Cap 01 – Surge uma lenda Parte 01

1176 Words
“Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se, independente do tempo, lugar e circunstância. O fio poderá esticar-se ou emaranhar, mas nunca se partir… ‘ A Yakuza, também conhecida como Gokudō, são os membros de grupos de uma organização criminosa transnacional originária do Japão. O seu código de conduta, é inspirado no período Edo, e são organizados como os antigos samurais. Seus membros seguem um código de regras baseado na lealdade e fidelidade, também possuem algumas obrigações: não esconder dinheiro do grupo, não procurar a polícia e nunca desobedecer a ordem de um superior. Os membros da Yakuza não costumam cometer assassinatos e roubos. Eles são homens organizados que talvez se encaixem na categoria de políticos e líderes religiosos. Isso porque muitos membros da yakuza vivem no meio da sociedade discretamente tendo uma vida social como qualquer outro. Muitas famílias da yakuza, tem suas casas em lugares de destaque, mansões cheias de seguranças. Alguns, são donos de empresas ou controlam empresas. Nem mesmo armas são comuns entre os membros da yakuza. Eles usam Katanas e facas. A máfia japonesa está envolvida em crimes de extorsão, estelionatário, prostituição, jogos de azar, lavagem de dinheiro, tráfico de armas e drogas, e crimes do colarinho branco mais sofisticados. Eles não suportam crimes que envolvam violência contra mulheres, p*******a ou tráfico humano. Se se deparam com situações desse nível, eles tendem a ser cruéis e exterminam o m*l pela raiz. O termo Yakuza deriva da junção de Ya-Ku-Za (que significa 8-9-3). A sequência numérica é considerada o pior tipo de mão em um jogo de baralho típico japonês. Os grupos da yakuza são liderados por um Oyabun que dá ordens aos seus subordinados, os Kobun. Os membros das gangues yakuza, cortam seus laços familiares e transferem sua lealdade para o chefe da gangue. Eles referem-se uns aos outros como membros de uma família. Quando um m****o é aprovado para fazer parte da família, ele passa por uma iniciação. Dentre os critérios exigidos é desenhar no corpo as sete tatuagens que fazem parte do grupo. No contexto da Yakuza, as tatuagens passaram a simbolizar lealdade e comprometimento com a organização. O ato de receber uma tatuagem, especialmente uma tão elaborada e dolorosa quanto as irezumi, demonstra devoção e dedicação à causa. As sete tatuagens são: O dragão, que simboliza proteção. A carpa, superação. A cobra, sinal de boa saúde. O tigre, afasta os demônios. O samurai, que significa lealdade, fidelidade ao grupo. A máscara Oni, que significa punição aos traidores. Crânios, respeito aos antepassados. O Oyabun e seus filhos diretos possuem tatuagens que os identificam. O grande líder, possui uma fênix, que simboliza triunfo, renascimento e seus herdeiros um dragão, que deixa claro que aquele m****o nunca poderá ser tocado. Dentro da própria máfia, existiam os traidores e desertores. Esses, por sua vez, criaram um grupo rival, conhecido como Kobe, que era contra as leis impostas do Oyabun. O Kobe, praticava tráfico humanos, se envolvia com drogas e p*******a. E atualmente, era o principal rival da Yakuza no Japão. ✲ ✲ ✲ Tokyo, Japão Kamagasaki, Osaka Galpão Clandestino [23:23 p.m] – O que esses putos da Kode tem na cabeça? Eles só podem estar querendo nos fuder. – disse o grisalho com máscara no rosto. – Kazuya, o Oyabun vai querer saber o que aconteceu aqui. – disse o moreno de olhos avermelhados. – Haru é um verdadeiro m******e. O que me parece esse galpão estava repleto de refugiados. Eles mataram todos de maneira hedionda no nosso bairro, para nos fuder com a policia. – Mulheres e crianças, Kazuya… mulheres e crianças.. – disse a mulher com ódio no olhar. – Mikoto, vamos pegar esses desgraçados e eles vão pagar por tudo isso. – Mestre, um ficou vivo. – disse o moreno de cabelos longos se aproximando de uma garotinho que se escondia sobre os corpos mortos dos pais. Kazuya se aproximou do menino, e viu os fios loiros do garoto. Os olhos azuis o encaravam sem medo. Kazuya, naquele momento, sentiu um frio na espinha. Nunca tinha olhado no fundo dos olhos de alguém, e sentido o que sentiu. – Ei, você, como se chama? – O loirinho não disse nada. Apenas encarou o mais velho com o semblante vazio. Kazuya sorriu. Talvez, esse garoto servisse para alguma coisa. – Hiro, pegue o moleque, vamos levar para o Oyabun decidir o que fará com ele. Haru e Hideki, recolham os corpos e os queimem. Não deixem vestígios do que houve por aqui. Não queremos problemas com a polícia. Vamos para casa principal. Hiro se aproximou do menino que reagiu com violência e começou a gritar: – Lasciami andare, stronzo (Me solte seu i*****l) – Ora, ora o garotinho é italiano mestre. Kazuya sorriu e disse: – Suspeitei que não era daqui. — O mais velho olhou para a amiga que encarava a cena diante de seus olhos horrorizada. Corpos de mulheres e crianças decapitados e cobertos de sangue. Kazuya se aproximou da amiga, depositou a mão sobre seu ombro e disse: – Eu prometo que eles vão pagar por isso, Mikoto. A mulher apenas concordou com a cabeça e acompanhou seu mestre. ✲ ✲ ✲ Omotesando, Japão Casa da Família Principal [00:45 a.m] – Anata, você deveria descansar e deixar que Kazuya resolva tudo. – Saori, a Kode exterminou mais de vinte refugiados no nosso território, apenas para nos incriminar. Incluindo mulheres e crianças. Eles sabem que nós repudiamos esse tipo de crime. – disse o Oyabun para a sua esposa. – A polícia japonesa nunca acreditaria que seríamos nós. Eles sabem das nossas normas e condutas. Nunca cometemos um ato tão abominável. --- disse a esposa docemente. – Mas existem membros infiltrados dentro da polícia, que apoiam as ações da Kobe. Eles querem lucrar com o mercado n***o, explorando a p*******a e a rede de trafico de mulheres. Eles sabem que a Yakuza nunca os apoiaria. Não quero problemas com a família. Não quero ter que agir com violência, mas se for preciso eles irão conhecer a verdadeira ira do Oyabun Hiroshi Murakami. Saori se aproximou do marido o abraçando com carinho. O homem sorriu e beijou seu rosto com delicadeza, levando a mão até o seu ventre de cinco meses e disse: – Não quero você se aperreando, anata ... nossa princesa precisa de tranquilidade. Vá descansar, Kazuya já deve estar chegando e preciso saber o que eles encontraram no galpão. Saori concordou com a cabeça e saiu do local, deixando seu marido sozinho. O Oyabun da Yakuza, nunca demonstra sentimentos na frente de seus membros. Apenas entre quatro paredes, e para poucas pessoas de confiança, Hiroshi mostrava a sua face. A esposa do líder, para muitos era apenas considerada uma comcubina, usada para sexo e para gerar filhos. Apesar da mulher não ser tão respeitada dentro do grupo, ninguém ousava desrespeitar a senhora Murakami. Era uma questão de respeito e princípios, que eram valorizados pelos integrantes da organização.
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