Narrado por Lobo O rádio chiava no ombro do Cascão, Dina parada ao lado dele, séria como sempre. O pátio da boca silenciou quando sentiram meu olhar pesar. Traguei o cigarro até o filtro, soltei a fumaça grossa e falei devagar, cada palavra como ordem gravada em pedra: — Cascão… amanhã à noite, tu prepara tudo. Arma, rota, carro. — bati a corrente no peito. — A gente invade o banco. Ele assentiu sem piscar, já entendendo que não era plano aberto pra discussão. Virei pra Dina. — E tu, muralha… — soltei, voz funda. — Vai atrás da garota. Ela estreitou o olho, firme. — Tem certeza, Lobo? Assenti, o sorriso frio rasgando o rosto. — Antes do delegado vir atrás de mim, a princesa já vai tá no meu castelo. — puxei o ar fundo, o peso do momento caindo no pátio. — Nas garras do Lobo. O s

