BRUTUS Mano, era dia de baile, e o clima no morro tava pegando fogo. Eu e o Santiago passamos o dia ajustando os últimos detalhes no QG, porque dia de baile é dia de lucro pesado, tipo o Natal do tráfico. O morro fica lotado, geral desce pra curtir, e o dinheiro rola solto. O Santiago ainda teve a manha de chamar uns MCs famosos, daqueles que botam a quebrada pra tremer, só pra atrair ainda mais gente. Tava tudo no esquema, as entradas controladas, as bebidas estocadas, e os muleques na segurança com as armas na cintura, prontos pra qualquer treta. — Já pode ir, Brutus. Vai se arrumar, eu termino aqui — o Santiago disse, soprando a fumaça do charuto, com aquele olhar de quem sabe que a noite vai ser braba. Assenti, bati um salve, e saí, a adrenalina já subindo no peito. Passei num

