Capítulo 3

1475 Words
Dou um passo para trás, para manter distância dela, até porque, não sei o que essa doida pode fazer. –porque esta tão calada? Lucas engolio sua língua? Opa, ele não pode, pois ele está comigo agora- fala Bruna sorrindo cinicamente –faça bom proveito daquele i****a– falo já ficando sem paciência? Idiota? Sim. Ele foi i****a comigo. A garota loira a minha frente parece irritada, acho que ela não queria essa reação vinda de mim. O que ela queria que eu fizesse? Chorasse na frente dela por causa do Lucas? Se é isso que ela queria, não vai ter, sou orgulhosa o suficiente para isso. Vou em direção a pia e lavo minhas mãos, foi isso que vim fazer aqui. Não vou sucumbir ao desejo de espancar ela aqui mesmo. –sabe Layla eu tenho pena de você.- fala Bruna tentando me provocar. Mantenho a calma, passo a água pelo meu rosto tentando manter a cabeça fria, logo depois seco minhas mãos com papel toalha que tinha no banheiro e vou em direção a porta. Antes que eu possa passar pela porta, Gabriela a fecha com muita força, na tentativa de me assustar. –Poderia abrir, por favor.– as duas gargalharam do meu pedido. Minha aparência está quase indo em bora. –não minha querida, queremos conversar com você, só isso- fala Gabriela. Conversar? Só se for com minha mão. - hmm, prossiga- tento manter a paciência que me resta. Ainda desconfiada das intenções das duas, decido ouvi-las, por mais i****a que isso pareça. Me escoro na porta e coloco a mão nos bolsos da calsa. –sabe eu ódio admitir mais o i****a do Lucas ainda gosta de você– Bruna é mesmo uma tola, isso tudo para falar daquele i****a? Não estou entendendo mas é nada, olho desconfiada para a mesma. –tem dois motivo para você esta me falando isso, a primeira opção seria que você esta arrependida do que fez e quer concertar e isso eu acho muito difícil de acontecer. Então só me resta a segunda opção...- falo colocando o dedo em minha boca. Olho para o teto pensativa, Bruna olhava para mim enquanto crusava os braços e batia o pé direito no chão, enquanto a Gabriela estava mascando chiclete. –qual seria a segunda opção?- pergunta Gabriela enquando fazia uma bola com o chiclete. –Você nunca assistiu filme americano?–Reviro os olhos.– depois que a "v***a popular" rouba o namorado da "Nerd sem graça" ela passa a perturbar a "Nerd" o tempo todo, a fazendo parecer uma i****a sem graça. Isso tudo porque ela sabe que o garoto prefere ficar com a "Nerd sem graça" do que a "v***a popular".– Eu consegui deixar as duas garotas bem bravas. Sempre ganho quando argumento com as pessoas.– pela reação de vocês, é verdade. Lucas ainda gosta de mim? –Sim, ele gosta. Mas não vou deixar você nem chegar perto dele.– Bruna estava com punhos fechados. –Isso é bom. Pelo menos ele não vem atrás de mim pedindo desculpas.– agora eu tenho mesmo quer ir. Empurro Gabriela de perto da porta e saio do banheiro. Ando em direção ao refeitório procurando o meu amigo e vejo ele com uma garota, melhor não atrapalhar. Ando um pouco pela escola até tocar o sinal e eu fui para a sala, a última aula foi muito entediante mas consegui sobreviver. Ja era noite eu estava na sala vendo Naruto e comendo pipoca, acho estranho minha mãe não ter chegado ainda, mas não ligo muito. Estava na melhor parte do anime quando eu recebo um mensagem da minha mãe que dizia... "VAI PARA SEU QUARTO, MAS ANTES APAGUE TODAS AS LUZES A CASA, DEIXE QUE PAREÇA QUE NÃO HÁ NINGUÉM EM CASA, FIQUE NO SEU QUARTO E LAYLA NÃO SAIA, FAÇA O MÍNIMO DE BARULHO POSSÍVEL E LEMBRE QUE EU AMO MUITO, VOCÊ E SEUS IRMÃOS" Não entendi o porque da mensagem. Mas eu fiz exatamente o que ela mandou, eu não sabia o que estava acontecendo e nem porquê esta acontecendo, sou completamente dominada pelo medo, medo do que vai acontecer. Depois de dois minutos eu ouvi um caro estacionar, olho discretamente pela minha janela e vejo que não é o carro da minha mãe, vou em direção a prota e tranco a mesma. Escuto barulho de coisas quebrando e um grito que com certeza era da minha mãe, depois Escuto uma voz masculina –EU JÁ CANSEI DE VOCÊ SUA v***a DOS INFERNOS.