Bagdá on :
Na moral mesmo eu odeio que ditem o que é certo ou errado para mim, não sou nenhum moleque que não sabe o que é risco ou não, Luísa tá me tirando me deixando no vácuo falando sozinho, tenho 23 anos e a 6 anos lidero essa porr@ e nunca perdi nenhum companheiro por criancice da minha parte.
Flashback on :
Pezão : Se um dia eu partir quero que você cuide dessa porr@ como se fosse tua vida..
Bagdá : Vou fazer pai, jamais vou perder o morro que era do senhor.
Pezão : É questão de honra meu filho, lutei pra car@lho e você sabe disso, isso daqui sempre foi minha vida, é vocês e o morro, dou minha vida sorrindo.
Bagdá : Vamos lutar pelo nossos juntos pai, se eu for a metade do que o senhor é pro pessoal daqui eu tô feliz pra car@lho.
Pezão : Cê é moleque ainda, tem muito o que aprender, mas seus olhos precisam estar sempre atentos, observa tudo Bagdá esse mundo vai ser seu.
Flashback off :
Parecia que meu pai sabia que naquele mesmo dia ele iria partir, os verme invadiram o morro e ele foi de frente sem um pingo de medo no coração e morr*u com 8 tiros daqueles filhos da put@. Bando de vacilão do car@lho, não fazem porr@ nenhuma pelo pessoal e quando sobem favela e pra botar terror e sair mat@ndo geral sem saber se é inocente ou não.
Desde que assumi o comando eu comecei a fazer as paradas do jeito que o Pezão gostaria que o morro estivesse, a única coisa que não temos em comum é a ganância, eu sou movido por dinheiro, gosto de viver bem e não vejo m*l algum, não roubo ninguém que seja pai de família, trabalhador e etc, mas banco, redes de lojas e mais umas par de coisas que se encaixa eu passo o pano mesmo e levo tudo o que tiver ai meu alcance.
A Luísa tá comigo a algum tempo e ela sempre tá nos corre junto, quando ela bateu aqui na porta da boca para pedir trampo não teve um que não duvidou da capacidade dela e ela vem mostrando pra geral que em tudo que ela coloca a mão ela é boa, mas ela começou a pesar na minha mente para deixarmos um pouco os assaltos de lado que estamos ficando manjados no asfalto, mas porr@ será que ela não enxerga que assim como entra dinheiro para mim, entra dinheiro para quem está junto, principalmente ela.
Do jeito que ela fala até parece que somos a única favela que desce para meter assalto nos playboy, manjado tá todo mundo mesmo e se eu bater de frente com os vermes dou a minha vida para salvar os meus, pro infern* eu já vou mesmo, adiantar a ida é o de menos.
Fiquei tentando falar com a Luísa pra ela voltar pra boca e essa filha da put@ sequer me atende, o WL entrou na minha sala e começou a falar uns bagulhos.
WL : Na paz patrão?
Bagdá : De boa, o que manda?
WL : Tá pegando alguma coisa com a Luísa?
Bagdá : Que eu esteja sabendo não, mas solta a voz.
WL : Tava lá na rua que ela morava com o pai e vi ela parada em frente a casa e depois secando o rosto, devia tá chorando.
Bagdá : Deve ser nada não, só lembranças parceiro e tá ligado né? Lembrança corrói o coração de qualquer um.
WL : Deve ser mesmo, mudando de assunto, patrocina um pagode para nós aí patrão.
Bagdá : Folgado pra car@lho heim, quem sabe amanhã.
WL : As mulheres desse morro tão tudo intocada, doido pra arrumar umas coisas e sair de quebrada.
Bagdá : Mete o pé WL só fala merd@.
Ele se levantou e eu neguei com a cabeça, quando esses moleques perceberem que mulher interesseira é só atraso de vida eles morrem, isso é uma coisa que eu aprendi com o meu pai que se não for uma mina que vai fechar 10/10 com você é melhor ficar sozinho.
Fiquei com meus pensamentos na Luísa, ela saiu put@ aqui da boca e ainda parou lá na casa que morava com o pai dela, já faz algum tempo que o pai dela faleceu e ela até hoje não tem coragem para se desfazer de nada que tem dentro da casa, ela simplesmente fechou alugou outra e tá vivendo.
Sai da minha sala, peguei minha moto e meti o pé para a casa dela, além de tudo somos amigos pra car@lho e ela sabe que pode contar comigo assim como eu posso contar com ela para tudo na minha vida.
Antes de ir pra casa dela eu vou dar um pulo na casa da minha mãe, eu quase não broto lá por causa do marido dela, não aceito certas coisas mesmo, a coroa foi casada durante anos com um bandido e nunca achou r**m dos bagulhos errados e depois que meu pai morr*u e ela casou de novo e o cuz@o é pastor de igreja ela mudou totalmente a sua visão e acha que eu tenho que mudar também, viveu durante anos achando o errado certo e agora quer meter o louco, todo mundo tem o direito de mudar e se ela tá feliz com ele, tá de boa, mas não vem querer jogar pedra no passado dela e muito menos em uma pessoa que não está nem entre nós mais para se defender.
Bagdá : A senhora tá bem?
D. Suelen : Oi Brayan, eu estou ótimo e você?
Bagdá : Na paz, só passei para ver se tá precisando de alguma coisa?
D. Suelen : Mesmo que estive não pediria sua ajuda, na minha casa não entra dinheiro sujo.
Bagdá : Tô cansadão nem vou bater boca contigo, só não esquece que essa porr@ aí foi comprado com o dinheiro do tráfico.
D. Suelen : Se é por isso pega de volta para você, toda vida jogando na cara.
Bagdá : Tô jogando na não Dona Suelen, você que tem que parar com esse bagulho de dinheiro sujo e lembrar que a casa e o restaurante que você tem hoje foi o dinheiro sujo que te proporcionou, mas já vi que tá tudo bem, vou indo nessa.
D. Suelen : Deus lhe acompanhe meu filho.
Liguei minha moto e fui direto pra casa da Luísa, posso nem ficar pensando nesses bagulhos da minha que minha mente pira, a única certeza que tenho é que dor de barriga não se dá uma vez só.