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JÉSSICA NARRANDO Voltei pra casa como quem volta de um funeral. Meus pés pareciam pesar toneladas quando pisei no mármore frio daquela mansão. A porta fechou atrás de mim com um baque seco, e por dentro, tudo estava quieto. Nenhum som. Nenhum rastro de vida. Só o eco da minha própria respiração e o coração ainda acelerado, batendo fora do ritmo no peito. A Maia. A minha filha. Anos… foram tantos anos. E hoje, finalmente, eu fiquei cara a cara com ela. Mesmo que ela não soubesse. Mesmo que eu tivesse mentido pra Tânia dizendo que só queria olhar de longe. Não foi assim. Eu queria vê-la de perto. Eu queria ouvir a voz dela, sentir o cheiro, ver o jeito que ela sorri. Eu queria saber se o tempo tinha sido bom com ela… e foi. Foi bom demais. Ela tá linda. Linda de um jeito que corta a alm

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