Capitulo 01

2783 Words
Alice Mais um dia se inicia, e hoje volto pra meus pequenos depois de um feriado prolongado já estava com saudades de seus carinhos, até os gritos me chamando senti falta, sou professora há dois anos e dou aula pra uma turma de alunos de seis anos na Westside School  Uma escola conceituada aqui em Seattle, consegui essa vaga graças à recomendação que a faculdade fez devido ao meu bom desempenho durante meus estudos, sempre fui uma aluna aplicada por isso consegui minha bolsa integral já que minha mãe não podia pagar a faculdade, estudei muito pra consegui essa bolsa e esse emprego é que nos ajuda muito assim eu pude descansar minha mãe um pouco nas suas faxinas, hoje ela só trabalha em duas casas, mas eu quero que ela pare de vez, vou trabalhar pra proporcionar uma vida melhor a ela, já que ela trabalhou muito para ajudar na minha formação, minha mãe é um exemplo de mulher, minha rainha. Termino de me arrumar e sigo pra cozinha pra tomar meu café. -Bom dia mãe. -Bom dia meu amor, animada pra voltar à rotina? -Já estava com saudade dos meus pequenos. A senhora vai trabalhar hoje? -Não, vou só fazer as compras da casa e volto pra fazer o almoço, você vem almoçar em casa? -Sim mãe, hoje não vou à editora, venho para casa, preciso preparar umas atividades para os meus pequenos para usar durante a semana. -Tudo bem meu amor. -Bom me deixa ir mãe, antes que perca o ônibus beijos, te amo. Saio e vou para o ponto, graças a Deus não demorou muito e o ônibus passou, segui pra escola, assim que chego já sou recepcionada por pelos meus pequenos, eles veem todos de uma vez, se não me equilibro já ia levando um belo tombo, abraço todos estava morrendo de saudades deles, sigo para sala acomodo todos em seus lugares e quando vou iniciar as aulas batem na porta. -Bom dia Alice! Pode dar um pulinho aqui fora um instante. -Bom dia Michele, claro só um minuto. Meus amores à tia vai sair um pouquinho, portanto comportem. -Simmmmm.. Tia Alice. -Não precisam gritar a tia já explicou. -Sim, tia Alice. -todos falam baixinho Saio da sala e encontro uma mulher loira, olho verde, muito bonita e uma menininha também loira muito parecida com ela, acredito ser sua filha. -Alice, essa é a senhora Karen Davis Smith, e essa é sua filha Anny ela foi transferida para cá e vai fazer parte de sua turma, vou deixá-las à vontade para conversar. -Obrigado Michele, bom dia senhora, prazer Alice. -Bom dia, não precisa me chamar de senhora pode me chamar de Karen. -Tudo bem Karen, em que posso ajudar? -Bem Alice essa é minha garotinha Anny, ela teve problemas na escola anterior então tive que transferi-la para essa, então eu te pediria um pouco de atenção com ela, pois está um pouco receosa com a escola. -Certo Karen, pode deixar que vou cuidar bem dessa princesa, não é meu amor. Você pode esperar a tia lá dentro um pouquinho enquanto converso com sua mãe?  A Anny vai meio relutante, entra e senta na minha cadeira com a cabecinha baixa, assim que vejo que posso conversar com sua mãe mais tranquila, encosto a porta um pouco. -Bom Karen, aconteceu algo na escola que ela estudava? -Sim, ela foi agredida pela professora e agora ela está com medo das escolas, das professoras até dos colegas, por isso te pedi um pouco de atenção com ela, só a coloquei nessa escola devido às recomendações que você é uma ótima professora. -Obrigado, mas amo minha profissão e esses pequenos são como meus filhos então o trato com muito amor e carinho, então pode ficar tranquila que vou ajudá-la no que for preciso. -Vou ser imensamente grata se você conseguir fazê-la sorrir novamente ver minha pequena tristinha está me deixando maluca, já fiz de tudo, mas ela tá com medo de baterem nela novamente e sempre a vejo chorando. -Posso lhe perguntar algo um pouco pessoal? -Claro Alice. -Ela tem irmãos? E porque essa professora a agrediu? -Não, filha única, neta única, mas não pense que ela é mimada, pois não é, eu e o pai dela tentamos dar a melhor educação a ela. É uma longa história, que