* Marcos *
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Eu sempre fui muito centrado, um homem sério, sempre fiz as coisas com a razão e não com a emoção. Porém, depois de conhecer Anastácia eu perdi tudo isso.
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- O que foi aquilo na festa? - Guilherme pergunta ao chegar em minha sala.
- O que você faria em meu lugar? - pergunto.
- Tudo bem, eu te entendo, e faria o mesmo, mas você sabe que já está por todos os lugares que vocês dois são um casal não é? - ele fala.
- Sim, estava lendo o jornal hoje pela manhã e vi! - falo.
- Você não está incomodado com isso? - pergunta.
Inspiro profundamente.
- Mande tirar de todos os lugares, e também da mídia! - Inventam outra história! - ordeno.
- Marcos, você está bem? - pergunta.
Inspiro profundamente mais uma vez.
- Na medida do possível! - Agora Guilherme eu preciso trabalhar, com licença! - falo.
Guilherme apenas me olha e sai da sala.
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Me atentei de fazer tudo na nossa nova casa, com os melhores e maiores detalhes, mandei reformar e logo já estaremos morando nela. Eu sei que será difícil esconder sobre as crianças serem minhas, sei que será difícil esconder sobre meu relacionamento não amoroso com Anastácia, mas ao mesmo tempo eu sinto que ela precisa estar onde ela quer e onde ela se sente feliz.
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- A casa é linda! - Anastácia fala assim que entra na mansão nova.
- Realmente foi pensada para isso! - falo.
- Venha Anastácia querida, você precisa ver o seu quarto! - Dona Vera a chama.
- Va com a dona Vera, irei resolver algumas coisas! - falo.
Anastácia apenas assenta com a cabeça e sobe com dona Vera.
Vou direto para meu escritório e faço uma reunião com minha equipe, quero tudo centrado e perfeito para segunda feira.
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A noite chega e Anastácia já arrumou suas coisas com a ajuda de Vera, enquanto eu fiquei praticamente o resto do dia enfurnado no escritório, cheio de reuniões e pendências.
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- Posso entrar! - ouço uma voz enquanto estou terminando um relatório.
- Sim! - falo me ajeitando na cadeira.
Era Anastácia.
Ela chega e me olha, e também olha em volta do meu escritório.
- Você tem um bom gosto! - fala sorrindo.
- Obrigado! - falo.
Anastácia se aproxima enquanto eu estou olhando para o computador.
- Obrigada Marcos! - ela fala diante da minha mesa.
Olho em seus olhos e vejo que ela estava chorando.
Levanto calmamente da cadeira, me aproximo dela e olho em seus olhos.
- Não quero que você chore mais! - falo.
- Obrigada por tudo que está fazendo por nós! - ela fala sorrindo.
- Farei tudo que estiver além do meu alcance por vocês! - falo.
Anastácia me olha com um olhar perdido.
Sinto as meninas mexerem em sua barriga.
- Não está pesada de mais? - pergunto.
- Sim, cada vez mais! - ela fala.
- Então procure repousar! - falo.
Ela apenas assenta com a cabeça e sai.
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Logo meu celular toca, vejo que se trata de Kaan, o novo guarda costas de Anastácia.
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- Fala! - respondo.
- Senhor, já está tudo pronto, Max está conosco! - fala.
- Já estou indo! - falo.
Pego minhas chaves e sigo para meu escritório particular.
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Passo pelo corredor, assim que chego.
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- Senhor! - os seguranças falam cumprimentando.
- Onde está aquele rato? - pergunto irritado.
- Na sala especial! - fala.
Tiro meu blazer entregando aos meus homens e sigo até a sala. Chego e vejo que Max está amarrado, tanto os braços, pés e a boca.
Pego uma cadeira e sento-me em sua frente.
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- Boa noite, meu grande amigo! - falo com um ar de deboche.
Ele apenas me olha com um olhar de ódio, vejo que meus homens fizeram um bom trabalho.
Arranco a fita da sua boca com força e olho em seus olhos.
- Achei que não viria mais você na minha frente seu rato! - falo irritado.
- O que você quer de mim? - pergunta.
- O que eu quero? - Você achou mesmo que eu ia deixar passar o que você fez a Anastácia? - pergunto.
Ele começa a rir feito um louco.
- Ah o motivo de você estar aqui é a Anastácia! - fala com desdenho.
- É apenas um aviso! - Para você saber de quem ela é mulher, e saber também do perigo que você corre se caso você queira se meter com ela novamente! - fala.
- Anastácia nem imagina com quem ela está dormindo, é mais, se ela soubesse a farça que você é, jamais teria se metido com você .. - o interrompo.
- Escuta aqui seu merd* - falo segurando em seu queixo com força - Anastácia não sabe quem eu sou, e nem ira saber, a única coisa que você irá fazer agora é sumir das nossas vidas e aí de você que ouse voltar, eu vou deixar uma marca tão grande em você, que você jamais esquecerá quem é Marcos! - falo.
Ele me olha com fogo em seus olhos.
- O que você irá fazer? - ele pergunta nervoso.
- Traga ela! - falo aos meus homens.
- Marcos o que você … - ele para no momento em que vê ela sendo trazido pelos meus homens com um saco em seu rosto.
- Marcos você não pode fazer isso! - fala.
- Deixe ela ver seu filho pela última vez! - falo entre os dentes.
- Marcos não! - Max implora.
- Filho, o que você … - Ela fala olhando o estado de Max.
- Marcos por favor eu imploro, minha mãe é uma mulher doente, ela precisa de remédios, ela, ela não pode estar aqui e … - o interrompo.
- Queto! - falo irritado.
- O que você irá fazer comigo filho? - ela fala olhando em meus olhos.
- Iremos dar uma passeada, eu, você e seu filhinho querido! - falo olhando para Max.
- Marcos por favor não, eu faço tudo, tudo o que for preciso para salvar a minha mãe, Marcos você conhece a minha história, sabe de tudo que eu fiz e eu .. - o interrompo.
- Tragam os dois! - falo saindo.
Meus seguranças levam eles até o nosso terreno baldio, chegamos e eu entrego uma pá para Max.
- Ande! - Cave! - falo.
- O que é isso Marcos, o que é isso? - Você não pode fazer isso comigo! - fala implorando.
- Cave logo! - ordeno.
Max começa a cavar e enquanto cava sua mãe olha com um olhar triste para ele. O cretino leva horas para cavar, já que não está acostumado a fazer nada além de roubar as outras pessoas.
Ele larga a pá e olha para mim abrindo os braços.
- Me mate! - Mas não mate minha mãe, deixe ela viver, ela não tem culpa de nada - implora.
Pego minha arma e aponto para Max, sua mãe chora e implora pela vida do seu filho.
- Escute bem seu merd*, eu espero que tenha dado um recado bem real a você, se você cruzar meu caminho de novo, a sua querida mamaezinha estará dentro dessa cova, e quem irá mata-lá e você mesmo! - Me aproximo dele e olho em seus olhos - Não ouse atravessar mais o meu caminho e o de Anastácia, Max! - falo entre os dentes enquanto ele chora.
- Levem-os - falo aos meus homens, entro em meu carro e saio direto para casa.
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