 15 anos, sonho com um homem e a partir dai as dores começaram, é como se meu corpo não fosse meu. Sinto que ele quer reinventar meu ventre dói e a dor que sinto nos meus caninos chega a ser insuportável. — E esse homem? Ele te machuca de alguma forma? — Não, ele sempre diz que está me procurando, me pergunta onde estou. E fala que tem dificuldades em me ver. — Como ele é? Mayla respira fundo e retira de sua bolsa um caderno de desenho e entrega a Quinn, que quando vê os desenhos se espanta, mas disfarça. Os desenhos são tão reais que é como se os olhos daquele homem penetrassem sua pele e chegassem ao profundo de seu eu. — Pode me ajudar? — a voz de Mayla soa fraca — Eu só quero ser uma adolescente comum, sem pesadelos, sem dores, senhora Wilson eu só quero poder dormir na casa das minhas amigas sem acordar elas no meio da noite gritando e sem ter que explicar o motivo. Só quero poder ter a liberdade que a Mayla de 14 anos tinha. — Posso ser sincera? — Deve. — Não posso te ajudar no momento, seu corpo está fechado — Como assim? — Eu não sei te explicar, mas não consigo sentir nada em você. — Estou ficando louca? — Não, eu vou dar uma pesquisada falar com umas conhecidas, não se preocupe tentarei o que for. Podemos tentar alguns chás, não sei ao certo. A garota se levantou da cama com raiva abriu a porta e saiu, sua mãe veio ao seu encontro esperançosa. — E então? — A mesma resposta de sempre. Mayla deu as costas a Liliana e a Quinn e entrou no carro deixando as lágrimas caírem. — Liliana — Quinn tocou seu ombro — Quero ajuda-la e vou só me dê um pouco de tempo, o caso dela é delicado, sua filha tem o corpo fechado, eu não gosto de tocar nesse assunto assim como você não deve gostar de falar dele. Sei que teve muitas dificuldades para engravidar. Você… — Tome cuidado com o que diz. Obrigada por nada. Liliana dá, as costas, tentando evitar pensamentos de 17 anos atrás e como tudo aconteceu. Enquanto isso Quinn pega seu telefone, esperando ansiosamente que ela atenda. Ligação on. — Já te disse para não me ligar. — Joenny, Malala está aqui. Mas você já sabia, não é? É por isso que bruxa mais nenhuma quer te ajudar. — Tenho seguidoras mais que suficientes Quinn. — Mas quase seu clã todo está preso, sendo que a maior culpada é você. — Não me ligou para lavar roupa suja, não é? — Héktor sentiu a Malala, depois de 498 anos. Ele está destruindo o psicológico da garota. — Ele é um vampiro da mente, queria o quê? — Quando coloquei as mãos sobre ela senti seu feitiço tão forte e o corpo dela tão fraco, o corpo está tentando se adaptar as fases da vida humana e a menarca é uma dela. — Mas seu corpo também corresponde a sua espécie original e como ela está próxima a maior idade está entrando em seu período de maturação e com isso o cio. O príncipe sente o cheiro da fêmea dele. Tem coisas que nem a mágica mais forte consegue remover. — A garota acabará morrendo, você precisa vê-la. Ainda não entendo porque não a matou. — Eu não sou uma assassina como eles, não ia m***r um bebê. E ela não morrerá, Héktor não deixará, ele tem os métodos dele. Só não consegue achar ela por completo porque ela é resistente. — Você limpou seus rastros dela? Quinn você não é nenhuma novata sabe que Malthus é um farejador, ele sente cheiro de qualquer criatura. E se a garota está em condição tão r**m Héktor vem com força total para salvá-la, não importa quantas barreiras os separem. Lembra quando ele a sentiu em Hume, a primeira vez que aperfeiçoei a última fase da marca, o garoto quebrou tratados entrou em território de inimigos e matou tantos lobisomens. — Não sou nenhuma novata, sei o que faço — Mas no fundo Quinn sabia que não tinha limpado o rastro de sua mágica e ainda mais, no fundo queria que Héktor achasse Joenny e que arrancasse sua cabeça com a sua espada conhecida como Deusa dos mortos, todos aqueles que ele já matou com a espada a alma fica aprisionada nela e faz a lâmina ficar mais afiada. — Fica de olho na garota, ela não serve em nada para mim morta. Quero que todos eles sofram, por tudo que me causaram. Ligação off Joenny desligou sem deixar Quinn sequer pensar em uma resposta, ela se sentiu m*l por Mayla