infelizmente não posso lhe contar, eu só peço que cuide dela nesse momento para nós, ainda pensamos em tirá-la da escola por um tempo, mas minha sogra não achou uma boa ideia, assim a cabecinha dela ia ficar confusa como se todas as escolas e professoras fossem iguais a anterior. -Vocês fizeram bem, um trauma desses tem que ser curado mostrando que nem todos são iguais e vão fazer o mesmo com ela. -Então tudo bem Alice, vou deixar você voltar para os seus alunos, depois nos falamos, foi um grande prazer te conhecer. -O prazer foi meu, e pode ficar tranquila que cuidarei de sua pequena com muito carinho. Despeço-me da mãe da Anny e volto pra sala, ela continua sentadinha na minha cadeira, com uma carinha de medo, me aproximo dela e antes de apresentá-la a turma vou conversar com ela um pouco, me abaixo e fico da sua altura. -Oi meu amor? tudo bem com você? Ela só me olha e não fala nada, se encolhe um pouco na cadeira, não vou forçar um diálogo, converso com minha turma, passo as tarefinhas que tinha preparado pra eles e volto minha atenção pra minha pequena caladinha. -Oi de novo, você quer falar com a tia o seu nome? -Oi. Anny. -Hum... Seu nome é lindo, o meu é Alice, e então você quer conhecer seus coleguinhas? -Eles vão ri de mim? -Não meu amor, eles não vão ri eu prometo a você tudo bem? -Tia você vai me bater também? -Não meu amor, a tia não vai bater em você, eu quero ser sua amiga, você quer ser minha amiga também? -Quero. -Então que tal conhecermos os seus coleguinhas? -Tá bom tia. Pego em sua mãozinha e chamo meus outros pequenos e apresento-a a eles, cada um levanta de sua cadeira e da um abraço nela, Anny ficou bem emocionada depois da sessão de abraços, mas se recuperou logo e começou a interagir com a turma, depois de nossa apresentação passo a dar as aulas, no recreio fomos pra quadra e ela já estava brincando com os novos coleguinhas, Voltamos novamente para aula, fizemos todas as atividades e a hora da saída chegou todos se arrumaram e fui com eles esperar os pais, aos poucos todos foram embora e ficou somente eu e a Anny. -Tia a senhora vai me deixar aqui sozinha? -Não meu amor, vamos esperar seus pais tudo bem. Vejo seus olhinhos marejarem me aproximo e a coloco no meu colo e ficamos ali no pátio por mais de meia hora, quando um homem alto e loiro aparece, se aproxima de nós. -Boa tarde professora, desculpe a demora, mas meu carro deu um problema e tive que buscar o do meu irmão e demorou um pouco, prometo que isso não se repetirá. -Tudo bem, ela já estava ficando assustada, então eu só peço que quando acontecer algo me comunique, por favor, que fico com ela na sala fazendo alguma atividade. -Me desculpe mais uma vez. Ah! Perdão nem me apresentei Jorge Smith, pai da Anny. -Prazer Alice. -Vamos meu amor. -Tchau tia Alice, até amanhã. -Tchau meu amor.  Anny sai com seu pai, mas no meio do caminho ela solta sua mão e vem correndo em minha direção e me dá um abraço bem apertado. -Obrigado tia por gostar de mim e ficar aqui comigo, eu te amo. Me dá um beijo e volta correndo para o pai, pego minhas coisas e vou para o ponto, não demora muito e meu ônibus passa , sigo para casa contente, pois consegui conquistar a confiança daquela pequena, não demora muito e chego a casa. -Mãe cheguei! -Oi minha filha, hoje você demorou muito. -Os pais de uma de minhas alunas demorou ir buscá-la, não podia deixá-la só ainda mais no seu primeiro dia de aula. -Você e esse coração grande que quer ajudar a todos. -Ai mãe, a menina foi agredida pela professora anterior, pelo que percebi os coleguinhas também zombavam dela, eu não podia fazer o mesmo com uma criança de seis anos, traumatizar mais a sua mente, isso nunca. -Que bom minha filha você sempre se importando com os outros, agora vamos almoçar que já estou azul de fome. Ah! Ia me esquecendo do José ligou e disse que passaria aqui mais tarde. -Mãe! Porque a senhora não disse que eu ia sair? -Alice minha filha ele é um bom rapaz, dê uma chance a ele. -Nós já conversamos sobre isso dona Carla, nem adianta querer ficar arrumando namorado para mim, pode deixar que quando encontrar o cara certo eu vou namorar. -Não sei como você vai encontrar esse cara se nem sai de casa, a não ser para o trabalho. -Mãe, não se preocupe que quando chegar a hora eu encontrarei. -Tomara que não demore muito, ainda quero está viva pra ver meus netos. -Ai..ai dona Carla, só a senhora mesmo.  