Capitulo 1:-Somos ambos peões

1658 Words
Finalmente chegou o dia em que eu conheceria meu noivo, perguntei a uma das empregadas se já o viram ou se sabiam alguma coisa sobre ele. Mas não sabiam ou se sabiam não queriam me contar, então eu descobriria tudo a partir dele. Bem, com as explicações de Silvana eu descobri tudo sobre o corpo masculino e o corpo feminino e principalmente seus pontos sensíveis e como ocorreria o processo de fecundação. Bom, foi realmente curioso e ela me alertou que a primeira vez sempre doía mesmo que o homem fosse o mais delicado possível. Mas que eu devia ser forte. Que a segunda vez já seria algo maravilhoso. Então simplesmente irei acreditar nela. Vesti um vestido na cor vinho que prendia minha cintura com um corpete na cor preta, já havia aprendido a controlar minha respiração para não me sentir sufocando enquanto o usava. O evento que meu pai propôs foi um jantar. Já estava pronta deixei meus cabelos soltos minha maquiagem estava básica. Que tipo de homem era o Senhor Rivaille? Sentia meu coração inquieto. Estava acelerado como nunca esteve antes. Estava com medo dele ser uma pessoa r**m. De acordo com meu pai ele vale por 100 soldados… Isso tornava tudo mais estranho para mim. Um homem tão forte deve ser enorme. Talvez maior que o Senhor Erwin. Então cheguei à sala de jantar lá estava meu Pai, o Erwin e um homem de estatura baixa que vestia um traje elegante, tinha cabelos lisos raspados nas laterais e olhos em um tom azul. Sei disso pois nos encaramos por algum tempo. Como só havia ele lá de desconhecido, imaginei que fosse ele, o Senhor Rivaille, que mais parecia uma criança... Como alguém desse tamanho pode ser o mais forte? -Então Rivaille espero que esse silêncio vindo de você seja algo bom! S/n puxou a beleza da mãe que já faleceu. Por isso espero que cuide bem dela quando eu falecer... Como todos já estão aqui podemos nos sentar para jantarmos e nos conhecermos ainda mais. Bem ele não parecia alguém assustador, tinha uma expressão carrancuda. Mas fora isso parecia ser uma boa pessoa. Sorri de canto para ele, apesar de seu olhar intimidador sabia que não poderia ler meus pensamentos. -Então Rivaille quantos anos você tem? Perguntei já que ele estava sentado ao meu lado. -Trinta e você? Me perguntou, evidenciando que não sabíamos nada um do outro. -Vinte e cinco anos! Ele me encarou por um tempo. Eu sabia que meu pai estava observando, então dificilmente conseguiria ter uma conversa normal e sincera com o menor. -Senhor Hannad irei sair a um passeio com sua filha! Pelo visto o baixinho pensou a mesma coisa. Talvez tenha entendido meu olhar. Meu pai fez que sim com a cabeça. Já havíamos terminado o jantar de qualquer forma. Então Rivaille me ofereceu sua mão. -Vamos! A segurei suavemente e então saímos pelos fundos que nos levava a um jardim. -Então Rivaille como se sente em relação a esse casamento? Perguntei e ele olhou nos meus olhos e soltou minha mão. Aquela sua reação me fez perceber que não viria uma resposta boa. -Bem não é como se eu pudesse estar contente com algo arranjado por outros... e nunca esteve em meus planos ter uma vida estável com alguém! Suspirei. Era como eu havia imaginado. Por isso olhei em seus olhos antes de dizer: -Mesmo assim irá se casar comigo certo? Perguntei enquanto brincava com minhas mãos em um ato nervoso. Era a primeira vez que ficava sozinha com um homem. -Sim, não é apenas minha vontade que está em jogo… e você não se incomoda em casar comigo? Ele perguntou olhando fixamente pra mim, me deixando um tanto nervosa. Mas ver sua curiosidade me fez sorrir para ele. -Na verdade me sinto um pouco aliviada por você não me parecer tão assustador. Ele me olhou confuso. Desviou o olhar e ficou em silêncio por um tempo. Talvez minha resposta o tenha ofendido, o chamando de "assustador". -Me explica qual foi o tal treinamento que você fez para ser uma boa esposa! Meu pai parecia que sempre se gabava disso para os outros. Mas como ele puxou assunto me senti bem pois agora a conversa começou a fluir facilmente. -Bem Rivaille eu sei cozinhar, limpar, servir e obedecer... uma boa esposa deve se submeter ao marido foi a primeira lição que aprendi! Não vejo problema em dedicar minha vida a isso! Lhe respondi enquanto abaixava para pegar uma flor das que tinha no jardim. -Mas você não tem vontade própria? Nenhum desejo? Nenhum sonho? Suas perguntas me fizeram pensar, nunca havia pensado nisso, para mim tudo girava em torno de quando e com quem eu iria me casar. O fato dele demonstrar interesse me deixou contente. Sorri para ele colocando minha mão em seu rosto. Sua pele era macia, além disso estava grata por ele não recuar. -Minha vontade será a sua vontade! Além disso Rivaille acredito que