CAPÍTULO 9 - PERSEVERANÇA

1188 Words
Um dia após o outro, eu percorri as ruas da cidade do Rio de Janeiro, colocando currículos em cada empresa que passava. A situação estava cada vez mais difícil, a concorrência era grande e as oportunidades escassas. Mas eu não desisti, sabia que logo encontraria meu lugar no mercado de trabalho. Finalmente, após semanas de busca incansável, recebi um telefonema. Era uma empresa do Plano de Saúde, que havia se interessado pelo meu perfil e me convidava para uma entrevista. Eu m*l podia conter a emoção, sabia que aquela poderia ser a minha grande chance. No dia da entrevista, vesti meu melhor terno e fui ao encontro do destino. O prédio da empresa era imponente, suas janelas refletiam o sol do meio-dia. Ao entrar, fui recebido por uma recepcionista simpática, que me encaminhou para a sala de espera. Enquanto aguardava minha vez, observei as pessoas que passavam por ali. Alguns pareciam ansiosos, outros confiantes. O clima de suspense pairava no ar, deixando um nó na minha garganta. Fui chamada para a entrevista e me sentei diante do painel de recrutadores. Eles me fizeram diversas perguntas difíceis e eu me esforcei para responder da melhor forma possível, mostrando toda a minha experiência e dedicação. Após a entrevista, fui informada que eles entrariam em contato em breve para dar o veredicto final. Saí de lá com um misto de esperança e medo, sem saber ao certo qual seria o desfecho daquela situação. Os dias passaram e finalmente recebi a ligação da empresa do Plano de Saúde. Meu coração disparou ao ouvir as palavras do recrutador, que me informaram que eu havia sido escolhida para a vaga. Não conseguia acreditar na minha sorte e na minha capacidade de ter conquistado aquela oportunidade tão almejada.Com tantas pessoas elegantes e inteligentes , eu estava certa que não passaria para a segunda fase e para a minha surpresa, eu fui escolhida. Eu estava ansiosa para começar meu novo trabalho em uma empresa de vendas. No meu primeiro dia, fui recebida com um intenso treinamento de vendas e de Programação Neurolinguística (PNL). A sala estava repleta de colegas de trabalho entusiasmados, todos prontos para absorver o máximo de conhecimento possível. O instrutor era uma pessoa carismática e experiente, que rapidamente conquistou a atenção de todos com suas técnicas avançadas de vendas e PNL. Durante a primeira parte do treinamento, aprendemos sobre as melhores práticas de vendas, como abordar os clientes, identificar suas necessidades e fechar uma venda de maneira eficaz. Foi fascinante ver como a PNL pode ser aplicada para influenciar o comportamento das pessoas de forma sutil e eficaz. Após o treinamento, fomos direcionados para o salão de vendas. Conheci o meu supervisor, o Sr. Luiz, que nos explicou nosso trabalho e me deu uma lista com dez clientes para serem contatados, agendar visita e fechar contrato. Eu estava empolgado para começar a trabalhar e mostrar minhas habilidades de vendas. Eu peguei aquela lista e decidi começar a entrar em contato com os clientes da lista, um por um.Liguei para os dez contatos sem sucesso. Nem agendar visita eu consegui. No final do dia, o Sr Luiz me chamou no canto e me disse que eu não tinha perfil de vendedora e que era pra eu procurar outra profissão. E me dispensou dizendo que não precisa voltar mais. Eu peguei minhas coisas, fui embora, peguei meu ônibus e durante o meu caminho até em casa, fui pensando: O que ele pensa que é pra falar comigo daquele jeito? Eu vou voltar amanhã e vou provar que sou capaz. Cheguei em casa com o coração ainda acelerado, a raiva borbulhando dentro de mim. Tomei um banho quente para tentar relaxar, mas não adiantava. Aquelas palavras cruéis ecoavam na minha mente, me fazendo questionar meus próprios talentos e habilidades. Decidi que não poderia deixar aquilo passar. Eu precisava mostrar a ele e a todos que duvidavam de mim que eu era capaz de alcançar meus objetivos. Planejei mentalmente minha estratégia para o dia seguinte, preparando-me para enfrentar os desafios que viriam pela frente. A noite chegou e eu m*l consegui pregar os olhos. A ansiedade tomava conta de mim, me fazendo questionar se eu realmente seria capaz de provar minha competência. As horas se arrastaram lentamente e finalmente o sol nasceu, anunciando o início de um novo dia. Com determinação, eu me preparei para retornar ao local onde fui desafiado. Ao chegar lá, respirei fundo e me concentrei em mostrar o meu melhor. Com cada desafio que enfrentei, senti a confiança crescendo dentro de mim, alimentando meu desejo de superar todas as expectativas. No fim do dia, olhei ao meu redor e vi os rostos surpresos das pessoas que duvidavam de mim. Sorri triunfante, sabendo que havia superado todas as expectativas, inclusive as minhas. Eu havia provado que sou capaz, que posso superar qualquer desafio que cruzar o meu caminho. Enquanto voltava para casa, o pensamento daquele dia ficou gravado na minha mente. Eu havia transformado a dúvida em determinação, a raiva em motivação. E, naquele momento, eu soube que não importa o que digam ou o que aconteça, eu sempre serei capaz de superar qualquer obstáculo que surgir no meu caminho. Dia após dia, trabalhei duro na empresa, mostrando todo o meu potencial e me destacando entre os colegas. Aquela entrevista que parecia ser um desafio intransponível se transformou em um grande marco na minha carreira. E assim, eu provei para mim mesma e para todos que a persistência e a determinação podem nos levar a grandes conquistas, independentemente dos obstáculos que possamos enfrentar pelo caminho. A cada dia, agradeço por ter tido a coragem de seguir em frente e não desistir dos meus sonhos. No entanto, alguns anos depois, eu resolvi sair da empresa, pois as visitas eram muito longe e estava complicado para eu continuar. Por isso, conversei com Sr. Luiz, proprietário da empresa, sobre a minha decisão de sair. Sr. Luiz não ficou contente com a minha decisão e tentou de tudo para me convencer a ficar. Ele argumentou que eu era um dos melhores funcionários da empresa e que minha saída seria uma grande perda. No entanto, eu já tinha tomado minha decisão e não queria mais continuar naquela situação. A cada dia que passava, a pressão do Sr. Luiz aumentava. Ele começou a fazer promessas de aumento de salário e de melhores condições de trabalho, mas eu já havia decidido que era hora de seguir em frente. Finalmente, depois de muita insistência, Sr. Luiz concordou em me liberar da empresa. Eu me senti aliviado por finalmente poder seguir em frente com minha vida e buscar novas oportunidades. A partir daquele dia, eu nunca mais voltei à empresa do Sr. Luiz. Mas algo me dizia que aquela não seria a última vez que eu ouviria falar dele. Havia algo no ar que me deixava com um pressentimento estranho. E assim, com um misto de alívio e apreensão, eu me despedi da empresa e me preparei para uma nova jornada. O que o futuro reservava para mim, eu não sabia. Mas uma coisa era certa: eu estava pronto para enfrentar o desconhecido.
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