?Jackson:
Faço uma careta quando termino os 20 agachamentos com 50 quilogramas. Meu corpo está coberto pelo suor. A roupa está grudada na minha pele, estou precisando urgentemente de um banho.
Meu treino já se encerrou, mas eu continuo socando o saco de areia. Sinto minhas mãos doerem, mas não paro, continuo socando com força, vendo o boneco balançar a cada golpe.
Imagino o miserável do chefe dos snakes aqui na minha frente. Aquele filho da p**a acha que eu terei medo dele. Ninguém mexe no que é meu e fica vivo pra contar história. Eu posso estar comprando uma guerra, mas aquele desgraçado morre, ou eu não chamo Jackson O'Hara, líder dos Hells Angels de Oklahoma.
Encerro meu treino retirando as faixas do meu pulso, as deixando no seu devido lugar, para serem lavadas depois. Me retiro da academia que eu montei antes mesmo de morar aqui nessa casa, e vou até o meu quarto.
Depois de um banho demorado, pra tirar todo aquele suor do meu corpo. Agora, me encontro sentado num dos sofás que fica na varanda do meu quarto, olhando pra ela. Linda, como um anjinho loiro, concentrada olhando a paisagem a sua volta. Em dado momento, ela olha na minha direção e nossos olhares ficam conectados. Ela sustenta o olhar por um tempo, mas logo desvia, abaixando a cabeça.
É a oportunidade perfeita para que eu consiga dá o bote. Pelo que me informaram, a prima e o primo saíram com o patriarca da família, restando na casa somente ela e a tia.
Quando nossos olhos voltam a se cruzar, indico para que ela desça. Ela n**a veemente, me irritando.
—Agora!—Falo alto o suficiente para que ela escute. Minha bonequinha n**a mais uma vez e eu me levanto.
Indico mais uma vez com a cabeça e ela se levanta também. Dando as costas ela entra pra dentro do quarto. Me movimento também e me apresso em chegar na frente da minha casa, ao mesmo tempo que ela chega em frente à casa dos seus tios.
—Obediente bonequinha. —Digo e ela cora. As maçãs das bochechas são bem marcadas.
—O que você quer?—Vejo que seu corpo está trêmulo. Me aproximo e fico a centímetros do seu corpo, consigo sentir o cheiro do creme que ela usa na pele.
—Você bonequinha. Eu quero você.—Toco sua pele e constato que é bem macia, como porcelana, do jeito que eu imaginei. —Esse corpinho debaixo do meu, enquanto ouço seus gemidos tímidos.
—Pa-para.—Ela diz. Sorrindo, vendo que eu causo um efeito no corpo dela.—Sei de você e Mollie...
—Eu só quero distância da sua prima bonequinha.—Inclino a cabeça pra frente e cheiro seus fios loiros. Cheira a shampoo.—Tão cheirosa...
—Se afasta de mim.—Ela toca meu peito, tentando me empurrar, o que foi em vão. Nem se quisesse ela conseguiria me empurra. É tão pequenina, tão fácil de ser machucada.
—Nem se eu quisesse.—Passo o nariz em seu pescoço, percebendo que ela se arrepia.—Diz que me quer também bonequinha.
—Na-não.—Ela não para de gaguejar.
—Eu sei que você quer.—Levo uma das minhas mãos até a sua cintura. Empurrando um pouco seu corpo, a encosto na parede, ela não consegue se livrar de mim.—Só fale bonequinha. Eu farei você conhecer o melhor da vida.
Minha bonequinha fecha os olhos e segura nos meus braços, quando eu beijo perto da sua boca. Ela suspira e finca as unhas na minha pele, deixará uma marca. Ela solta um gemidinho em apreciação e eu beijo sua boca, de modo lento. Ela corresponde, ainda com as mãos nos meus braços. Levo uma das minhas mãos até um de seus s***s, o apertando na minha mão, sentindo o biquinho pontudo contra o tecido do vestido rosinha e contra minha mão calejada.