nem você tem vontade própria, pois está aqui na minha frente, em minha propriedade sendo a partir de hoje o meu noivo que se tornará meu futuro marido... não porque você me ama. Sendo que nem nos conhecemos, somos apenas peões, você não concorda? Ele segura minha mão que estava em seu rosto e a beija logo em seguida me olhando nos olhos. -Sinto que iremos nos entender! Nessa ocasião não usava luvas então pude sentir nitidamente como era o toque de seus lábios. Eles eram macios e tocaram minha pele com delicadeza. -Ouvi meu pai comentar que iremos nos casar em um mês! Pois ele está com a saúde fraca e não quer deixar "sua filha desprotegida nesse mundo de lobos". Falei continuando a caminhar pelo jardim, com ele ao meu lado. -Mas me conta Rivaille sobre o seu passado...sobre seus companheiros! Como tem sido sua vida como um soldado? Eu não imagino algo colorido e fantasioso, mas mesmo que seja doloroso para ele, queria saber tudo sobre ele. Ninguém além dele poderia me contar. -Não tenho muito o que dizer.. minha mãe era uma prostituta no subterrâneo... Ela morreu quando eu ainda era uma criança depois disso aprendi a sobreviver sozinho e por algumas razões acabei parando na tropa de exploração! Lá perdi diversos companheiros mas isso não é da sua conta! Mesmo ele me respondendo estava óbvio que isso o incomodava. A maneira como falou no final mostrava que havia se arrependido de falar. Vejo que isso o deixou tenso. -Sente-se por favor! Pedi gentilmente e ele mesmo com uma expressão irritada fez como eu havia dito. Em um banco de madeira que havia em meio ao jardim. Fui atrás dele e coloquei minhas mãos em seus ombros. Seu corpo ficou tenso, vejo que ele não tinha nenhum costume em ser tocado. -Não se preocupe! Eu entendo que são lembranças dolorosas mas eu estou aqui para te ajudar a carregar seu fardo… Comecei uma massagem com a intenção de o fazer relaxar. Eu tocava sobre sua roupa, me perguntava como era sem ela. Afinal nunca havia visto um homem sem roupas. -Tsc...hmm! Sorri ao perceber que ele estava se entregando. Fiquei feliz ao notar que estava gostando de minhas mãos. -Me diga como era o nome de sua mãe... Sei que ela deve ter te amado intensamente! Ao dizer seu corpo tencionou de novo. Rivaille segurou meu pulso e o puxou rudemente me fazendo cair de maneira desleixada sobre ele. Mas eu pude perceber que ele estava assustado. Um gemido de dor escapou de meus lábios, quando senti ele apertar com muita força -Vamos voltar! Ele disse um tanto atordoado, falar de sua mãe deve ser o mais difícil para ele. Soltou meu pulso mas não fez menção em se desculpar. Olhei ele estava roxo e um pouco dolorido. -Sim vamos... Minha mão tremia um pouco. Apesar de pequeno ele era forte. Mas eu não devia ser tão invasiva com ele nós nos conhecemos hoje. De certo, tenho que conhecer tudo sobre o meu marido mas ainda não nos casamos. Antes de entrarmos na casa olhei para ele e sorri um tanto nervosa e sem jeito. Segurava meu pulso tentando esconder a marca. -Obrigado pelo passeio e me desculpe por ser invasiva! Já estava entrando em casa quando ele disse: -Kurchel… Kurchel Ackerman! Minhas bochechas ficaram vermelhas e sorri de verdade para ele ao olhar seus olhos. Era o seu jeito de se desculpar. -Bem Erwin você já pode ir o contrato já está escrito mas só será válido quando S/n se casar! Meu pai disse enquanto caminhava até a porta acompanhado pelo loiro. -Por isso peço que acelere a cerimônia o quanto antes! Erwin disse em resposta. Não sabia exatamente o que aquele acordo estabelecia. Mas o importante era que minha vida estava decidida naqueles papéis. -Teremos o casamento em um mês! Erwin falou olhando para Rivaille. O loiro beijou minha mão para se despedir. Não relutei em entregá-la, aproveitando que Levi distraía meu pai. Erwin me olhou apreensivo ao ver o estado de meu pulso. -Sinto muito... Irei conversar com ele! Falou baixo para que apenas eu ouvisse. -Está tudo bem! Sorri gentil para ele. Não é nada que eu não possa aguentar. Além disso, tenho certeza que não foi intencional. -S/n espero nos vermos mais algumas vezes antes do casamento! Rivaille falou de maneira calma. Com sua voz incrivelmente maravilhosa de ouvir. Ele segurou minha mão mas não a beijou apenas a segurou suavemente e beijou minha bochecha. Não esperava que ele fizesse isso. -D-Digo o mesmo! Acabei gaguejando com minhas bochechas quentes. Com isso ambos se foram. Me deixando sozinha com meu pai. -Então S/n seja uma boa esposa! Não esqueça o que você passou a vida inteira se dedicando para esse dia! Sorri para ele, afinal meu pai estava certo, era o meu momento de fazer o que nasci para fazer. -Claro, meu pai! Farei o meu melhor!
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