Epilogo: A dose of Hoffman

3114 Words
Era um final de Outubro mais frio do que o comum, as folhas voavam em sincronia e tudo parecia estar tranquilo de mais, até que do nada começou aquele som que ele mais adorava naquela época, gritos e correria. -28 de Outubro , a caça as bruxas está começando Christoff - Hans Becker dizia enquanto olhava em sua janela, apaixonado pela correria das pessoas abaixo dela - Será um grande final de ano!- ele sorria maliciosamente sabendo que nessa época sempre apareciam os melhores casos  -Com certeza Sr. Becker, essa época aparecem os melhores casos do ano ... - o Jovem rapaz faz uma pausa dramática e olha fixamente para Becker que o retribui com um sorriso sádico - Assassinatos !- eles falam em uníssono -Se lembra do caso do ano passado?- Christoff se sentava ao lado do tio querendo que ele falasse do caso novamente -Como se fosse ontem meu querido sobrinho, aquela mulher, nunca esquecerei...- Hans se sentou e começou a falar do caso do noiva desparecida, aquele caso foi espetacular, todos sabiam que ela estava morta, o futuro marido a cada semana recebia uma parte de seu corpo, ninguém fazia a menor ideia de quem tinha sido, e sempre vinha com um bilhete, "mais um pedaço para a coleção", sem vestígio, sem sangue, sem testemunhas, sem qualquer pista, além do cheiro de um de seus dedos, cobre, em outras palavras metal enferrujado, durante todo evento e até aquele dia do dedo com cheiro de cobre ninguém saiu do lugar, tudo foi interditado, e nem ela tinha saído da propriedade, como eu descobri o que havia acontecido? Simples, olhei a ficha criminal de todos os convidados e uma em especial me chamou a atenção, Linda Collins, ex namorada do noivo, chorou o período todo, e ninguém ficava perto, ela tinha um aroma muito exótico que me lembrava o meu tempo no Peru quando amigos meus foram capturados por uma tribo canibal, para uma pessoa normal aquilo era um perfume de ervas intenso normal, mas pra mim não era. Durante a noite essa mulher ia até a cozinha e pegava a bacia de carne, ia até o escritório da família do noivo numa parte separada da casa e entrava no cofre da família que era do tamanho de um cômodo, com essa mistura de ervas ela omitia o cheiro e lá ela cortava a noiva para a alimentação dos convidados, e como eu descobri isso? ela não deixou nenhuma pista ou gota de sangue, ela simplesmente deixou que o dedo da noiva raspasse na parede do cofre deixando sua unha de cor azulada, só bastou uma pergunta para o pai do noivo ao anoitecer quando todos estavam dormindo, chamei os policiais que duvidaram de mim e até eu duvidei de mim, mas quando o cofre foi aberto, a noiva estava aberta, seus olhos saltantes e Linda comendo ela....- Hans teve um tique no pescoço lembrando da cena, ele passou dias sem conseguir dormir -Mas como ela teve acesso ao cofre da família?- Christoff mesmo sabendo a resposta adorava ver a empolgação do tio ao contar -É OBVIO MEU FILHO, ela era ex do noivo, foi convidada pela família que a considerava, ela namorou com o noivo durante 3 anos, claro que tinha acesso ao cofre, então enquanto todos buscavam a noiva do lado de fora da imensa propriedade, no lago e nos lugares abandonados ela estava literalmente cortando e cantando a noiva....é errado rir? e mais errado ainda ter sentido atração por aquela doida? Santo Deus -O senhor não tem muito bom gosto com mulheres Sr. Becker... -para de me chamar de senhor, me sinto velho de mais...- ele se ajeita em frente ao espelho -Esta bem titio... -Você não é uma criança Christoff, me chame de Hans..- os joanetes de Hans doíam e latejavam- Meus joanetes nunca falham, quando doem é porque vem coisa grande.. O Jovem Senhor Hans Becker já de cabelos grisalhos mesmo estando na casa de seus 35 anos pensava com ansiedade quando iria parecer finalmente o assassinato perfeito, aquele que ansiava o ano todo para desvendar, não que durante o ano não apareciam casos interessantes, mas em meados do final de outubro os sádicos e psicopatas saiam de seus covis e lhe davam os melhores casos de investigação. -Esse ano sinto que será diferente Christoff, como se a qualquer momento um caso esplêndido e deliciosamente complicado fosse aparecer batendo a minha porta...- alguém bate na sua porta -Quem é?- Hans pergunta - o policial Keller Fillips senhor...