Hawk Acordei com o gosto de ferrugem na boca. Não era sangue, mas era quase. Era raiva. Raiva crua, velha, pulsando como um motor de Harley ligado há dias. Desci as escadas da sede do clube com os punhos cerrados. A madeira velha do degrau gemeu sob minhas botas como se sentisse o peso da decisão que eu estava prestes a tomar. Passei pelo salão principal sem dizer uma palavra. Chains me viu e só ergueu as sobrancelhas, reconhecendo o tom da minha expressão. Ghost, ao lado do bar, levantou os olhos do copo de café como quem pressente tempestade. Eles sabiam. E se não sabiam, iam saber agora. Empurrei a porta da capela dos fundos com força suficiente pra fazê-la bater na parede. A madeira rangia naquele lugar sagrado para nós. Ali, cada decisão era tomada com suor, sangue e fidelidad