Terminamos de almoçar, ajudei minha mãe a arrumar as coisas da cozinha e fui para o meu quarto descansar um pouco, ainda tinha algumas tarefas da escola para planejar, deito em minha cama e acabo dormindo.  Após dormir uns 40 minutos acordo renovada, tomo um banho e vou fazer um lanche antes de começar a preparar minhas atividades, assim que chego à cozinha já sinto um cheirinho de bolo de laranja. -Hum..Dona Carla esse cheirinho está maravilhoso. -Vem comer um pedaço do meu bolo, acabei de tirar do forno. - Com certeza que vou comer, acordei numa fome. Sento com minha mãe e comemos o bolo que realmente estava divino, minha mãe é uma ótima cozinheira, aliás, minha mãe é maravilhosa em todos os sentidos, ficamos  ali conversando por mais um tempo e volto para o meu quarto e começo a preparar minhas atividades, meus pensamentos vai para pequena Anny, sei que vou ter que dá atenção especial a ela, não quero que aquela pequena fique com traumas, principalmente da escola e dos professores, saio dos meus pensamentos com minha mãe batendo na porta. -Alice meu amor, o José está lhe esperando na sala. -Ai mãe, estou tão ocupada. -Vá lá e converse com ele, saia um pouco minha filha você está precisando. -Mãe! Nós já conversamos não vai começar de novo. -Está bem, mas vá pelo menos conversar um pouco com ele. -Tá, pede pra ele esperar um pouco que já estou indo.  Minha mãe sai e eu troco de roupa, vou só por educação, gosto do José, mas como amigo o problema é que ele não entende esse lado e fica o tempo inteiro querendo levar nossa amizade para algo mais, só que esquece que a gente não escolhe quem ama, e com certeza ele não é o cara que balança meu coração. Ele é bonito, carinhoso, mas não sinto nada perto dele a não ser um carinho tipo de irmão e nada mais, termino de me arrumar e vou pra sala. -Oi José tudo bem? -Oi Alice, agora melhor que você chegou. -E então o que a anda fazendo? -Trabalhando muito, vim para te chamar para tomar um sorvete topa? -Ai José estou atolada de atividades da escola. -Por favor, Alice, é só um sorvete prometo não demorar. -Tudo bem, vamos então deixa só eu pegar minha bolsa.  Vou ao meu quarto e pego minha bolsa e saímos, como a sorveteria não é muito longe de minha casa vamos a pé, caminhamos em silêncio quase todo o caminho, assim que chegamos ele escolheu uma mesa e sentamos. -E então qual sabor você prefere? -Chocolate e Baunilha. -Ok, vou buscar então.  José sai para buscar o sorvete  e eu fico ali observando o ambiente, vejo ao fundo um casal de namorados com muitos carinhos um com o outro, fico observando e pensando quando vou encontrar alguém para descobrir o que é amar de verdade, saio dos meus pensamentos com o José me chamando. -Terra chamando Alice. -Oi José, desculpe estava distraída. -Eu percebi, estava tão concentrada no casalzinho dos fundos que nem percebeu que eu havia chegado. -Eu nem estava olhando para o casal, estava apenas pensando nos meus alunos. -Ai Alice você está sozinha porque quer, bem que podia dar uma chance pra nós, você sabe muito bem que sou apaixonado por você. -José você sabe muito bem que não sinto o mesmo por você, então não tem como existir um relacionamento que só um gosta. -Mas quem sabe com o tempo você aprende a me ver diferente, se você  não tentar nunca  vai saber. - Não José, eu não vejo dessa forma então não precisa insistir e se você preza por nossa amizade melhor parar se não nem sua amiga serei mais. -Tudo bem Alice, mas não vou desistir um dia ainda consigo de conquistar. -Acho melhor irmos, esse passeio já deu. -Vamos ficar mais um pouco, nem conversamos direito. -Não dá José tenho muita