Ezequiel estava imerso em seu delírio, a mente tomada por pensamentos caóticos. Ele sabia o que precisava fazer, mas ainda não tinha a ferramenta adequada. Com movimentos suaves e silenciosos, ele começou a procurar pelo facão que costumava usar. No entanto, a lembrança do confisco pela polícia e a recusa de sua esposa em comprar outro facão trouxe um breve momento de frustração. Sem desistir, Ezequiel se dirigiu à cozinha, seus passos lentos e determinados. Abriu a gaveta de utensílios e seus olhos fixaram-se em uma faca de churrasco. Era grande o suficiente para o que ele tinha em mente. Segurando-a firmemente, ele a escondeu debaixo da camisa. Antes de sair, voltou para o quarto e, num gesto carinhoso e perturbador, beijou suavemente a testa de sua esposa adormecida. "Não se preocupe,

