* Marcos *
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Fiquei irado em ver tudo que aquele i****a do Max fez com a Anastácia, eu sei que isso não é nem problema meu, porém, ela carrega minhas filhas em seu ventre e eu exijo respeito por ela. Não vou aturar homem nenhum fazendo ela sofrer.
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Acabamos nos beijando na madrugada, e isso já faz dias, Anastácia não conversa mais comigo e dificilmente senta sobre a mesa do café ou almoço, ela fica mais no quarto. Eu sei que é difícil para ela passar por isso, e eu sei que eu também errei em tê-la beijado, fiz isso enquanto ela estava frágil.
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- Como ela está hoje? - pergunto no almoço para Vera.
- Ela estava quieta, m*l falou comigo, notei que a barriga dela baixou bastante! - fala.
- Hoje temos uma consulta, quero levar ela! - falo.
- Tudo bem! - fala.
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Termino de almoçar, faço minhas higienes e subo para falar com Anastácia.
Bato na porta e logo ela abre.
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- Boa tarde! - falo - Cheguei um pouco atrasado, hoje temos consulta para ver as meninas! - completo.
- Boa tarde, sim! - ela fala.
- Posso entrar? - pergunto.
- Sim! - ela fala abrindo mais a porta.
Entro e fico de pé enquanto ela tenta por o sapato.
- Posso lhe ajudar? - pergunto.
- Tudo bem! - ela fala.
Ponho o sapato nela e vejo o quanto seus pés estão inchados.
- Essas meninas estão bem agitadas! - Anastácia fala com a mão na barriga.
- Posso? - pergunto.
- Pode! - ela fala.
- Boa tarde minhas lindas, e o papai, vocês lembram da minha voz? - Estou com saudades de vocês, papai está aqui viu? - Saibam que vocês precisam estar calma para a mamãe não ficar nervosa! - Papai ama vocês! - falo.
Logo elas não param de se mexer.
- Elas gostam da sua voz! - Anastácia fala sorrindo.
- Sinto que preciso ficar mais perto delas! - Sei que errei com você em beijar você quando você estava frágil, eu errei eu sei, mas eu quero lhe pedir permissão para dormir com você! - falo.
Anastácia me olha incrédula.
- Você pedindo permissão? - fala.
- Sim, você não é minha, é somente mãe das minhas filhas, eu não posso simplesmente chegar no quarto e deitar do seu lado sem a sua permissão! - falo.
- A minha barriga está grande, eu não consigo mais dormir na cama! - fala.
- E porque não me disse isso antes? - pergunto.
- Nao quero te ocupar! - fala.
- Tudo bem, eu compro uma cama maior, assim você pode dormir nela e eu durmo ali no chão! - falo - Eu só quero ficar perto das meninas! - completo.
- Tudo bem! - Agora precisamos ir! - fala.
Ela pega sua bolsa e descemos direto para o carro, rumo a consulta.
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Saímos da consulta e as meninas estão super bem, já marcamos a data do parto e já estou ansioso para ver minhas filhas.
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- Vou devolver seu celular e notebook! - falo enquanto estamos voltando pra casa.
- Obrigada - ela fala.
- Mas me prometa que jamais sairá de casa sem me falar ou acompanhada por um segurança da minha confiança! - falo.
- Eu prometo! - ela fala.
- Ok! - respondo.
Vamos direto para a mansão, pego o celular e o notebook de Anastácia e os devolvo, logo peço a Guilherme que compre a cama, porém vai demorar um pouco para chegar.
Anastácia hoje resolveu descer para jantar conosco, assim que acabou ela ficou abrindo as caixas do enxoval de nossas filhas.
Ver seus olhos brilhando com cada coisa é lindo de mais.
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- Começarei o quarto delas amanhã! - falo.
- Quais as cores que você escolheu? - ela pergunta.
- Cores neutras, não gosto de coisa colorida! - falo.
Ela sorri.
- Alguma coisa incomum nos dois temos! - fala.
Anastácia abre um caixa que eu não lembro o que tem dentro, e então ela tira uma pequena peça de roupa.
Vejo que ela se emociona.
- O que foi? - me aproximo.
Ela seca suas lágrimas e sorri olhando para mim.
- Uma vez, eu estava passando em frente a uma loja de roupas de bebê, e eu vi esse tiptop em frente a vitrine e eu desejei tanto ter um filho, naquele momento eu estava passando por uma crise em meu relacionamento e então eu queria muito um filho, mas tinha medo de tê-lo! - fala.
Sento-me ao seu lado, seguro seu rosto e seco suas lágrimas.
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- Agora você tem! - falo olhando em seus olhos - Você tem duas meninas! - falo sorrindo.
Ela sorri enquanto as lágrimas ainda caem.
- Sempre foi meu sonho ser mãe, eu sempre tentei engravidar e cada teste negativo me apavorava, eu realmente achava que tinha algum problema, mas eu vejo hoje, que o problema era o Max! - ela fala com a voz embargada - O destino não quis que tivesse um filho dele, para eu e a criança não sofrerem, ele não me amava e me traia, que tipo de pai ele seria? - pergunta emocionada.
Ouço a sua dor.
- Quando eu fiz a inseminação, eu não imaginava que tudo isso aconteceria! - fala.
Ela baixa sua cabeça, e eu seguro em sua mão.
- Anastácia! - falo.
Ela olha para mim.
- Sei que nós dois começamos errado, sei que você largou tudo e ficou aqui, meses, dias, sozinha, e eu sei que eu também errei, a forma na qual eu te tratei foi totalmente errada, eu te forcei a ficar aqui por minhas filhas, mas eu entendi que você não pode ficar presa, você precisa ser livre, você precisa viver sua vida! - Eu sei que isso é uma decisão sua a partir de agora e foi por isso que eu lhe devolvi suas coisas, eu não quero que você saia daqui, mas eu quero que você viva! - falo.