– nunca ouvi essa voz antes. E logo depois escuto um disparo Mãe não... Naque momento eu perdi o chão, perdi meus sentidos, perdi tudo. Minha vontade era de sair do quarto e ir junto com ela. Meus pensamentos são interrompidos quando escuto passos pelo corredor então me escondo dentro do meu guarda-roupa atrás dos meus vestidos logos que cobriam até meu pé, eu nunca usei eles, mas agora estou grata por tê-los. Os passos se aproximas mais e mais do meu quarto, escuto a prota ser arrombada e me controlo para não gritar, rapidamente coloco o cecular que estava na minha mão no cilencioso e espero o pior acontecer. Escuto a porta do meu banheiro ser aberta e escuto passos por todo o quarto, sinto uma mão abri a porta do guarda-roupa onde eu estava, fecho meus olhos com força, prendo a respiração e espero o tiro, só que ele não veio, o contrário, a porta foi fechada e os passos ficaram cada vez mais distante até eu não consegui mais escutar, depois de 15 minutos eu escuto o carro ir embora então ligo para a polícia. Fico no meu quarto sentada na cama chorando muito, a porta foi aberta por um polícia. O mesmo me pergunta o que aconteceu eu contei tudo até os mínimos detalhes. –vou na cozinha toma alguma coisa para me acalmar– quem sabe um daqueles remédios para dormir que minha mãe tomava. –Tem certeza que quer ir lá?–o policial coloca a mão em meu ombro –Não, mas preciso.- Respirei fundo já sabendo o que eu irá ver lá em baixo. Saio do quarto, enquanto desço as escadas, vejo uma mulher fechando um saco plástico preto, com o que eu suponho ser o corpo da minha mãe. –desculpa senhorita Clifford mas ela não resistiu. –A mulher fala triste. Quantas notivias dessas ela já deu? Deve ser um trabalho bem difícil. Abaixo minha cabeça e vou até a cozinha peguei um pouco de chá que eu tinha feito um pouco antes da minha mãe mandar aquela mensagem, me sento em uma cadeira perto do balcão, coloco minhas mãos apoiadas no mesmo e apoio minha cabeça em minhas mãos e começo a chorar, parecia que as lágrimas não acabariam, sentirei muita falta da minha mãe. –senhorita Clifford?– a voz grossa do homem me chamou –sim?– falo olhando para o policial enxugando as lágrimas e tentando impedir as outras de caírem. –parece que sua mãe estava devendo um grana para um cara muito perigoso, como ela não pagou a dívida com dinheiro ela pagou com a vida eu sinto muito.– Ele fala sério, mas ao mesmo tempo triste, eu não estava brincando quando disse que minha mãe fazia de tudo por seus sonhos, mas nunca pensei que ela fosse tão longe. –Eu me recuso a acreditar nisso.– minha mãe, a mulher que eu conheço, nunca faria isso. Eu me recuso a acreditar nisso, ela não se envolveria com nada que colocasse em risco sua vida. –sei que é difícil para você, mas infelizmente essa é a verdade. Conseguimos desbloquear o celular da vítima e vimos que ela trocava mensagens com pessoas perigosas.–Ele fica um tempo em silêncaté se pronunciar de novo.–teremos que ir agora, mas alguns polícias estaram vigiando a casa de longe caso algo aconteça, e eu lamento por sua mãe. –tudo bem, eu dou um jeito.– eu só quero que eles saiam, quero chorar sozinha e me lamentar pela minha vida desgraçada. –mesmo assim, você é uma criança, não pode morar sozinha, o que você vai fazer?- já estou de saco cheio desse homem, ele não percebe que eu quero ficar sozinha? - próxima semana as aulas acabaram e eu irei morar na Califórnia, com meu pai e meus irmãos. -respondo. –faça isso, não posso te dar um "boa noite" porque é impossível você ter uma boa noite, mas tente ficar bem.–Dito isso o mesmo sai junto com sua equipe. Era de se esperar que eu não conseguisse dormir aquela noite. Era tudo muito recente em minha mente. As lembranças à pouco vivida passava em minha mente como um um filme, sempre que terminava, recomeçava no mesmo segundo.
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