Aperto seu peitinho, sentindo minha boca salivar, ao imaginá-lo na minha boca. Cabe perfeitamente na minha mão.
Quando o ar nos falta, eu me afasto do seu corpo, ouvindo seu resmungo. Ela está linda após o nosso beijo. A boquinha bem desenhada está vermelha e inchada, as bochechas vermelhas como sempre, os olhos fechados e a reposição descompassada.
—É só você dizer que me quer bonequinha. —Cheiro seus cabelos uma última vez antes de atravessar a rua larga e ir até a minha casa, entrando na garagem subterrânea.
Ela terá um tempinho para pensar a respeito, embora eu já quisesse trazê-la para a minha casa e fazer do seu corpo meu, somente meu.
Ela parece tão ingênua, tem uma carinha de menina tímida. A forma como se veste comprova ainda mais. Sempre com vestidos soltinhos, de cores fracas. A cintura abraçada por elásticos que a evidencia.
Toco minha boca e a sinto inchada . Ainda consigo sentir o gosto do beijo dela. Tenho ainda mais certeza que ela será minha. Nenhum outro filho da p**a irá chegar perto da minha bonequinha. Quem se arriscar, pagará com a própria vida.
Ela me pertence.

Desembarquei em Tulsa à algumas horas. Tenho alguns assuntos de última hora para resolver aqui. Assuntos esses que são legais, que dizem respeito a herança que recebi do meu avô. Cristine e Heather não aceitam a vontade que era dele, e ousam contestar, querendo levar vantagem.
Comigo elas não vão conseguir nada.
Receberam suas respectivas partes e gastaram tudo, luxando em viagens de cruzeiros e coisas de grife. Agora que toda a grana acabou, e que meu pai não quer saber da ex-esposa e da filha, elas sabem vim atrás de mim.
De por aquelas duas vagabundas, vão se prostituir nas esquinas para conseguir dinheiro.
Nem tive um tempo para descansar, que já me avisam sobre a presença de duas mulheres que insistiam em falar comigo. Permito que as duas entrem, e como eu sei que odeiam o cheiro da minha erva queimando, aproveito para perfumar toda a sala.
Como estão loucas atrás de dinheiro, irão fingir que nem se importam. São duas cobras personhentas, que derramaram seus venenos em mim durante quase toda a minha vida.
—Filho.—A mulher diz quando entra na minha casa. Não esboço nenhuma reação.—Como você está?
—Vivo. Fale logo o que veio fazer aqui, que eu não tenho o dia todo.—Olho no meu relógio.—Sejam breves.
—Estamos precisando de uma ajudinha sua. Nosso pai não quis nos ajudar, então viemos recorrer a você.—Heather fala. Ela é mais nova que eu, e isso não impediu nenhum pouco dela fazer da minha vida um verdadeiro inferno.—Precisamos de dinheiro irmãozinho. Com qual quantia você pode nos ajudar? E precisamos rápido.
Começo a gargalhar quando ela termina de falar, sendo acompanhado por Mark, um dos meus seguranças. Ele é jovem, me conhece desde que eu era um moleque sem pelo no saco. Confio nele também.
—Qual o motivo da graça?
—Isso é alguma piada? —Limpo uma lágrima que escorreu, ainda rindo.—Por que vocês duas acharam que eu iria gastar meu dinheiro, justamente com duas vadias?
—Olha como você fala comigo, eu ainda sou sua mãe.—Cristine fala. O rosto já não é igual ao de antes, graças aos procedimentos estéticos, que parecem não ter dado muito certo. Está parecendo Donatella Versace. —Eu e sua irmã precisamos da sua ajuda. Queremos no mínimo 150 mil dólares.
—Existe uma coisa chamada trabalho, não sei se vocês conhecem. Não receberão de mim, um único centavo.—Digo sério.—Está na hora de pedir aos homens que vocês são amantes. Deveriam cobrar pelos serviços que vocês prestam.
—Está nos chamando de acompanhante de luxo?—Heather pergunta.
—Não. De prostituta mesmo.—Me levanto, olhando mais uma vez no meu relógio.—Se foi por isso que vieram, podem sair. E sair com as mãos abanando.
