CAPÍTULO 5

1362 Words
Fabiane * Ir ao bar da Matilha da lua de sangue é uma espécie de ritual para os membros do time nas noites de sábado. As garotas trocam suas roupas de ginástica por vestidos justos, os rapazes por jeans e camisetas ou camisas de botão mais bonitas. Eu normalmente não coloco muito em minha aparência mas, Fabíola sempre arranja muito para nos arrumar para as noites de sábado, então eu concordo com ela. Hoje à noite, ela me convenceu a usar uma minissaia preta e um top cinza rendado com mangas na altura do cotovelo. Não sei se é dela ou se é emprestado mas, me sinto estranhamente exposta com a roupa. Pelo menos a saia é de cintura alta e a renda da blusa cortada abaixa para esconder minha barriga. Minhas pernas são realmente a única coisa à mostra, e eu troco minhas tenis habituais por um par de saltos porque, de acordo com Fabíola, eles 'fazem minhas pernas parecerem mais longas' e 'completam a roupa'. Minha amiga Dany da unidade de TI está indo conosco hoje à noite, e ela é mais uma garota feminina, totalmente apreciando o processo de ficar toda arrumada. Ela insiste em enrolar meu cabelo, mas seus esforços são em vão, em cinco minutos, os cachos estão moles, meu longo cabelo loiro ficando mais solto. Ela também aplica mais maquiagem no meu rosto do que me sinto confortável normalmente eu sou o tipo de garota que usa rímel e brilho labial, mas Dany aplica sombra esfumada e delineador nos meus olhos e bronzeador nas minhas maçãs do rosto. No último minuto, Fabíola me convence a trocar o óculos por lentes de contato. Ela sempre usa lentes de contato, mas tento não me preocupar com elas com muita frequência. Normalmente só uso lentes de contato quando vou para uma corrida. Eu pisquei em meus olhos, olhando para minha irmã. Fabíola está deslumbrante como sempre, vestida com um top vermelho, calças justas de couro de cintura baixa, salto vermelho e seu r**o de cavalo habitual. Sempre ansioso para começar, Hugo entra no vestiário, onde estamos nos preparando para nos incomodar e nos levar para fora. Temos um grande grupo esta noite, composto por Fabíola e eu, Dany, Shay, Clara, Diogo, Hugo, Rick e Connor. Gael vai encontrar Fabíola no bar, já que ela queria se arrumar com as amigas, mas não tenho certeza se ele vai se juntar ao nosso grupo ou para o dele. De qualquer forma, estou animada para sair do complexo por uma noite. Nós caminhamos pela curta trilha na floresta do complexo, indo direto para o bar. Em seu jeito típico, Hugo faz um show ao comprar a primeira rodada de bebidas para todos, sua família tem dinheiro e ele nunca se envergonha de desperdiçá-lo. Antes mesmo das bebidas chegarem às nossas mãos, o companheiro de Fabíola está rondando por trás dela, deslizando os braços em volta de sua cintura e colocando o queixo sobre seu ombro. Os dois não conseguem manter as mãos longe um do outro. Não sei se estou enjoada ou com um pouco de... ciume. Hugo me entrega meu refrigerante com vodka habitual e eu pego dele com um sorriso agradecido. Eu olho ao redor do bar enquanto tomo um gole, Danny se apertando ao meu lado. — O senhor sexy está aqui.— ela sussurra, olhando em direção à mesa no canto onde os alfas sempre sentam. — Senhor sexy?— Eu rolo meus olhos. — Bem sim ele... merda, ele está olhando para cá.— Ela coloca a mão ao lado do rosto, bloqueando sua visão. Eu olho para a mesa de Léo e com certeza, eu encontro aqueles olhos castanhos intensos olhando por baixo de uma sobrancelha franzida. — Ele ainda está olhando?— Dany sussura. Eu suspiro, me virando para ficar de frente para o bar sem responder e levando meu copo aos lábios. — Mhmmm.— Eu murmuro enquanto tomo um gole, estremecendo um pouco enquanto o alcool queima minha garganta. Os bartenders aqui sempre servem pesado. — Ugh, ele é tão quente.