Não era novidade para ninguém que me conheceu há tempos atrás: minha inveja por Analice, melhor dizendo, pelo amor que Genaro sente por ela. Isso mesmo, sente! Mesmo depois de morta, a mosca morta atormenta meus dias. Conheci Genaro há anos, num jantar de negócios em que ele participou em São Paulo, precisamente num fino restaurante italiano. Sendo apenas uma assistente comercial, me apaixonei à primeira vista pelo homem alto, de porte atlético e olhos afiados. Minha boca salivou e meu corpo ferveu; desejei levá-lo para minha cama. O homem de uma oratória maravilhosa me deixava hipnotizada quando abria a boca para falar de qualquer assunto, negócios ou não. Meu patrão e também amante na época ficou furioso por ver o modo escancarado com que eu tentava chamar a atenção do fazendeiro; n

