Adriele Narrando Acordei assustada com o celular do Joca tocando. O homem tava apagado — ele custa a dormir, mas quando dorme, apaga que é uma beleza. Levantou num pulo, atendeu o telefone e só disse que precisava sair. Fazer o quê, né? Sempre soube que essa vida é assim: ou eu abraço ou vazo. E eu tô tentando entrar num mundo que não é leve, então não posso nem reclamar... Ele saiu, e eu voltei a dormir. Depois de um tempo, acordei de novo com a minha mãe me chamando. Vera — Mulher, pensei que nem tava em casa! Que deu em você pra ainda tá dormindo essa hora? — falou Vera, já entrando no quarto. — Ah, mãezinha... final de semana, né? Ontem fui pro baile, já sabe. Fui pra curtir mesmo... cheguei já era dia. — falei, rindo enquanto ela sentava do meu lado na cama. Vera — Filha, não vo

