LAURA Era dia de baile, e eu tava louca pra curtir, descer até o chão, rebolar com aquele funk pesado que faz o morro tremer. Eu sou boa nisso, sempre fui. O baile é meu território, onde eu brillo, onde os caras me olham e as minas morrem de inveja. Mas aí a dona Maria, aquela velha insuportável, ligou, toda empolgada, dizendo que o Brutus tava levando a Betina pro baile, então eu podia ir lá na casa dele pra poder ver o Ben. p***a, eu tava nem aí pro moleque, pra ser honesta. O Ben é um peso, sempre foi. Não consigo amar ele, não sinto nada. Pra mim, ele é só uma criança qualquer, e, pra piorar, um moleque chato pra c*****o, sempre agarrado na Betina, como se ela fosse a mãe perfeita. Mas, beleza, eu sabia que precisava jogar o jogo. Pra convencer a dona Maria que eu sou uma “boa mãe

