capítulo 67 Dina

868 Words

📓 Narrado por Dina O motor do carro ronronava baixinho, escondido na sombra da rua sem saída. Daqui dava pra ver o prédio da garota fachada limpa, portaria iluminada, segurança de vitrine. Mas quem vive de olho no breu aprende: não existe lugar seguro, só gente distraída. Acendi um cigarro, o isqueiro estalando no escuro. A fumaça subiu lenta, e eu deixei o tempo correr. O relógio marcava quase oito e meia. Ele sempre saía no mesmo horário. Delegado certinho demais, previsível até nos passos. Esperei. E esperei mais um pouco. Quando as luzes da garagem acenderam, joguei a bituca pra fora e saí do carro. Capuz na cabeça, blusa leve, calça jeans. Roupa de gente comum. Mistura perfeita entre anonimato e atenção desviada. Atravessei a rua devagar, com o olhar distraído de quem só tá ma

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