Resiliência

21:

?Ellie:

Fico me olhando no espelho.

Tentando encontrar algum defeito, para usar como desculpa e não ir com ele.

Estou quase que entrando em pânico. Eu não sou boa em socializar, e ainda mais sabendo que todos que estarão ao meu redor são criminosos da mais alta periculosidade. Como ficar calma diante disso? Eu sei que Jack estará ao meu lado a todo momento, e esse fato não me deixa mais tranquila.

—Está pronta bonequinha?—Jack adentra o quarto.

Ele está ainda mais lindo.

Usa um terno preto de três peças, que escondem quase que todas as tatuagens que ele tem no corpo. Os cabelos estão penteados, ele está muito bonito. Ficou tão elegante na roupa. Sorrio quando vejo a cor da gravata: rosa bebê.

—Como você está gostosa.—Ele segura na minha mão, me fazendo levantar. Passa os olhos por todo o meu corpo, parando por último nos meus seios.—Estou tentando me controlar em não baixar essas alças e chupar esses p****s apetitosos.

—Você acha que eu estou bonita?—Pergunto tímida.

—Você está deslumbrante.

—Não sei se vou saber me comportar lá. Eu não quero ir.—Abaixo a cabeça.—Haverá muitas pessoas.

—Vai deixar que seu homem vá sozinho?—Ergue meu queixo.—Haverá mulheres querendo me acompanhar na volta bonequinha.

—Você não está nem maluco de me trair Jack.—Elevo o tom da minha voz, já com raiva.—Eu nunca perdoaria você. Nunca.

—E eu nunca trocaria você por nenhuma outra.—Dedilha na pele exposta do meu seio.—Jamais trairia nós dois, sua confiança. Eu sou homem, e te dei a minha palavra.

—Eu acredito em você.—Seguro no seu terno.—Mas não confio em outras mulheres. Sei que algumas gostam de pessoas comprometidas, e ainda mais você, jovem, bonito e com dinheiro.

—Só tenho olhos pra você.

—Eu acho bom.—Abro um sorriso pequeno. —Eu te amo.

—Eu sei bonequinha.

Não preciso que ele diga que me ama agora. Parece ser difícil pra ele. Só em demonstrar que gosta de mim, é o suficiente por enquanto.

—Vamos?—Estende a mão pra mim.

—Vamos.—Respiro fundo e seguro a mão dele.

—Não sairei do seu lado.



Parece que eu saí do mundo real e entrei num paralelo. Nunca estive num lugar assim antes. Há mais de vinte carros estacionados. O lugar está bem iluminado, o jardim muito bem cuidado.

De braços dados com Jack, nós vamos entrando no lugar. Antes de vim, ele pegou confiscou meu celular. Segundo ele, é proibido a entrada com aparelhos que possam fazer registro de algo aqui dentro. Parece que vai haver uma espécie de reunião secreta entre eles. Não entendo muito sobre essas coisas e nem faço questão de entender.

—Relaxe e não se importe com olhares e comentários.—Jack fala pra mim, quando já estamos numa sala repleta de pessoas.—Elas sentirão inveja de você. É a mais bela dentre todas que estão aqui bonequinha.

—Estão olhando pra nós. —Sussurro. Sentadas num sofá, estão quatro mulheres belas e jovens. Todas com taças nas mãos, sorriem enquanto cochicham e olham na nossa direção.

—Apenas ignore.

—Vou tentar.—Respiro fundo.

—O' Hara, que surpresa contarmos com sua presença.—Um homem caminha até nós, de braços abertos e um sorriso que exala falsidade.

Deve ter uns cinquenta anos. Barrigudo, calvo e com cabelos já brancos. O sorriso que ele me lança me deixa arrepiada, de puro pavor. Ele sorri pra mim de uma forma nojenta. Seguro no braço do meu namorado com mais firmeza, e ele percebe meu desconforto.

—Mendonça.—Jack fala, ainda sério.

—E quem é essa bela mulher?—Me olha dos pés a cabeça, parando por mais tempo na altura dos meus s***s.

Jack fez questão de ajeitar a parte de cima, pra que a marca vermelha que ele fez com a boca ficasse à mostra.

—Sabe, te entendo muito bem. Trouxe algumas meninas comigo também. Depois podemos nos juntar e fazer uma única festa. Você me empresta a sua particular e eu te deixo ser feliz com as minhas.

—Chame a minha mulher de p**a, que sua vida medíocre acaba aqui agora.—Jack puxa uma arma de não sei onde e aponta na direção do homem, que passa a nos olhar assustado.—Filho da p**a.

—Jack...—Seguro no braço dele. Mas ele olha pro homem ainda com raiva, segurando a arma.—Não faz isso. Não na minha frente.

—Se considere com sorte.—Abaixa o braço e guarda a arma atrás das costas.—Ouse olhar pra ela, e sabe o acontecerá.

O homem se afasta quase que correndo.

Se já estavam olhando pra gente, agora estão ainda mais. Fico incomodada com o olhar que mulheres lançam pra ele. Elas o cobiçam sem nem se importar com a minha presença.

Não confio em outras mulheres.

Algumas não sentem impatia com as outras.

—Quer uma bebida?—Pergunta Jack, parando um garçom.—Não contém muito álcool.

—Eu aceito.