por toda dor que sente, ela está pagando por algo que nem foi ela que causou, mas sim quem a antecedeu. Quinn se sentou em sua varanda e sentiu falta de sua casa, se deixou levar pela influência de Joenny e acabou no mundo humano, mas se voltasse para casa o que encontraria se a maioria das bruxas se esconderam ou foram escravizadas, pagavam pelos pecados delas. Que traíram o tratado mais antigo estipulado. **** Mayla ficou quieta sentado no passageiro do carro e isso fez o coração de Liliana se apertar, tentou prestar atenção na estrada, mas ela sentiu que essa situação era toda sua culpa, é ela quem marcou todos os médicos e psicólogos mesmo quando seu marido afirmou ser uma fase. — Mayla… — a garota a interrompeu. — Por favor mãe, não Automaticamente a mãe se calou, sabia do que a filha está falando. Toda vez que uma consulta dava errado pedia desculpa e dizia que a próxima séria melhor. Assim que chegaram na fazenda Mayla nem deixou a mão estacionar direito e já saiu do carro. Seu pai está parado na porta da casa. — Oi raio de sol — ele abraça a filha que ao sentir o conforto daquele abraço começa chorar — O que aconteceu? — Mamãe me levou na Quinn Wilson e como sempre não deu em nada — disse isso adentrou a casa. O rosto de John se transformou, foi ficando cada vez mais vermelho. — John. — Liliana, você sabe muito bem o que acho daquela mulher. Ela não é uma boa pessoa, mas mesmo assim levou nossa filha nela. E mesmo contra tudo o que eu disse levou ela em vários médicos, nossa filha é normal. Está passando apenas uma fase difícil e eu não me importo em acordar todas as noites para estar ao lado dela. Para acalmar e fazer um cafuné, por um bom tempo pensamos que nunca teríamos filhos. — Não se atreva a tocar nesse assunto, no que foi feito no passado. — Só quero que perceba que está fazendo m*l para ela, que infelizmente você está errada, mesmo que suas intenções sejam boas. — Eu senti isso, quando ela negou voz para mim. Eu vou parar, mas agora que sua irmã vem morar com a gente como vamos lidar com isso? — Com a minha irmã eu me entendo. Ela nem tem direito de falar nada e essa situação é apenas provisória. Apenas repense em seus atos. Ao entrar em sua casa Mayla percebeu que sua tia e prima já se encontravam lá. Hubert marido de sua tia acordou em uma manhã apenas dizendo estar indo embora e levando com ele todas suas posses, sem pensar na filha ou na então esposa. As deixando totalmente desamparadas por isso Sônia pediu abrigo ao irmão, um fazendeiro pecuário, muito bem colocado no mercado. E John jamais deixaria sua irmã e sobrinha na rua. Kara já vivenciou uma vez os pesadelos de Mayla, depois disso ela disse que eles passaram e para Kara foi fácil acreditar já que para ela a vida da prima é perfeita. Kara nunca teve muitos amigos, sempre preferiu estudar, ver filmes, séries, ler livros e escrever em seu diário. Mesmo assim, ela se questiona como seria sua vida se tivesse a popularidade de sua prima. — Oi tia — Mayla beijou a testa da tia carinhosamente — Oi May, você está linda. Sua prima não é linda Kara? Kara concordou com a cabeça e abraçou a prima apertado. — Te trouxe uma caixinha de bombom — Kara entregou a Mayla que abriu um sorriso terno e em agradecimento beijou a testa da mesma. Subiram as escadas lado a lado e se jogaram na cama de Mayla, ao fazerem isso a bolsa se abriu e o caderno de desenho caiu da mesma. — O que é isso? — Kara abriu o caderno, mas antes que conseguisse ver nitidamente os desenhos, Mayla pegou de sua mão. — São apenas desenhos. — Me deixa ver, eles parecem incríveis. Você sempre desenhou bem. — Não, melhor não. — Não me diz que são desenhos do Dom? Dominique Bellini capitão do time de futebol americano, popular e o cara que todos querem ser e que todas as garotas querem ter. Cresceu com Mayla, Kara e Mathew, sempre foram inseparáveis. — Claro que não, mas falando nele estou com saudades. Trocamos algumas mensagens, mas não é a mesma coisa, ele e o Mathew voltam hoje do acampamento de futebol, talvez já tenham até chegado. Tem certeza que não quer dar uma chance para o Mathew? — Com toda certeza eu não quero Mathew sempre foi apaixonado por Kara, mas