- Hans vai até a porta revirando o olho, ele detestava Keller, muito atrapalhado para detetive muito manso para policial, mas não tinha muita escolha já que os outros policiais o odiavam. -Ainda não entendi porque os outros policiais te odeiam...- Christoff pergunta curioso -Eles acham que eu roubei no jogo de cartas, então passaram a me odiar e me darem casos sem importância, tipo o homem que perdeu a mão...- ele abre a porta -porque ele perdeu a mão? -Ele disse que ela estava errada e não fazia parte dos eu corpo, então cortou fora, mas só falou isso depois de prender todos os seus irmãos, enfim um Patife...- ele abre a porta- Keller o que quer? -Becker, mataram o general Hoffmann, Vans Hoffmann, e a família pediu a sua ajuda...-o policial fala desnorteado e Hans olha para Christoff que não sabia se o caso era relevante ou não ao olhos do tio -Eu não sou da Policia Keller, considero que vocês sejam capazes de resolver esse caso...- Becker ignora o fatídico policial -Estamos tentando faz 4 dias, está fora de controle...- 4 dias ? Na maioria das vezes o caso era solucionado horas depois em casos óbvios de assassinatos, estava começando a ficar interessante, Hans sabia da morte de Vans, que era seu amigo, mas não foi exposto na imprensa e na sociedade, literalmente não entendia porque não haviam feito até agora, mas assim que Keller falou ele teve uma breve noção  Becker se recordou da Família Hoffman e do poder que eles tinham, se o patriarca viúvo da família havia falecido por causas não naturais obviamente o assassino devia estar de olho em seus bens, ele tinha 5 filhos e cada um era mais astuto que outro, netos o esperando descer a sepultura para esbanjar o dinheiro acumulado do velho avô, era tão simples, como eles não davam conta de um caso assim? -Diga-me Keller quando Aconteceu?- Becker finalmente pergunta  - Em meados da madrugada.. - ele estava sozinho? -No quarto sim, na casa, todos os filhos presentes e 3 netos...- bem provável que tenha sido um dos outros netos ausentes -Aonde estavam os outros 2 netos ausentes? -Já averiguamos isso, todos fora do pais. -irmãos? -Não senhor..- Becker pensou  - Como ele morreu? -Ele pergunta parecendo que já sabia a resposta - Enforcado...- O policial complementa -Já chegou a autopsia?  -Ainda não senhor - Certamente não foi um suicídio, o velho general Hoffman não teria força para isso, provavelmente tenha sido um envenenamento...-Becker continuava a pensar - Aonde o acharam?-Ele pergunta com um brilho sádico nos olhos - na Adega privada da família - Keller finaliza e Becker viu que aquilo seria muito interessante já que o General não bebia vinho fazia anos desde a morte da esposa -Christof, pegue minha mala e meu casaco de Plumas , parece que temos uma bruxa para jogar na fogueira.- ele sorri -Hans já tem alguma ideia?- Christoff falava curioso -Milhares meu caro sobrinho, pense comigo...- apesar de atrapalhado Christoff era astuto e rápido, conseguia acompanhar os pensamentos lógicos do tio- O General tem 5 filhos certo? -Correto, Joceline, Haron, Christine e Charles com a esposa falecida e um bastardo que não conheço -Edgar- ele o corrige- Todos os 4 filhos legítimos foram sustentados pelo pai durante toda a vida até o dia de hoje, Joceline se casou com um fracassado, ele era um rico farsante perdeu tudo com 3 meses de casamento e ela voltou a ficar nas barbas do pai, e teve os gêmeos Joana e Marcos, dois endemôniados, quando eram crianças eles caíram numa fonte, no domingo antes da igreja, enfim...eu joguei e não me arrependo, Haron cuidava das propriedades do pai, "propriedades" quer dizer dois ranchos que produziam leite e lã, se casou com uma m*l amada que fala do ex marido fuzileiro naval até hoje, sem filhos, Christine se casou com um primo de segundo grau, os dois se odeiam nem sei como fizeram o filho Jonas,  e Charles engravidou uma prostituta e ela morreu no parto, só a família sabe disso e é claro eu, a menina Catarina é linda, mas hipócrita e oferecida, não julgando mas logo segue os caminhos da mãe, ela até hoje se acha a tal por terem dito que a mãe era marquesa- Hans revira os olhos - e por fim Edgar, o filho amado de Vans, pode chamar de José e ele de Jacó tem o mesmo sentido, ele era o caçula, mas foi assassinado misteriosamente, até hoje acho que foi a falecida senhora Hoffman, Virginia odiava o fato que o marido amava mais uma empregada que ela que também faleceu quando ele tinha 16 anos, ele faleceu e trouxe grande tristeza