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MAYA NARRANDO O sinal tocou estridente feito sirene de baile funk, e a sala virou enxame. Mochila batendo, cadeira raspando, todo mundo correndo pra cantina pra garantir o misto quente antes da fila virar caminhada até a Penha. Eu tava leve, feliz até demais pra quem acordou numa ressaca emocional de ontem — porque, né, completar dezoito anos é outra vibe. A Julinha e a Ana já tavam puxando meu braço: — Bora, aniversariante! Hoje tu nem pega fila, usa a carteirada da idade! — É, princesa, a gente vai te paparicar, cê merece! Fomos rindo corredor afora, escapando da confusão de gente, até achar uma mesa de cimento descascado lá nos fundos do pátio, onde o sol bate de ladinho. Trouxemos Guaravita, esfirra e bolo de fubá que a cantineira “dona Neném” jurou que era presente, só porque ouvi

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