Entre a cruz e a espada

1223 Words
Agora eu entendo o porquê aquele ar de superioridade, seus amigos são podres de ricos, Deborah, eu sinceramente não entendo pra quê tanto luxo se esse povo nem mora aqui, eu sinceramente estou com muita vontade de ir embora e ficar longe dessa gente, mas por você, eu prometo dar o meu melhor pra tentar engolir a extravagância. Tem muita gente nessa festa e comida para um batalhão, malditos ricos exagerados. Bom, pelo menos vejo alguns rostos conhecidos, as amigas da Deborah que gostam de mim, eu me dou bem com elas, pelo menos não vão poder dizer que sou antipático, porque estarei interagindo durante essa festa chata. Deborah vai até o toilette e me deixa sozinho com suas amigas legais que rapidamente entram no assunto Laura, Lúcia se aproxima e diz: - A gente soube do que aconteceu, você tem que ter cuidado com essa mulher, Adrian, ela é insuportável e extremamente venenosa. A gente gosta de você e sabemos que a Deborah te ama e você faz bem para ela. A gente quer te pedir para não contar para Deborah, mas a Laura disse pra gente que você não passa de um qualquer, como todos que a Deborah teve, então por favor, você tem que ser firme e provar que essa mulher não pode separar vocês, porque ela acha que pode controlar a Deborah e confie na gente, se ela não gostou de você, ela vai dar um jeito de tentar separar vocês dois. - Sendo sincero, eu não gostei dela logo de cara, ela mentiu para a Deborah, disse que eu tratei eles m*l, mas eles me desprezaram desde o primeiro minuto, mas eu não vou deixar ela separar a gente. - Só toma cuidado, eu soube que ela não pretendia ficar muito na cidade, mas desde que soube do namoro de vocês ela magicamente decidiu ficar, o que significa que ela vai colar na Deborah. Neste instante Laura se aproxima e mudamos de assunto, então ela pergunta: - Querem que eu saia? Aí vocês podemos continuar falando de mim. Neste momento todos nós ficamos sem reação, até que Lúcia começou a rir e dizer que Laura não é o centro das atenções, então o clima que era pesado, se desfez. A festa continuou por horas, e tive que fingir socializar com Laura e seu marido, minha maior sorte foi ter as outras meninas para ajudar a lidar com toda essa situação, até que finalmente Deborah sugeriu que fôssemos embora e fomos. Quando deixei Deborah em casa, eu tentei me explicar e dizer que dei o meu máximo para ser um bom amigo, porque os amigos dela são meus amigos também. Deborah me olhava com orgulho e começou a me beijar com desejo, como se estivesse com sede, misturado com a saudade que sentíamos, no carro mesmo começamos a ficar ofegantes e o beijo esquentava cada vez mais, minhas mãos tocando cada parte da sua pele, minha barba em seu pescoço e seus suspiros no meu ouvido me deixavam cada vez mais louco de desejo. Deborah era doce, mas em momentos onde estávamos sozinhos ela era muito diferente, era quase selvagem, muito sensual. Nós tivemos nosso momento de loucura no carro, até que terminamos na cama, onde a deixei sem fôlego e sem forças. No outro dia fomos despertados pelo celular de Deborah, que tocava insistentemente, até que ela atendeu, quando desligou, veio a triste notícia: Laura nos convidou para jantar novamente, depois de uma noite incrível, eu não merecia acordar com essa notícia. Ficamos mais um tempo enrolando na cama, até começar de novo acender a nossa chama, deixando a cama pegando fogo novamente. É sábado, nós saímos para almoçar com seus pais e seus irmãos, eles são muito agradáveis e sempre fazem a maior cantoria com seus violões, Deborah gosta muito de música e fica muito feliz quando está com a família, eu gosto de ver o brilho nos olhos dela, ela é realmente muito expressiva, isso me encanta. Além do mais, é de leveza que precisamos, afinal a noite vai ser longa... Como pode as horas passarem tão rapidamente? Agora estou sentado na cama, vendo a Deborah se arrumar para irmos jantar com aquela cobra... Minha sorte é que novamente, as amigas boas estarão lá, é um grande alívio, mas não diminui meu sofrimento, mas, a vida não é só flores. O jantar é só uma desculpa pra envenenar a Deborah contra mim, disso tenho certeza, ao chegarmos, a primeira pessoa que vem em minha direção é Laura, que estranhamente me cumprimenta com um abraço e um beijo delicado no rosto... O que ela está aprontando? As amigas boas sempre festivas ao me ver com Deborah, sempre comemoram com muita alegria e animação, o que deixa qualquer ambiente suportável, até certo ponto. Laura parece eufórica, costumo observar as atitudes das pessoas, como se tudo ao meu redor parasse e eu conseguisse prestar atenção nos mínimos detalhes. Laura está agindo totalmente diferente do que é, tentando ser simpática e falhando miseravelmente, ela está ansiosa e inquieta, o tempo todo mexendo as mãos e pernas, seu marido parece entender do que se trata, já que quando percebe sua inquietação com as mãos, segura, como se tentando controlar que ela fique transparecendo essa ansiedade. Em determinado momento, pergunto à Márcio, o marido de Laura, onde fica o banheiro, ele se oferece para me levar até lá, mas pede que eu aguarde que ele deixe sua taça de vinho com Laura, nesse momento vejo Márcio deixando a taça com Laura e nesse momento ele toca no ombro dela e ela sorri, estranho. Ele não falou nada, mas ela sorriu como se algo fosse acontecer. Deborah está conversando com suas amigas na piscina, lá fora, então Márcio me leva até o corredor, onde abre uma porta e bom, esse não é o banheiro, é o quarto do casal. Eu olho para ele e o vejo fechar a porta, questiono o que está acontecendo e Márcio diz que posso usar o banheiro do quarto, o que me soa estranho, mas, eu realmente preciso usar o banheiro, e é o que faço. Quando saio, dou de cara com Laura, Márcio não está mais no quarto, tento me dirigir até a porta e Laura não permite, nesse momento Laura me diz que precisamos conversar e digo que podemos conversar, mas lá fora, nesse momento Laura se aproxima e tenta me beijar, eu desvio e então Márcio entra no quarto e começa um grande teatro. Márcio surta completamente, um perfeito ator, que parte pra cima de mim enquanto Laura começa um escândalo, alarmando à todos, até que Márcio me leva até a sala e Laura começa a chorar e diz para Deborah que eu, tentei agarra-la no quarto do casal... Deborah me olha sem acreditar no que ouvia, mas Márcio, confirma a história e diz flagrar o momento. Neste momento eu vi o desprezo nos seus olhos, Deborah, o brilhou sumiu e só vi lágrimas escorrendo pelo seu rosto, eu tentei dizer que aquilo não era verdade, mas como eu poderia explicar se eles armaram tudo tão friamente, me deixando entre a cruz e a espada, eram duas pessoas contra uma, Deborah, você não me deixou te tocar e na frente de todos, gritou para que eu fosse embora e nunca mais olhasse para você.
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