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JÉSSICA NARRANDO O avião m*l tinha tocado o chão e eu já sentia o estômago embrulhado. Não era enjoo de voo, nem nervosismo de alfândega. Era outra coisa. Uma mistura de saudade, culpa… e medo. Brasil. Depois de tanto tempo. Depois de tudo. O motorista já tava esperando na saída do desembarque. Dei um sorriso educado, botei meus óculos escuros, e caminhei com a postura de sempre: queixo erguido, salto firme. A mulher que todo mundo vê é essa — elegante, controlada, inalcançável. Mas por dentro… por dentro eu tava um caco. O caminho até o condomínio foi quase todo em silêncio. O céu do Rio tava limpo, azulão, daquele jeito que eu não via há anos. Lá de fora, o Brasil parecia o mesmo. Mas eu sabia que aqui dentro, muita coisa tinha mudado. O carro passou direto pela guarita do condomíni

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