— lamenta Dany, jogando seus cabelos castanhos por cima do ombro. Seu cabelo segura as ondas muito melhor do que o meu. — Ele é um idiota.— murmuro, tomando outro gole da minha bebida. Dany encolhe os ombros. — Bem, ele tem sido muito bom comigo até agora.— — Provavelmente porque ele quer te comer.— — Eu deixaria.— Minhas sobrancelhas se erguem. Acho que presumi que Dany seja tão inexperiente quanto eu quando se trata de homens. — Do que vocês estavam falando hoje?Ele ficou sentado com você por um longo tempo.— Dany pergunta. — Música.— Eu jogo o resto da minha bebida, colocando-a no topo do balcão. — Música?— Ela repete, piscando. Eu encolho os ombros. — Eu enviei a ele uma lista de reprodução do Spotify.— Eu me inclino para frente no bar, levantando a mão para chamar a atenção do barman. — Vocês são amigos ou algo assim?— Dany se recosta no bar ao meu lado, bebendo seu gin. — Deus... não, somos da mesma matilha e tudo,apenas nos conhecemos. Eu gostaria que ele apenas me deixasse em paz para que eu pudesse fazer meu trabalho.— eu suspiro, exasperada. O barman me entrega outra bebida e eu pego o dinheiro do sutiã para pagar. — Sinta-se à vontade para mandá-lo na minha direção, então. Eu não me importaria se ele passasse a tarde toda na minha mesa.— diz Dany, sorrindo maliciosamente. — Eu vou fazer isso.— murmuro, pegando minha vodka com refrigerante do bar e tomando um pequeno gole. Eu olho para Fabíola e Gael, ainda enrolados um no outro com uma conversa paralela. — Vá em frente. Vou ficar com as meninas um pouco.— Fabíola diz a Gael percebendo meu olhar e empurrando o peito de Gael. Gael planta um beijo fumegante nos lábios de Fabíola antes de se virar e voltar para sua mesa. Fabíola se virar para encarar Dany e eu, limpando seu lábio inferior com o polegar. — Você é tão sortuda.— Dany diz de forma manhosa sorrindo para Fabíola. Ela trata minha irmã como se ela fosse uma celebridade agora que está acasalada com um alfa. — A mais sortuda de todas.— Fabíola responde com estusiasmo. — Gael disse que podemos colocar nossas bebidas em sua conta esta noite.—Ela se aproxima de mim, passando o braço em volta dos meus ombros. — Oh, isso é tão bom.— eu respondo. Gael é um cara bom. Estou feliz que minha irmã acabou com alguém como ele, mesmo que eu possa estar com um pouquinho de ciúme dela por isso. É tão óbvio que Gael está de pernas para o ar por Fabíola. Espero encontrar um amor assim para mim um dia. Como se fosse uma deixa, Connor veio até mim, dando-me um aceno estranho e um sorriso torto. — Ei, Fabiane Eu ia pegar outra bebida, você quer uma?— ele cumprimenta, passando os dedos pela franja desgrenhada. Ele é tão fofo. Eu olho para o copo cheio em minhas mãos, desejando que eu pudesse aceitar sua oferta. — Estou bem por agora, pode ser daqui a alguns minutos?— digo, segurando minha bebida. — Sim, claro. Bem, eu só vou...— Connor engole em seco e para de falar, apontando para o bar. — Sim claro.— Eu me movo para permitir o acesso a ele. Fabíola revira os olhos, pegando minha bebida da minha mão. Abro a boca para protestar, mas ela já engoliu, dando um tapinha no ombro de Connor. — Ei, Connor! Fabiane pode ter essa bebida agora.— diz ela, piscando para mim. — Serio?— Connor se vira, erguendo as sobrancelhas. Eu sufoco uma risada, balançando minha cabeça para Fabíola. — Sim, vodka com refrigerante. Obrigada Connor.— eu digo, minhas bochechas aquecendo em um rubor. Ele sinaliza para o barman pedir nossas bebidas e Fabíola se inclina para mim, balançando as sobrancelhas. Ela baixou a voz para um sussurro. — Não diga que eu nunca fiz nada por você, irmã.—
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