coisa da escola para terminar. Saímos a contragosto de José, por ele ficaríamos mais, mas como sempre ele fica insistindo em namorar comigo, antes até que não achava r**m, mas ultimamente ele anda me incomodando demais com essa história, chegamos à minha casa ele me deixa no portão e vai embora com a cara de poucos amigos entro e minha mãe está na sala me esperando. -Nossa que passeio rápido. -Mãe eu tenho coisas a fazer, não posso me dar ao luxo de ficar passeando a tarde toda, agora vou terminar meus trabalhos, beijos. Patrick Hoje o dia está sendo puxado, tantos contratos, reuniões que minha cabeça já está fervendo de tanto ler e escutar, mas isso é bom assim meu dia passa rápido que nem vejo e quando chego a casa já estou cansado que o sono me pega rápido e não preciso ficar pensando muito, às vezes bate uma solidão, mas penso no meu trabalho que essa sensação passa, meus pais e meus irmãos ficam sempre me dizendo que tenho que namorar, arrumar uma pessoa pra dividir meus dias, constitui família, essa baboseira toda, nunca mais eu vou entregar meu coração a nenhuma mulher fiz isso uma vez e ela me traiu me fez de i****a por mais de um ano jurei a mim mesmo que mulher é só pra satisfazer a necessidade e pronto, saio dos meus pensamentos com uma batida na porta. -Com licença senhor Smith, trouxe esses contratos pra o senhor assinar, e seu irmão está subindo pra vê-lo. - Deixe aqui na minha mesa Andréia e assim que Jorge chegar pode pedir pra entrar. -Sim senhor. Continuo analisando os contratos em cima de minha mesa, perco no tempo com minha leitura e só sou desperto pela entrada do Jorge. -E ai maninho, como você está? -Bem Jorge, e você conseguiu chegar a tempo de buscar a Anny? -Um pouco atrasado, mas consegui. -Jorge, você e Karen tem que programar direito as rotinas de buscar a Anny na escola, ela acabou de sofrer um trauma na escola e vocês a esquecem no primeiro dia de aula, assim ela não vai se recuperar. -Calma irmãozinho, você acredita que ela veio da escola hoje toda falante e contando as horas pra ir pra escola amanhã? -Nossa Jorge, então essa escola é muito boa mesmo. -Meu irmão, a escola eu não sei, mas a professora dela é muito gata, uma morena de olhos azuis, com um corpo maravilhoso. -Deixa a Karen te escutar Jorge, ela arranca seu brinquedinho e joga pros cachorros. -É sério Patrick você devia conhecê-la, não só pela beleza, mas ela me parece uma mulher incrível ficou com a Anny até eu chegar e você precisava ver o cuidado que ela teve com minha pequena. -Olha Jorge eu agradeço, mas você sabe que não estou à procura de nenhuma mulher, portanto nem precisa ficar dando uma de cupido. -Até quando você vai ficar achando que todas as mulheres são iguais a Amélia? Até quando você vai viver nessa solidão por causa de uma v***a que nem merecia seu amor? A vida está passando Patrick e você fica ai sofrendo por alguém que nunca mereceu seu amor, nunca mereceu sua atenção, que queria de você só o status. - Jorge, eu me decepcionei muito e não quero sofrer novamente agora que estou começando a me recuperar, não vou cair nas garras de outra mulher novamente, elas só me querem pelo o que eu tenho e posso oferecer de bom a elas, então nem precisa ficar insistindo para que eu conheça mulher nenhuma, já te disse e repito não quero me relacionar com ninguém. -Tudo bem Patrick, eu não vou falar mais se você quer viver nessa vida vazia sem sentimentos, eu não posso fazer nada agora, mas o dia que você acordar para vida eu estarei aqui pra te ajudar. Aqui está a chave do seu carro, obrigado e até mais. -Até Jorge, dá um abraço na minha princesa. -Pode deixar eu dou. Jorge sai da minha sala e eu continuo a analisar meus contratos, mas as palavras de meu irmão ficam martelando em minha  mente, será que devo tentar seguir em frente e esquecer o meu passado, será que consigo encontrar o amor novamente? Não! não vou entregar meu coração novamente para ser esmagado por uma mulher novamente.
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