Narrado por Lobo O Navalha chegou com o pendrive num chaveiro de santo, suando igual tampa de marmita. Jogou em cima da mesa de plástico, não falou nada. Não precisa. Quem traz verdade não faz barulho. — Bota aí. falei, sem levantar o queixo. Beto correu, espetou o treco na TV velha da laje. Tela azul, depois imagem de câmera: bar lotado, luz estourada, garrafa brilhando. A confusão começa como sempre começa empurrão b***a virando maré. Aí entra polícia rasgando, lanterna na cara, grito por cima de grito. — Avança pro chute da porta. pedi sem pressa. Ele avançou. Eu vi. O careca rindo, o novinho se achando caneta de ouro. A menina encostada, queixo alto, olho quente. Quando cuspiu no colete do cara, o bar inteiro virou silêncio de igreja. Eu dei um meio sorriso torto. — A gordinha

