Capítulo 2

1191 Words
Helena Evelyn Enquanto trabalho fico olhando meu amigo Leandro, ele é muito bonito, moreno com olhos castanhos e é apaixonado por uma garota muito legal, só espero que ele seja rápido, só falto bater nele por sua demora em falar com ela, se ele gosta da garota que chegue logo até ela e não fique gaguejando toda vez que a vê e apesar de ser muito engraçado, ele que fica bolado comigo, pois a garota me vê rindo da cara dele. Somos muito amigos e infelizmente existem pessoas maldosas como as velhas que não tem o que fazer e ficam falando que Leandro e eu já fizemos coisas, agora que coisa eu não faço ideia e nem pergunto a elas. Essas fofoqueiras que não têm o que fazer e ficam nas janelas o dia inteiro com suas dentaduras para fora da boca, falando da vida de todos. Eu fico muito p**a e uma coisa que sou péssima em fazer é me controlar, já vou dando na cara, mas não bato em pessoas mais velhas para sorte dessas fofoqueiras. — Leandro, já conseguiu conquistar sua garota, meu amigo? Tem que chamá-la para sair e dar um baita beijo nela de molhar calcinha. Li isso em um livro, acredita? — Como um livro pode falar de molhar calcinha? — Dou risada da cara que ele fez. — Estou falando sério do beijo, menos em fazer sua futura namorada molhar a calcinha, viu meu amigo? Pelo amor de Deus assim ela vai morrer de vergonha. — Esqueci de te falar, Helena, já estou com minha garota. Ela aceitou meu pedido de namoro ontem, isso não é demais? — falou todo bobo. — Ah, que bom! Agora sim você vai parar de ficar se masturbando por aí, pode t*****r pela primeira vez com a sua garota e deixá-la louca por você. Vou deixar meus livros com você para poder ler, tem um em especial que fala sobre sexos. Ele me olha como se fosse uma ET e dou risada. Leandro e eu nos conhecemos desde criança e sempre falamos sobre tudo. Esse negócio de beijo de molhar calcinha, não entendi bem, acho que é porque nunca beijei. Tudo bem que vou fazer 18 anos, mas ainda não apareceu ninguém que quisesse beijar. Uns desgraçados já até tentaram me beijar à força, mas acabaram levando na cara e nas bolas. — Você não vale nada, dona Helena, vou sentir muito a sua falta e não sei por que você tem que ir embora e nos deixar. Poxa nunca fiquei sem você um dia! O que eu vou fazer sem você aqui para encher o meu saco? — Você está com sua garota agora meu amigo, vai ficar tudo bem e podemos nos falar sempre, pois agora eu tenho celular, sabia? — Helena, mas eu não tenho. — Eu sei, comprei dois aparelhos um é para os meus pais e você poderá ir à minha casa e ligarei para eles todos os dias. Por favor, cuide deles como se fossem seus pais. — Lógico que vou cuidar deles, minha amiga, e não se esqueça estarei sempre aqui quando precisar de mim. — Eu quero falar com você todos os dias e não ouse se casar sem minha presença, quero ser a madrinha. Rimos muito. Leandro é a única pessoa que confio de verdade, o amo desde sempre como meu melhor amigo, o vejo como um irmão e espero que ele seja muito feliz com a sua namorada. Ele mais do que ninguém merece tudo de bom, os pais dele já são bem idosos, ele é o caçula da família e tem 19 anos de idade. Chegou o dia da minha viagem e todos estavam chorando. — Gente para de choradeira, logo vamos nos ver. Meus três amores me abraçaram e falaram: — Agora quem vai te proteger desses marmanjos que não tiram os olhos de você? — Quanto a isso não se preocupe, maninhos, se algum i****a se meter a b***a comigo, soco a cara dele. Vocês sabem que sei me defender, né? Sei dar mais socos do que muitos homens por aí... Eles riram. — Sabemos. Já estava na rodoviária e meus amigos, inclusive Leandro e sua namorada estavam presentes, abracei cada um deles e falei para Leandro. — Fica de olho na minha família e toma conta deles para mim. Dei tchau para todos e entrei no ônibus, destino São Paulo e sinto que vou conseguir tudo que eu desejo, se Deus quiser. Encontrei uma pensão mais barata pelo celular e a reservei por quinze dias a princípio, depois irei ver outro lugar assim que conseguir um trabalho em qualquer coisa, lanchonete ou até mesmo de babá, soube que em São Paulo até babá se ganha bem. Sinto meu coração tão apertado e não sei por que, sempre desejei isso ir para uma cidade grande e procurar emprego.Talvez esteja triste por causa da minha família e meus irmãos, nunca fiquei um dia sequer sem eles, mas estou feliz! Sei que vou conseguir meu tão sonhado trabalho, sempre quis arrumar um emprego para ganhar um salário completo e não vou gastar um só centavo, vou guardar tudo, abrir uma conta no banco e poupar. Espero que daqui uns dois anos tenha dinheiro para comprar uma casa, na Bahia se encontra casas baratas. Supondo que eu ganhe mais de 1500 reais, em dois anos dá muito bem para comprar uma casa, guardo 1000 reais e fico com 500 reais, nunca fiquei com 500 reais em um mês, acho que nunca cheguei a ganhar 500 reais em um mês. Enquanto viajo nos meus cálculos, me afasto da minha família e estou cada vez mais perto do meu futuro tão almejado. Já estou sentindo falta da minha família, do Leandro e das minhas amigas. Será que essa foi a decisão certa a se tomar? Nem eu tenho certeza disso, mas já estou aqui e não vou desistir, com o tempo quero fazer faculdade de moda, isso é o que eu gosto de moda… Sou apaixonada por moda e olha que nunca vi nada na TV, só nos livros. Imagina, desenhar modelos para a minha própria marca e em Salvador eu posso vender minhas roupas e tudo que criar. No interior da Bahia já é bem mais difícil, pois naquele lugar não tem nada, não dá para se ter um futuro ali, mas na cidade dá sim e seria um sonho passar pelas ruas e ver meu trabalho nas vitrines. Queria que o Leandro viesse comigo, seria maravilhoso ter meu amigo, cheguei a perguntar se ele queria vir junto e ele até queria muito, mas infelizmente ele não podia deixar os pais que só vivem doentes com os irmãos que só prestam para ficar atrás de mulheres e nada mais. Se não fosse Leandro, não sei o que seria de seu José e dona Edite, ele é um homem de ouro e tomará que meu amigo nunca mude seu jeito doce e carinhoso de ser. Agora dona Helena só pense no seu futuro que será maravilhoso....Acabei dormindo e quando abri os olhos já estava na rodoviária de São Paulo.
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