Narrado por Lobo Acordei com o mundo batendo na minha porta. Não era vizinho, não era polícia, não era cobrador era pior. Era o desgraçado do Beto. TOC TOC TOC parecia que queria arrancar a madeira na porrada. Levantei no ódio, corpo ainda quente de sono, corrente gelada colando no peito suado. Abri a porta com a cara travada. — Juro que da próxima vez que tu me acordar assim, eu te mato, desgraçado. — soltei, voz funda, olho escuro. Ele entrou sem pedir, passando por mim como se fosse dono da casa. Sentou na cadeira, jogou a tampa da caneta na mesa, rindo. — Já tô te esperando, primo. Hoje é o dia da gente ir nos PM, não esqueceu não, né? Fechei a porta no tranco, respirei fundo. — Eu não sei porque um dia eu jurei pros teus pais que ia cuidar de tu, Beto. — falei baixo, arrasta