ela nunca se interessou, pois, sempre amou Dom. Só nunca teve coragem de se declarar para ele, mas ela já não aguenta essa sensação de ter os sentimentos presos dentro de si, são tantos talvez que agora ela quer uma certeza. — Sabe May, as férias de verão chegam ao fim amanhã e eu quero que esse último ano seja diferente. Quero mudar, quero aproveitar ao máximo. — Só seja você mesma, sem medo que a vida tem a te oferecer. Se arrisque, deixe o mundo ver essa pessoa maravilhosa que você é. — Sabe que você tem razão, vou fazer algo, que sempre quis fazer e isso é hoje — Kara se levanta da cama e beija a testa de Mayla — Não me espere acordada. — Onde está indo? — Depois eu te conto. Kara saiu do quarto deixando Mayla sem entender nada, alguns minutos depois disso Liliana adentrou o quarto com uma barra de chocolate em mãos. — Estou aqui em busca de paz — se sentou ao lado da filha na cama — Sua prima saiu tão rápido, sabe onde ela foi? — Não faço ideia — Olha só Mayla, me desculpa, tudo que sempre fiz foi pensando no seu bem-estar. Eu jamais, faria algo que pudesse te machucar. Que tal sem mais médicos? Ao menos que você realmente queira ir. — É uma ótima proposta — Mãe e filha se abraçam e dividem a barra de chocolate aos risos, lembrando histórias divertidas da infância de Mayla. **** Kara se olhou no retrovisor umas dez vezes antes de tomar coragem de descer do carro e tocar a campainha da casa dos Bellini, mas assim que o fez logo a porta foi aberta e ela foi recebida por um sorriso caloroso de Dominique, os cabelos castanhos e rebeldes o deixam ainda mais charmoso, os olhos, cor de mel parecem confusos ao vê-la, mas o sorriso é como se dissesse se sinta em casa. — Oi — a voz dela soou fraca. — Como vai Kara? — ele a abraçou e ela automaticamente fechou os olhos inalando o cheiro dele — É muito bom te ver, a May veio com você? — Não, vim sozinha. — Então veio para jogar? Entra aí. — Será que podemos conversar antes de qualquer coisa? — Tem certeza que está bem? — Apenas preciso falar com você, se quiser podemos caminhar perto do lago. Dom estranhou o comportamento da amiga, mas concordou. Sua família é proprietária de uma pequena empresa de cosméticos, desde que sua mãe morreu seu pai tomou a frente dos negócios e virou um verdadeiro ditador, o que fazia a relação de pai e filho ir tornando-se pior. O silêncio reina entra os dois enquanto jogam pedrinhas no lago, Kara junta suas forças para contar a Dom sobre o sentimento que a devora por todos esses anos. — Dom — Kara — ele para de jogar pedrinhas e a encara. Sem saber o que fazer e totalmente tímida a jovem fica de frente para o rapaz e segura sua mão. — Eu te amo e sempre amei, não tive coragem de te contar isso antes porque o Mathew sempre disse que gosta de mim, mas eu não suporto mais guardar esses sentimentos. Meu peito parece que vai explodir a qualquer momento e mesmo que você escolha não ficar comigo, eu queria que você soubesse que sou uma opção. Num ato de coragem Kara segura na nuca de Dom e o beija, entregando tudo de si. Ele demora uns minutos e corresponde, ela sempre esteve ali e ele nunca a percebeu. Sempre a viu como a boa amiga com quem passava os domingos jogando vídeo game. — Eu nem sei o que te dizer — Não precisa dizer nada — a garota se virou para ir embora, mas sentiu uma mão tocar seu ombro. — Fica, podemos jogar vídeo game como nos velhos tempos. E então Kara soube que ter uma parcela grande ou pequena da atenção de Dom faz toda a dificuldade valer. Voltaram para casa lado a lado, com ele contando sobre suas férias e ela vez ou outra fazia comentários sobre. **** A noite chegou e Mayla recebeu uma mensagem da prima dizendo que dormiria na casa de Dom e para eles isso é normal, a amizade é algo que existiu desde sempre entre eles. Quantas noites Mayla passou na casa de Dom quando sua mãe descobriu o câncer, claro que antes dos seus 15 anos. May se deita na cama após um banho relaxante e seu corpo começa apesar e logo adiante na escuridão que se encontra sua mente, está parado o homem que aterroriza seus sonhos dando apenas para ver o azul de seus olhos.
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