—Você é meu filho, deveria me ajudar. Eu te dei a vida seu ingrato.
—Num golpe da barriga querida mamãe.—Sorrio com amargura.—Uma prostituta barata, sem ter onde cair morta, viu a oportunidade perfeita para conseguir se beneficiar, dando um golpe no meu pai. Não teve tanto sucesso não é? Continuou sendo uma amante, que meu pai só procurava para f***r.
—Vai deixar que ele fale assim mamãe?—A v***a mais nova pergunta.—Eu deveria te dá uns tapas por tamanha insolência.
—Tente. Eu estouro seus miolos aqui mesmo.—Mostro a arma reluzente que eu carrego presa na cintura.—Saiam daqui. E esqueçam que eu exista, assim como fizeram até ontem.
—Se eu soubesse que se tornaria isso que é hoje, teria te abortado quando tive chance.—Ela cospe como se isso fosse me abalar de alguma forma. Eu não me importo, não mais.—Menino insolente, que só me deu desgosto.
—Que patético. Esse joguinho psicológico já não funciona mais, sinto muito.—Faço uma falsa cara triste.—Eu tenho uma ideia de como vocês conseguirão dinheiro: as boates sempre são próximas a esquinas, uma oportunidade perfeito para as duas conseguirem dinheiro, não é excelente?
Heather tenta vim pra cima de mim, e trava quando percebe que Mark mira uma AK 47 pra ela.
—Mais um passo e pode dá adeus a sua vida.—Ele diz, destravando a arma. Ela com medo, recua pra perto da mãe.—Prudência garota.
—Vamos filha, foi uma perda de tempo achar que esse inútil iria nos ajudar.—Ela me olha com desprezo.
Me aproximo com lentidão, até ficar frente à frente com seu rosto. Pego a minha pistola, com o dedo no gatilho e toco com o cano no pescoço da mais velha.
—Olha como você fala comigo, eu não sou mais um garoto. Eu te mato da pior forma possível, sem pensar duas vezes sua vagabunda.—Dou um tapa estalado no seu rosto.—Meu pai pode ter tido clemência com você a vida inteira, mas eu não terei. No primeiro deslize que as duas cometerem, eu matarei sem dó. Não apareça mais na minha frente, não dê sinal de vida.
Me afasto dela, com um sorriso macabro no rosto. Ainda tremendo e com a lateral da face avermelhada, se retira.
Cristine foi a pior pessoa que eu tive o prazer de conhecer. Um ser desprezível, que deixou marcas internas e externas em mim. Me lembro que quando eu tinha uns quatro anos, ela me queimava com cigarro, borra de vela, me prendia na cama e me torturava, enquanto dizia que só me teve pra conseguir dinheiro do meu pai. Ela não me matou, pois sabia que meu pai a mataria em seguida. Ela me maltratava quando eu ainda era um recém nascido. Me deixava chorar até dormir, com fome.
Depois, quando eu já tinha uns 9, 10 anos, ela tentou me bater, mas eu puxei uma arma que ganhei do meu pai, e ameacei matá -la. Eu a mataria naquele momento, sem pensar duas vezes. A matando, meus pesadelos iriam acabar de vez e eu teria uma vida pra tentar me curar.
Além de ter que aguentar ela, tinha que aguentar também a minha irmã mais nova, que eu desconfio não ser filha do meu pai. Ela era igual a mãe, ou melhor, ainda é. Se fazia de boa moça, mas com apenas 14 anos já transava com dois capangas de uma só vez.
As duas deixaram de me atazanar, quando eu já tinha entrado pro crime e já tinha cometido mais de cinco assassinatos. Elas sabiam que eu tinha motivos para matá-las, então decidiram ir embora, as duas.
Meu pai não impediu.
Ele me dizia que só a mantinha viva por ser minha mãe. m*l sabia que se eu pudesse, já tinha matado ela a décadas.
Ainda terei o prazer de ver as duas amarradas enquanto são queimadas e torturadas.