para o general que ficou de cama por meses, mas se levantou como num pulo quando soube que Edgar tinha deixado uma filha, Evangeline, não há menina mais bela em toda Londres que a pobre órfã de Edgar Hoffman, Vans a amou e cuidou dela como se fosse sua única herdeira, Virginia teve uma morte trágica ela queria tomar da mão de Evangeline uma boneca que era de Catarina e quando tomou caiu da escada e quebrou o pescoço, todos odiaram e pegaram aversão a menina, menos o avô que a amava com toda força já que era filha de seu filho amado, Edgar foi o único que amou o pai sem interesse, na minha opinião eu considero que imagino que o general tenha mudado o testamento sem os filhos descobrirem e deixou tudo para Evangeline agora com quase 18, e ela é o nosso alvo, vamos encontrar Evangeline e ficar cuidando dela, conheço os Hoffman como a palma da minha mão, e pelo falo de os conhecer, tenho receio que a menina esteja em perigo.... -Becker...- Keller o chama -O que é? -Não comentei com o senhor mas Evangeline é uma dos que estão fora do país....-Hans olha para Christoff -Agora definitivamente ela está em perigo...- ele diz assustado -Como assim?- Keller pergunta -Ela não poderia estar fora do país se eu a vi na cidade há 3 dias... -Os tios disseram que a última vez que a viram foi no enterro do General... -Todos disseram a mesma coisa? -Não senhor... -Então já sabemos por onde começar Christoff, temos que encontrar Evangeline Hoffman.- por sua amizade com Vans ele devia isso a ele, não podia deixar a menina morrer no meio daquele ninho de cobras e escorpiões.- e acredito que tenha dedo de uma certa Bruxa Hoffman...- ele termina. Hansal Reed Becker nascido em1935 numa tarde fria de Outubro, não se sabe o certo quando ele nasceu com exatidão, mesmo revelando sua idade, muitos acreditam que ele seja bem mais velho do que diz e aparenta, ele odeia comemorar seu aniversário, existem um total de 3 pessoas que sabem quando realmente é, na verdade existiam 3, mas hoje só existe uma que se perdeu no tempo, um deles era o pai de Christoff, seu irmão John que faleceu durante uma guerra no Afeganistão quando o filho ainda tinha apenas 10 anos, desde então Hans pegou o menino para si, hoje em dia ele já com seus quase 20 poucos anos é seu fiel escudeiro e melhor amigo também, a outra pessoa era o próprio General Vans Hoffman, ele era um dos seus poucos amigos e depois de perder uma aposta Hans teve que lhe contar quando realmente era seu aniversário, na adolescência Hans havia tido um certo interesse em uma das filhas de Vans, mas o general gostava tanto do rapaz que o alertou que sua filha iria faze-lo muito infeliz e hoje vendo como é o casamento da mesma, vê da libertação que o falecido amigo havia lhe concedido. Hansal sempre foi sozinho, apesar de sempre estar acompanhado de belas mulheres, as vezes amigas antigas ou apenas alguma mulher que ele conheceu na rua, ele havia se apaixonado apenas por uma mulher em toda sua vida, e nunca revelou esse segredo a ninguém, preferia fazer que as pessoas acreditassem que ele não tinha coração do que soubessem que o frio, distante e sarcástico Hans Becker foi rendido a uma mulher que desapareceu durante a noite. Existem boatos de uma dama de azul que o visitava as primaveras, que sua aparência era como um refresco para os olhos em dias quentes, mas ninguém nunca deu uma definição exata de como era seu rosto, que hoje só existia apenas na memória atormentada de Hans. O primeiro caso que Hans desvendou foi de seu próprio irmão, John, nunca contou para o sobrinho que o pai havia falecido para protege-lo, as vezes John se metia com pessoas que não devia e isso resultou em sua morte, e Hans se culpava pois podia ter evitado. Faltava dois dias para ir para o campo de batalha, John havia chegado com o pequeno Chris que se acolhia na grande cama do tio enquanto os dois conversavam, John com seu volumoso e belo casaco de plumas fumava um cachimbo, o cheiro dele era maravilhoso, era o melhor dos seus cachimbos, e John concordava por cheirava ele mais do que fumava - Porque o cheira tanto?- Hans tinha o perguntado  -Quero que se eu morrer, esse seja o cheiro que fique na minha memória e me lembre de você...e do Chris assim, dormindo...- ele olhava o filho dormindo e abaixa o cachimbo com tristeza- Hansal...- ele olha par o irmão que já sabia o que ele queria dizer com aquele olhar -Não precisa me pedir isso, seu filho é meu filho, irmão...