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Maia narrando Eu cortei no susto com o barulho dos fogos, os tiros, o rádio chiando. Mas… é f**a dizer isso, mas eu já tô acostumada. Aqui é assim. A gente aprende a dormir com rajada e acordar com helicóptero. Vida de favela não dá muito tempo pra se assustar com o caos. Só que naquele dia… naquele momento… não era só mais uma operação. Era o Dante. Era o homem que eu amo se armando inteiro, vestindo colete, pendurando fuzil no ombro, jogando glock na cintura e dizendo que ia sair. Sozinho. Na p***a da operação. E meu coração foi junto com ele. Fiquei ali parada no quarto, vestida, sem saber se segurava ele ou se apenas assistia. Ele falava sem parar, bufando de raiva, rodando igual um furacão, falando de denúncia, de vídeo, de um velho, de perfil fake, de merda toda… E aí ele pegou

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