Susan O vento soprava morno naquela tarde de céu avermelhado. Eu estava sentada no degrau da varanda da sede do MC, com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça cheia demais pra qualquer outra coisa. Aquela casa estava mais viva do que nunca. Lá dentro, Aurora dormia no colo da mãe como se o mundo lá fora fosse feito só de calmaria. Lá dentro, risos ecoavam, vozes altas, o cheiro de carne assando. Mas aqui fora… Aqui fora era só eu. E o silêncio que tanto evitei. ** — Sabia que ia te achar aqui. — disse uma voz grave, conhecida, um pouco rouca demais por causa do cigarro. Olhei de lado e lá estava ele. Doc. Carregando duas cervejas geladas. Estendeu uma pra mim. Quando vi o rótulo, não contive o sorriso. — Budweiser? — Eu lembro das coisas — respondeu, sentando ao meu