- os olhos de ambos começaram a marejar -John o que foi que você fez?- John abraça o irmão com força -Fiz o necessário para que vocês dois vivam...cuide dele Hansal...até um dia irmão.- ele foi até o quarto onde Chris dormia, deu um ursinho para ele e lhe deu um beijo na cabeça, John saiu da casa disparado e foi embora, Hans sabia que algo iria acontecer, e sabia que o irmão tinha se metido em algo grave, e apenas quando ele foi embora percebeu que ele havia deixado o seu tão invejável casaco de plumas, Hansal pegou aquilo e o vestiu, as lágrimas escorriam, pois sabia que não veria seu irmão nunca mais, era isso que seu coração dizia.  No dia de embarque John Becker foi assassinado no banheiro da estação de trem, Hans nunca superou a morte do irmão mesmo que tenha pego o assassino anonimamente e o colocado na prisão por 47 anos, um gangster, um homem que matava e ameaçava por prazer, e mesmo com a justiça feita Hans nunca contou a verdade sobre o irmão há Christoff, ele acredita que o pai tenha morrido nos primeiros meses na linha de frente, e é isso que está escrito na descrição militar dele. Durante muito tempo Hans só teve Christoff, apesar de ser amigo da grande parte da sociedade rica de Londres, poucos o entendiam, muitos o achavam louco por ter largado uma carreira promissora na área cientifica para solucionar casos sem sucesso da policia local. A maioria dos homens ficavam intimidados por sua presença, ele era um dos homens mais cobiçados isso irritava profundamente a nobreza, pois se uma moça pudesse escolher entre um príncipe que lhe desse de tudo e Hans Becker, elas escolheriam Hans, a fama de conseguir deixar qualquer mulher com as pernas bambas só com um olhar e arrepios só de tocar em sua pele corriam por todas as classes sociais de Londres, ele era bonito, tinha cabelos grisalhos nas laterais se sua cabeça, tinha mais de 1,80 de altura e um sotaque conhecido por todos, ele era o mais perfeito britânico, ele passava e todos viravam para ver, ele não costumava sair durante o dia, e poucas vezes saia a noite. Hans tinha tantos demônios escondidos em seus segredos, ele odiava tudo que fosse alegre demais, mas amava o jeito feliz de seu sobrinho, nunca dizia que o amava mas Christoff sabia que o tio o amava mais que tudo no mundo, Hansal odiava seu nome, depois que o irmão morreu ele não ficava mais bonito saindo de nenhuma boca, então construiu um império por trás do nome H. Becker. Ele era um monstro que procurava com sede monstros iguais ou piores que ele, haviam lhe causado tanta dor ao longo de sua vida que tudo que queria era poder salvar pessoas boas de pessoas como ele... It's a classic me mistake Someone gives me love and I throw it all away Tell me have I gone insane? Talkin' to myself but I don't know what to say'Cause you let go And now I'm holdin' on I guess you don't know what you got Until it's goneSometimes you gotta lose somebody Just to find out you really love someone Oh-oh-oh, and I do, and I do, and I do, yeah Sometimes you gotta lose somebody Just to find out you really love someone Oh-oh-oh, yeah Sometimes you gotta lose somebodySo don't tell me it's too late Hearts are made to bend, baby, please don't let me break, yeah I knew I should've stayed 'Cause now you're movin' on and I don't know what to say'Cause you let go (yeah, you let go) And now I'm holdin' on (I'm holdin' on) I guess you don't know what you got Until it's goneSometimes you gotta lose somebody Just to find out you really love someone Oh-oh-oh, and I do, and I do, and I do, yeah Sometimes you gotta lose somebody Just to find out you really love someone Oh-oh-oh, yeah Sometimes you gotta lose somebody (yeah, yeah, ye-yeah)Sometimes you gotta lose somebody, yeah (yeah, yeah, ye-yeah) Sometimes you gotta lose somebody, yeah (yeah, yeah, ye-yeah) Sometimes you gotta lose somebody, yeah (yeah, yeah, ye-yeah) Sometimes you gotta lose somebody, yeahSometimes you gotta lose somebody Just to find out you really love someone Oh-oh-oh, and I do, and I do, and I do, yeah Sometimes you gotta lose somebody Just to find out you really love someone Oh-oh-oh, yeah Sometimes you gotta lose somebodyYeah, yeah, ye-yeah Yeah, yeah, ye-yeah Yeah, yeah, ye-yeah Yeah, yeah, ye-yeah Ooh, ooh-ooh-ooh-ooh You gotta lose some, you gotta lose somebody
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