BRUTUS Mano, quando cheguei em casa, já era noite, o morro começando a pulsar com o som do funk nas lajes e o cheiro de churrasco no ar. A adrenalina do QG ainda tava correndo nas minhas veias, o peso do carregamento que organizei com o Santiago me deixando ligado, mas minha cabeça tava nela. Sempre nela. Betina. Minha gatinha, minha obsessão, minha p***a de perdição. Entrei pela porta, joguei as chaves na mesa e vi o celular dela ali, largado, a tela acesa com uma notificação. Eu não ia mexer, juro, mas o nome que piscou na tela me acertou como uma facada: Bernardo. E, c*****o, tinha um monte de coraçõezinhos vermelhos do lado. Meu sangue ferveu na hora, mano. Uma bomba explodiu no meu peito, e eu senti o ciúme me engolir como se fosse uma onda de fogo. Peguei o celular, sem nem pensar

