Acordo um pouco mais tarde do que de costume, vou para o banheiro e faço minhas necessidades e higiene, saio do banheiro com uma toalha em meu corpo e outra em meu cabelo, passo um bom tempo para encontrar uma roupa confortável e que cubra os machucados pelo meu corpo, optei por uma blusa de manga comprida e uma calça moletom.
Decide não sair do quarto, já que eu ouvi barulho vindo da sala, acho que os amigos do meus irmãos estão aqui, então fiquei no quarto pensando na vida e desenhando varias coisa aleatória enquanto escuto música com o fone no máximo. Burn it down, do Linkin Park.
Estava tão concentrada no desenho e na música que nem percebi meu irmão chegar, só me dei conta quando o mesmo tirou meu fone.
– já te falaram o que significa 'privacidade'?– Faço aspas com os dedos, olhando diretamente para meu irmão mais novo.
–Desculpa chata, só estava tentando te chamar para o almoço– Alex tinha um belo sorriso no rosto.
–Não estou com fome.– Respondo voltando a olhar o desenho.
–Oxi, mas vc não comeu nada desde ontem!– Exclama o mais novo.
–Idai?–Coloco meu fone e volto a desenhar.
O mesmo tirou meu fone e falou baixo em meu ouvido.
–Eu vou chamar o Jacob.– Ele sempre me ameaçava com essa mesma frase, sempre. Mas agora não funciona mais.
–Pode chamar até à rainha da Inglaterra.
–Tá, só não fique com raiva quando um Jay puto de raiva entrar aqui.– Ele da um sorriso cínico, junta as mãos atrás do corpo como se fosse um garoto inocente.
–Afffff to indo.– Talvez apelar para o Jacob realmente funcione. Me levantando da cadeira da mesinha que tinha no meu quarto.
–Posso ver?– Fala apontando para meu caderno de desenho
–Não, agora vamos.– Ainda não estou preparada ara deixar os outros verem meus desenhos, apenas o Enzo tinha esse privilegio.
Sigo o mesmo até à cozinha e vejo os amigos do meus irmãos aqui.
Nossa nem para me avisar que eles estavam aqui, assim eu ficava no quarto! Mas se bem que pelo barulho que eles estão fazendo já dava para imaginar, não é Layla?
–Finalmente saio do quarto.–Fala Jacob ou me ver entrar na cozinha junto de Alex.
Dou de ombros e me sento, no meu lado direito estava o Alex e no esquerdo o Peter, comi em silencio até meu celular tocar, olhei para a tela e vi que era o meu amigo Artur, não consigo recusar uma ligação dele.
–Desculpa tenho que atender
.
–Oi?–Pergunto.
–Oi sumida, ainda lembra de mim?– Pergunta ele rindo do outro lado da linha.
–Não, foi engano?–Pergunto rindo de lado.
–Já ta assim? m*l foi e já esqueceu os amigos?– Sinto uma falsa indignação na voz dele.
–Não, ainda não esqueci de vocês.
–Ainda não, mas vai esquecer!
–Não mesmo, Artur, eu estou indo almoçar, ligo para você depois, ok?
–Tá, depois nós vamos jogar DBD, não é?
–Não sei.– Falo
–Hoje é o dia de jogos, não é porque você se mudou que vamos mudar nosso cronograma!
–Tá... eu vou de Killer.
–Você sempre quer ir de Killer! Mas tudo bem. Vou falar com o pessoal, ate depois.– Dito isso ele desliga.
–Desculpe por incomodar.– Falo sem animo.
–O que incomodou foi o fato deu não ter entendido nada. –Fala Alex me olhando curioso.
–Curioso como sempre.–Dou um leve sorriso.
–Tem coisas que não mudam, não é mesmo?– Fala Fred sarcástico
–Concordo.– Fala o garoto que eu acho que se chama... Pat... Pat alguma coisa, não sou boa com nomes.
Não falei mais nada o almoço inteiro, já os meninos falavam sobre várias coisas, tipo escola garotas essas coisas de garotos, termino de comer e saio da mesa sem falar nada e vou para sala ver Naruto. Tá no tedio? Veja animes.
–Sabe eu também gosto desse anime.– Peter aparece na sala sem que eu perceba.–Posso ver com você?–Pergunta ele já sentando no sofá.
–Tanto faz.–Respondo
Estava na quarta grande guerra ninja, dois "Utirra" conseguem fazer uma merda colossal, imagina um clã inteiro, agradeçam ao Itachi pela merda não ser maior.
–Sabe o Neji morre esse episódio.– Olho para ele com cara de raiva.
–Seu i****a, não era para falar seu estraga prazer.– Mesmo já vendo varias vezes, eu odeio quem me fala o que vai acontecer, mesmo eu já sabendo.
Cruzo meus braços e olho para a TV com cara emburada, fico com mais raiva ainda quando ouvi a as risadas dele
–Você é fofa com raiva.–Fala ele parando de rir
–O JACOB ELE ESTÁ DANDO EM CIMA DE MIM!– Grito quando vejo o Jay entrar na sala
Se fudeu o****o, agora eu vou ver meu anime sem spoiler!
