BUIU NARRANDO No camarote só tinha fumaça de Black e risada alta. Mulher pendurada em pescoço, luz roxa piscando, DJ gritando “SEGURA A FAVELA!” lá embaixo. Eu tava de boa, copão na mão, até perceber que o Dante, em vez de curtir o harém que eu mesmo puxei, tava com o olhar grudado lá na pista. Cheguei de lado, passei o braço no ombro dele, dei aquele tapinha de cumpadi: — E aí, viado… tá ferrado com essa tua “filha”, hein? Ele nem riu de primeira, só fechou mais o cenho. — Nem sabia que tu tinha liberado baile pra garota. Olha os urubus como olham Ele rangeu os dentes: — Nunca liberei nada. Veio sem avisar, p***a. Dei risada alta: — E tá certo! Tem que deixar também, Dante. Ela fez dezoito, não fez? Já era. Nós távamos enfiado em baile com treze, quatorze… Ela ainda segurou até

