capítulo 62

1022 Words

📓 Narrado pelo Delegado Roberto Monteiro Albuquerque A mão dela ainda estava presa na minha, e eu sentia a pele quente, quase trêmula, como se todo peso da minha vida tivesse caído em cima daquela mesa junto com a nossa conversa. Respirei fundo, a garganta arranhando, e deixei sair o que sempre engoli: — Você sabe que eu te amo, né, Lara? Os olhos dela se arregalaram um pouco. Não era comum eu falar isso. Amor, na minha boca, sempre vinha em silêncio, em gesto, em bronca. Nunca em palavra. — Sei. — ela respondeu baixo, quase um sussurro. Apertei mais forte a mão dela, sem desviar o olhar. — Então escuta bem o que eu vou te falar… Se algum dia eu tiver que escolher entre a farda e você… — pausei, engolindo seco, o coração disparando. — Eu largo a farda sem pensar duas vezes. O silênc

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