Tomé O motor da caminhonete grita como um animal ferido, enquanto mantenho meu olhar fixo nela, sua face se tornando cada vez mais pálida. — Essa estrada esburacada não ajuda em nada! — meu padrinho grita, suas mãos trêmulas lutando para manter o controle do volante. A culpa me consome. Olho para Quininha, o sangue escorrendo entre meus dedos, tingindo de vermelho a blusa da menina e as memórias que insistem em pulsar na minha mente. — Faz pressão, homem! — clama Gumercindo, desesperado. — Aperta esse ferimento ou ela não vai sobreviver! — completa, enquanto acessa a estrada principal. Aperto o tecido ensanguentado contra o ventre da menina, meus lábios murmurando uma prece silenciosa. “Meu Deus, Nossa Senhora… salva ela… salva essa menina que não deveria estar aqui. Por que el

