Prólogo, 1997

1410 Words
O carro havia parado bem na frente do posto de gasolina onde eu trabalhava, eu desci e fui em direção ao outro lado do carro na janela do motorista. Muito obrigada pela carona Victor — sorri de forma amigável para o ruivo. Não há de que Evelyn, vai querer que eu venha buscá-la? Claro, só não venha muito cedo hoje provavelmente vou sair um pouco mais tarde. Certo, quando o seu horário de trabalho acabar, vamos sair nós dois para beber um pouco? Nossa… que dizer claro por que não, te vejo você mais tarde então, tchau até depois e novamente obrigado pela carona. Disponha, te vejo mais tarde. O carro sai “andando” assim indo embora e desaparecendo em meio a escuridão da noite, eu atravessei a rua deserta e entrei no estabelecimento. Entrando no local, me deparo com a cara do meu colega de trabalho Gustavo digamos que feliz? Por eu chegar? — Finalmente você chegou, eu pensei que você não viria, vai logo bater o ponto que tenho que sair rápido. — Porque essa pressa toda? — Eu… tenho um encontro hoje a noite. — A sério? Com quem? — Bom isso é confidencial — Entendi, sim… você sabe se já consertaram o telefone? Se os dois banheiros estão limpos? — Bom a empresa telefônica nunca veio consertar esse maldito telefone, então ainda está quebrado e sobre os banheiros, eles estão limpos, porém, estão trancados, eu acabei perdendo as chaves. — Que coisa! — respondeu Evelyn sarcasticamente — pelo menos estão limpos. Gustavo acenou com a cabeça e riu, eu abri a porta que dava para o computador que tinha todas as seguranças aparentemente todas ligadas, e um pouco para esquerda na outra parede tinha o local onde batia o ponto, como eu queria logo terminar, mas um dia de trabalho eu só fiz bater o ponto e voltar, ao lugar onde o Gustavo ainda se encontrava. Já bati o meu ponto, já pode ir para o seu encontro. Gustavo retira o seu avental e se aproxima de mim logo me entregando um papel, eu “passei” o olho e vi ser uma lista de coisas. — O gerente deixou isso para você. — Ok, obrigada e tenha um bom encontro. — Se os meus cálculos estiverem corretos vou estar na terceira base daqui a uma hora, dezesseis minutos e trinta e dois segundos. Eu apenas ri, e dei um tchau para ele, que acabou acenando de volta. Ele subiu em sua moto logo a ligando e indo embora, me deixando sozinha nesse lugar vazio, bom e que comece o meu turno da noite. Coloquei o meu avental e peguei a vassoura nos fundos, fui para trás do balcão e comecei a ler o papel que o Gustavo havia me dado. Olá querida funcionária, desculpe a linha de telefone não estar concertada, você vai ter que aguentar junto comigo até o técnico vir, não se preocupe eu não estou esperando nem uma emergência, eu preciso que você faça um trabalho melhor durante o seu turno, eu estou esperando que isso esteja terminado quando eu chegar mais tarde. Varrer o chão Colocar os itens que não foram comprados, de volta à onde eles pertencem lave o banheiro Assinado: Alexandro Vieira Coloque o papel em cima do balcão, e fui pegar a vassoura que estava à minha direita, peguei e sai de trás do móvel e comecei a varrer, pelo visto o Gustavo não varreu nada e antes de eu vim ele disse que tinha varrido o chão, ele é um mentiroso porém eu devo admitir que ele foi bem astuto, bom só dessa vez. Enquanto eu ainda executava a minha ação, um caminhão vem se aproximando lentamente eu voltei ao meu local de antes, e coloquei novamente a vassoura no canto, a porta do estabelecimento e aberta revelando um homem de baixa estatura e de cabelos castanhos. — A boa noite, você poderia liberar a bomba cinco? — Claro — Eu me virei e apertei um botão de cor verde com o número cinco — pronto — Obrigado — ele coloca o dinheiro em cima do balcão e logo