Florian Não demorou muito para Dona Olinda aparecer com dois pratos de sopa fumegante nas mãos. Um foi servido ao seu marido e o outro a mim. Não recusei a refeição, afinal, ainda não tinha jantado. _ É simples, mas feita com muito carinho – disse ela, entregando-me o prato, que apoiei sobre uma almofada. _ Obrigado – respondi, admirando o caldo espesso e avermelhado, onde cubos de carne flutuavam entre os legumes. _ Oh, muié ( mulher) prendeu o Bolinha na casinha dele? Sabe que esse cachorro vive atrás da menina, vai que ele se sorta ( solta) e segue a Margaridinha até o trabalho. Aí não vai dá bão , não – comentou o homem, pegando a colher de forma rústica. _ Margaridinha prendeu, não se "apoquente" – respondeu Olinda, sentando-se ao lado do marido para assistir um pouco de tel

