BETINA Acordei com o calor do corpo do Renan contra o meu, o braço forte dele envolvendo minha cintura, a respiração quente no meu pescoço. O quarto tava escuro, a luz da manhã m*l entrando pela cortina fina, mas eu sentia ele, o peso do corpo dele, o cheiro de suor e perfume misturado que me fazia querer ficar ali pra sempre. Do outro lado, o Ben tava aninhado contra mim, o corpinho magrinho encolhido, os cachinhos escuros espalhados no travesseiro. Ele dormiu com a gente depois do susto na noite passada, quando apareceu na porta do quarto com medo, segurando o carrinho como se fosse sua única âncora. Meu coração apertou ao olhar pra ele, tão pequeno, tão frágil, mas com aquele jeitinho teimoso que me lembrava o Renan. Eles eram minha família agora, e isso me dava uma força que eu nu