–Isso é impossível, o P namora, ele não faria isso... ou faria?– Não quero saber se ele namora Jay, só quero ver meu anime sem alguém falando o que vai acontecer. Eu não quero ele narrando o jutsu sexy que o Naruto usa para vencer a Kaguya!
–Não eu só falei que ela é fofa quando fica com raiva.– Peter se justifica.
–Háa mais eu tenho que concordar.– Para minha decepção Jay não fica do meu lado.
–Até vc Jay.–Falo derrotada.
Vou para meu quarto, entro no banheiro, coloco meu celular para tocar Evanescence, canto todas as musicas enquanto lavo meu cabelo. Quando saio do quarto pauso a musica e vou colocar uma roupa. Uma meia calça, short cintura alta que vai ate a metade da minha coxa, blusa manga longa, ela não é muito grande nem muito pequena, todas as peças são pretas.
–Alex você ainda tem o skate que eu te dei?– Pergunto ao mais novo que estava na sala jogando um jogo qualquer.
–Tenho sim, está na garagem, por que?
–Por nada.
Saio de casa e vou até à garagem, pego o skate e saio por aí, coloco os fones e escuto algo calmo, Beethoven, sim eu amo musica clássica, principalmente as melodias de piano. Paro em um parque compro um sorvete e me sento em um banco próximo de onde eu estava.
Um lugar assim me lembra quando o Lucas me pediu em namoro
Era uma tarde de domingo, eu estava terminando de me arrumar já que ele me chamou para sair, ele me chamava de baixinha, porque sabia que eu odiava o apelido. Ele tinha preparado um piquenique, em baixo de uma árvore bem grande, era um lindo lugar. Ainda lembro da frase que ele falou, "Aceita ser minha baixinha para sempre?". Eu disse sim.
Não sei porque eu disse sim, eu não amava ele, mas eu gostava dele, ele era um dos meus melhores amigos, logico que eu gostava, mas nunca foi nada além disso. Claro que nós ultrapassamos a linha da amizade carnalmente, mas nunca emocionalmente.
Do nada começou a tocar uma musica da Manu Gavassi, então eu lembrei da minha mãe, ela amava cantar Planos Impossíveis enquanto arrumava toda a casa, ainda não caiu a ficha que ela não esta mais aqui. A musica invade meus pensamentos, tudo que eu consigo pensar é nela, não tive forças de mudar a musica. Eu poderia escrever mil canções poderia te falar meus motivos para gostar tanto de você. Me diz quando a gente vai se ver? Para eu poder te abraçar e tentar te explicar a falta que você me faz, eu não aguento mais. Esse refrão mexeu tanto comigo ao ponto que me fez desabar em lagrimas.
Mas sabe, eu preciso colocar para fora. Chorar o que eu tiver que chorar a aceitação que ela não esta mais aqui, não vai vir do dia para a noite. Não me importo em esta chorando no meio de todos. Que se f**a todo mundo, eu tenho o direito de esta triste.
–O que foi? O bebê se perdeu?– Levanto a cabeça e vejo peter. Fala ele irónico. Talvez pelo meu estado não ser dos melhores, já faz um bom tempo que eu estou sentada apenas chorando.
–Vai te fuder.– Respondo. Não gosto dele desde o episodio de Naruto.
–Agora não.– Responde
–Porque veio falar comigo?– Não vou perguntar o que ele veio fazer aqui, ate porque o lugar é publico e eu não tenho interesse não que ele faz ou deixa de fazer.
–Seus irmãos mandou eu te procurar.– Responde ele simplista.
–Hm, to voltando para casa.– Levanto do banco e pego o Skate.
–Vamos eu te levo.
–Não precisa.– Respondo rapidamente
–Vamos, eu to de carro, e acho que vc não vai ver o caminho direito por contas das lágrimas.– Fala ele contendo a rizada.
–Idiota.– Falo passando por ele.
–Tá né.
Espero ele passar por mim então sigo ele até o carro. O caminho até em casa foi um silêncio senti vários olhares dele em mim, principalmente em minhas pernas
–Que foi esta me achando bonita?– Pergunto já sem paciência pelas olhadas dele.
–Se enxerga garota.– Peter se concentra apenas na estrada, desviando o olhar para mim algumas vezes.
–Eu me enxergo e pelo jeito você também me enxerga.– Odeio esse tipo de garoto. –Mantenha a atenção apenas na estrada, não quero morrer por causa de um garoto não consegue controlar olhar quando esta do lado de uma garota.– Fui muito grossa? Talvez. Mas no Brasil eu aprendi bem a responder homem como ele.
–Idiota.– Decido não responder a ele. Sei que a um i****a entre nós, e não sou eu.
O resto do caminho foi um silêncio um pouco agradável poderia ter sido mais agradável se ele não estivesse me comendo com os olhos. Mesmo depois da minhas advertência, quase pedi para ele parar o carro, que eu iria o resto do caminho a pé.
Mas que branquelo i****a, tem uma namorada e fica comendo as outras com os olhos, aff, conheço bem esse tipo, quero ficar longe dele o máximo possível. Não suporto esse tipo de cara.
Quando finalmente chego em casa, dou um sorriso por finalmente poder sair de perto daquele garoto. Mas ai eu entro em casa, dou de cara com um Jacob com cara de raiva olhando para mim.
Ixi, agora danou-se!