BRUTUS Mano, quando eu e a Betina chegamos no QG, o clima tava pesado pra c*****o. O Santiago já tava lá, esperando, com a cara fechada, o charuto na mão, a fumaça subindo como se fosse o único sinal de calma no meio da treta. Os muleques tavam todos armados, espalhados pelo galpão, checando as armas, os olhos nervosos, prontos pra qualquer coisa. Eu tava com o sangue fervendo, a glock na cintura parecendo pesar uma tonelada, o coração apertado pensando no Ben, meu moleque, nas mãos daquele filho da p**a do Cauã. A Betina tava do meu lado, o rosto pálido, os olhos vermelhos de tanto chorar, mas com uma determinação que me fazia admirar ela ainda mais. — Brutus, como eles entraram no morro e levaram meu neto? — o Santiago perguntou, a voz grave, cheia de raiva, batendo o punho na mesa de

