BRUTUS Deixei a Laura escondida num canto, atrás de um barraco com a pintura descascada, onde a luz do poste não batia. — Fica na moita, não faz barulho — ordenei, com a voz baixa, o dedo apontado pra ela. Ela assentiu, os olhos arregalados, o rosto pálido de nervoso. Eu sabia que entrar no morro do Cauã era pedir treta, mas eu sou o Brutus, c*****o. No meu mundo, ninguém me para. Com a glock enfiada na cintura da calça, coberta pela camiseta, caminhei até o portão da casa que a Laura apontou. O lugar era um sobrado m*l acabado, com grades enferrujadas e uma luz amarela piscando na entrada. Tinha uns cinco vapô na volta, todos armados, de olho em mim como se eu fosse um invasor. Um deles, um magrelo com tatuagem no pescoço, deu um passo à frente, já puxando a pistola e apontando pr

