CAPÍTULO OITENTA E SEIS

1653 Words

Quando Nefertiti entrou no Palácio da Imperatriz, as servas a receberam com uma notícia previsível: — O Duque está aguardando. Ela não se surpreendeu. Respirou fundo, ajustou a expressão e seguiu para a sala de estar. Os olhos do Duque a fitaram com um brilho cortante, quase reptiliano. Havia algo em seu olhar — uma suavidade traiçoeira que lembrava as escamas frias de uma serpente. Desconfortável. Perigoso. — Então? Sobre o que conversavam? — perguntou ele, com uma voz açucarada que destoava violentamente da ferocidade em seu olhar. — Nada de especial. Debatiam se Clyde Anssen merecia ou não uma condecoração — respondeu ela, com naturalidade ensaiada. — Dunya e Artur acham que há falhas na ideia. — Só isso? — O que mais diriam com minha presença ali? — Justamente. Então por que o

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