em seguida sai. Primeiro cliente atendido, agora vamos voltar a varrer esses chão sujo. Depois do chão já limpo, varrido eu fui pegar uma pequena caixa que estava perto do arcade e levei até o balcão, abri a caixa com o pequeno estilete que estava em cima do móvel, dentro da caixa estava o estoque, e na outra caixa que está debaixo dessa, são as coisas que outras pessoas acabaram não comprando, eu não demorei muito pra guardar tudo e logo eu estava novamente atrás do balcão sem nada pra fazer. Bom foi o que eu pensei, uma luz não muito forte veio em direção ao meu rosto, olhei e era uma van branca lentamente foi entrando no posto, eu já foi me ajeitando para atender mas um cliente porém a van não parou em nem um momento, ela só passou pelo posto e foi embora, nesse momento… eu pude sentir minha alma indo embora do meu corpo, e voltar de volta para o mesmo. Eu estava com medo, isso era estranho esse tempo todo de trabalho eu não tinha visto isso acontecer, eu tentei me acalmar ao máximo, por impulso eu fui para os fundos ver as câmeras de segurança, tudo estava normal nada de suspeito, bom só aquela van que passou do nada, eu sai dos fundos e quando olhei pra frente vi uma moça esperando, ela tinha cabelos grandes e de cor preto. — Boa noite você poderia me dar um cigarro, da marca BansheeRed? — Claro — Eu acelerei os meus passos, e peguei o cigarro e a entreguei — desculpe pela demora. — Sem problema, eu tinha acabado de chegar mesmo e… obrigada — De nada — a moça me dar o dinheiro e eu coloquei dentro do caixa Eu olhei a moça saindo, e quando a mesma ligou o seu carro e saiu a mesma van passou novamente, eu me escondi debaixo do balcão até ter a absoluta certeza de que o veículo já havia passado. Depois de alguns minutos eu me levantei e vi que não tinha nada, nem ninguém. Cada vez mas lá fora estava ficando escuro, e eu aqui dentro sendo sufocada pelo medo e pelo m*l presságio, eu estava em pé atrás do móvel de madeira com as duas mãos sobre a madeira, respirando irregularmente por causa da tensão causada pela noite misteriosa, eu escuto a porta da loja se abrindo eu olho para a minha frente, vendo o homem de estatura alta, muito alta, seus cabelos tem a coloração marrom escuro e são longos porém não tanto, ele estava todo de preto, se eu já estava com um m*l presságio imagina agora. — Bom noite em que posso ajudá-lo? — Você está trabalhado sozinha? Que pergunta e essa? — A… não meu colega está ali atrás Ele simplesmente ignorou a minha resposta, e saiu andando pela loja, ele sempre parava em algum canto e ficava olhando, a cada canto em que ele parava o mesmo olhava para mim como se ele quisesse me analisar, no final ele só pegou dois salgados e uma cerveja, pegou e foi embora. Já havia se passado alguns minutos, e eu estava ainda com o medo presente em todo o meu ser como não havia aparecido nem um cliente, eu fui para os fundos quando abri a porta lágrimas em meu rosto começaram a cair, a porta de trás que levava até os banheiros estava aberta, mesmo com medo eu fui ao lado de fora, eu me direciono até a porta de um dos banheiros e a empurro um pouco ela logo abre, a cabine estava cheia de sangue e tinha símbolos estranhos, eu saí da cabine e olhei para a porta que dava para dentro da loja, todo o meu corpo se arrepiou, tinha um homem de máscara saindo da porta ele olhou pra mim, e veio correndo em minha direção, eu corri para o lado contrário porém ele foi mas rápido que eu, eu senti uma dor muito forte na minha cabeça e logo tudo se tornou preto. Depois de pegar a vitima a coloquei na van. — Vamos logo eu não quero perder tempo — O que vai fazer com ela? — Eu? Vou a fazer sofrer para o meu próprio prazer.
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