Jack pega duas taças, me dá uma e fica com a outra. Bebo o líquido, que refresca a minha garganta. Não é a melhor bebida que eu já tomei, mas também não é a pior.

—Gostou?—Ele pergunta e eu afirmo com a cabeça.—Tenho que conversar com um velho amigo, você virá comigo, não vou te deixar sozinha.

—Tudo bem.

Segurando na minha cintura de forma possessiva, ele me guia pelo lugar. Parece conhecer todos e todos o respeitam. Quando chegamos a uma sala repleta de lugares, onde homens conversam e bebem, sinto uma energia estranha, que me deixa arrepiada. Jack como sempre atento a mim, não deixa passar despercebido.

—O que foi?

—Uma sensação ruim.—Sinto um novo arrepio.—Há algo aqui com uma péssima aura, estou sentindo. Pode ser coisa da minha cabeça também.

—Se não estiver confortável me avise, ok?—Concordo com a cabeça.

Os homens são das mais variadas idades. Alguns jovens demais, outros já passando dos 70 anos. Altos, baixos, magros, musculosos, gordos, calvos, carecas. São diversificados. E junto com eles, estão mais de 30 mulheres na sala. Algumas estão bem vestidas, com vestidos exuberantes, já outras estão nuas da cintura pra cima e andam com saias deixando a calcinha e b***a expostos. Sinto um grande constrangimento ao ver isso.

Olho de relance pra Jack, me certificar se ele está olhando.

—Preocupada bonequinha?—Me pega no flagra.—Saiba, que você nesse vestido, está mais gostosa que todas elas juntas. Esse maldito decote chama mais atenção que s***s nus. Estarei a noite inteira olhando pra eles e os imaginando na minha boca.

—Jack.—Sinto minha calcinha começar a molhar.

—Depois daqui, te levarei num hotel e irei te f***r por toda a madrugada, enquanto trago um cigarro de maconha. —Abaixa a cabeça e lambe o meu pescoço, dando uma mordida e depois chupando.—Enquanto fumo, olharei sua expressão e me deliciarei com a visão da sua boca cheia com meu p*u.

—Por que faz isso comigo?—Esfrego uma coxa na outra.

—Porque você é minha mulher.—Fica ao meu lado novamente, e dessa vez coloca a mão na minha b***a.

Nos aproximamos mais das pessoas. Jack se senta numa parte do sofá e me puxa para sentar nas suas pernas. A f***a do meu vestido se abre um pouco, deixando uma parte da minha coxa à mostra. Jack coloca a mão espalmada, deixando claro para os outros.

—Uma bebida senhor?—Uma das mulheres pergunta se abaixando, deixando os s***s bem perto do rosto do meu namorado. Olho pra ela incrédula com tamanha ousadia. Simplesmente ignora a minha presença.

—Você poderia se afastar por favor?—Pergunto com educação. Ela sorri e se inclina ainda mais, me desafiando com o olhar e sorriso.—Está me escutando?

—Gostaria senhor?—Ignora o que eu falo, se mexendo um pouco, fazendo os s***s se mexeram também. Não me controlo e me levanto, a empurrando com força e raiva.

—Você está surda?—Pergunto alto. Ela acabou se desequilibrando e derrubando a bebida que tinha nas mãos. Todas as outras estão olhando surpresas.—Nenhuma de vocês ouse se aproximar mais uma vez, ou perderei a paciência de uma vez.

Ainda com raiva, me sento no sofá, ao lado de Jack.

—Ouviram a minha mulher.—A voz de Jack soa.

Estou brava com ela, com raiva dele. Por que não a afastou? Estava gostando de ver s***s muito maiores que os meus? Cruzo meus braços e respiro fundo. Quando Jack tanta tocar em mim, eu o afasto de forma brusca.

—Vai negar meu toque?—Segura meu rosto e me obriga a olhar pra ele.—Não se negue a mim, bonequinha.

—Você não afastou aquela mulher de você. Você está gostando de ver alguém mais gostosa que eu?—Me bate uma insegurança. Ela tem muito mais corpo que eu, possui s***s enormes e que deixariam ele bem satisfeito.

—Esperei que fizesse isso.—Passa os olhos pelo meu rosto.—Mostre para todos a quem eu pertenço Ellie. Mostre que eu sou seu, somente seu, minha gostosa.

Como um safado que é, passa a língua na minha boca, de uma forma bem pornográfica. Ele chupa meu lábios inferior, prendendo entre os dentes.

—E você é muito mais gostosa que ela. —Corre os dedos pelo meu decote. Seu dedo passa por cima da marca que sua boca deixou.—Não tenho olhos para nenhuma outra mulher. Você é a única que eu quero. Meus olhos estarão sempre em você.

—Sério?—Faço um bico.

—Sou um homem de palavra.—Aperta minha coxa.—Confie em mim.

—Eu confio em você.

—Não vacilaria com você. Não troco seu boquete durante o banho por nada.—Sinto meu rosto esquentar, quando um homem que estava próximo , ouve o que falamos.—Quando chegarmos eu vou te mostrar um pequeno filme que gravamos nesses últimos dias.

—Jack.—O alerto, quando vejo um homem com os olhos fixos em nós dois.—Depois nós falamos sobre isso.

—Como quiser minha gostosa.—Morde meu queixo de leve.

Ajeito a minha postura, e fico ao seu lado enquanto ele vai conversando com as pessoas.