CAPITULO CENTO E DEZ

864 Words

Nunca imaginei que meu próprio palácio, o lugar onde deveria reinar, pudesse se transformar em minha cela. As portas estavam fechadas, os olhos de todos fixos em mim como se eu fosse o inimigo. Eu, Imperatriz. Eu, filha do Império. Mas, naquele momento, não passava de uma suspeita cercada por guardas, sussurros e traições. E tudo começou com um sussurro de mentira que se espalhou como fogo seco. A primeira a se dobrar foi Ruen. A mulher que me servia, que compartilhava minhas horas, meus silêncios e os pequenos detalhes do cotidiano, agora não conseguia sequer sustentar o próprio olhar. Suas mãos tremiam, a pele pálida como linho, e o medo escorria dela como perfume vencido. Me aproximei. Cada passo meu ecoava nos salões dourados como um trovão contido. — Ruen — chamei seu nome em voz

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