Capítulo 3 - Um pequeno acidente

969 Words
- Nem começa, João. João: É meu sonho ver vocês namorando. (risos) Gus: Tá aí uma coisa que não irá acontecer. João: Aham, e esse mês ela vai ser o que sua? Gus: Vai tomar banho, João. Chegamos em uma salinha abandonada que tinha no ultimo corredor da escola, entramos lá e tinha uns sofás, sentamos lá e ficamos conversando. João: Ai ai, vou pedir pra sua prima gravar vocês dois em Gus. Gus: Cala a boca, elas não podem nem sonhar que isso é mentira. - Prima? Vai tá sua família toda? Gus: Lógico que vai. Bufei e fechei meus olhos se aconchegando no sofá. Acordei assustada com Gustavo e João me chamando. Olhei em volta e as meninas estavam aqui também. - Quem morreu? Bi: Vamos, lua, bateu o sinal. - Já? Gus: Lesada. - Pois é, aprendi com o melhor. João: Começou! - Começou não, já estou de saída, tchau. Sai da sala com minha mochila que as meninas tinham pego para mim e fui pra casa de lotação, meus pais não iriam me buscar hoje, os dois são médicos e ficarão até mais tarde no hospital. Cheguei em casa e fui direto pra cozinha, coloquei a comida pra esquentar no microondas e fui pro meu quarto que fica no 3° andar da casa. Troquei de roupa, coloquei apenas um blusão do 1 kilo, soltei meus cabelos que estava em um coque e coloquei uma pantufa de panda, desci as escadas indo novamente para a cozinha, peguei meu prato e me sentei no sofá, liguei a televisão e estava dando o filme Amanhecer parte 1. *Gustavo Cara, admito que estou com um pouco de trauma, vou passar 1 mês, exatamente 1 mês com a pessoa que eu mais odeio nesse mundo, a vida não é fácil! O difícil mesmo, é mentir pra minha mãe e pro meu pai. Eu estava voltando da escola com o João, as meninas já tinham ido embora por outro caminho. - Cara, preciso que vá lá em casa. João: Pra quê? - Preciso que leve o caderno para a Luane, por favor. João: E por que você não leva? - Não sei onde ela mora. João: Ela moras 3 casas depois da minha cara, tu sabe sim. - Não quero levar lá. João: É 2 ruas depois da sua, qual a dificuldade? - Toda! João: Olha, você tem que aprender a conviver com ela querendo ou não. - Não sei se consigo. João: É só esquecer que odeia ela, cara. - Esse é o problema, eu não consigo. O João parou no meio da rua me fazendo parar também e ele disse: - Por que se odeiam? - Não sei... Só não nos damos bem. João: Tem que ter motivos, não é possível que se odeiem por nada. Respirei fundo e disse: - Cara, não tem nada, só não nos damos bem, só isso. João: Sei... Nunca vi tanto ódio em duas pessoas. - Pois é... Mais enfim... Vai lá pra mim ou não? João: Se vira cara. - Que amigão você em. João: Tô fazendo isso pro seu bem pow. Luane* O filme estava quase acabando, porém estava na minha parte favorita, eu estava de boa assistindo até ouvir a campainha tocar, o que obviamente não me surpreendeu porque João iria vim me trazer o tal caderno, abri a porta já preparada para espancar o João porque ele fez eu perder a minha parte favorita do filme. Quando abri a porta e dei de cara com a última pessoa que eu queria ver no momento... Gustavo, fiquei meio espantada, como ele sabe aonde eu moro? E por que João não veio? Eu mato o João. Ficamos se encarando por um grande tempo, eu estava sem reação sei lá... E ele parecia está também... Eu tomei atitude e disse: - O Que faz aqui? Gus: Eu vim trazer o caderno... - Hm, valeu. Puxei o caderno da mão dele e virei as costas já me preparando pra fechar a porta, porém o i****a meteu o pé impedindo a porta de fechar. - O que você quer? Me virei já ficando brava. Gus: Cadê o obrigado ? - Ai, deixa eu ver. Olhei pra mim mesma e percebi que eu estava apenas com um blusão... Fiquei meio sem graça mais mesmo assim continuei na posição e disse: - Iih foi m*l, tenho bolso não. Gus: Pois trate de costurar um e procurar, porque eu não saio daqui até você agradecer. - Hahaha, muito engraçado. Gus: Não é pra ser engraçado, eu estou falando sério. - Fique aí sozinho, adeus. Gus: Negativo, quero ver você fechar essa porta. Ele disse enfiando a perna mais ainda pra dentro. - Vou quebrar sua perna Gustavo. Gus: Vai em frente machona. Eu dei um empurrão na porta mais foi sem querer, foi impulso sei lá.. E ele deu um grito do fundo da alma, tô arrependida... Fiquei apavorada e abri a porta com tudo, ajudei ele a sentar no sofá de casa e levantei a calça dele, estava meio avermelhado o lugar. Gus: Você é louca, garota. - Cala essa boca, você que começou. Gus: Se você fosse educada talvez isso não aconteceria. - Eu uso a minha educação com quem merece. Gus: E eu não mereço não? - Nem um grão de areia do meu quintal você merece, garoto. Gus: Anda logo com isso, eu quero ir pra casa. Encarei ele e disse: - Olha aqui, não sou sua empregada, fala direito, ainda tô fazendo o favor. Ele revirou os olhos e disse: - Favor? Não fez mais que sua obrigação, isso aqui é culpa sua. Respirei fundo e fui até o banheiro pegar o kit de primeiro socorros, ao descer as escadas já com o kit nas mãos, avistei Gustavo sentado no sofá como o deixei, a cabeça dele estava jogada pra trás e seus olhos estavam fechados, cara esse garoto é irritantemente perfeito. Gus: Que foi? Eu nem tinha percebido que ele estava já de olhos abertos. - Que foi o quê? Gus: Tá ai parada me olhando, quer um babador? - Cala a boca garoto, não estava te olhando não. Gus: Sei, admite que sou demais. Me abaixei em sua frente e peguei a perna dele, estava ficando inchada e roxa. - d***a!
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