Soraya se jogou no sofá, a mente ainda fervilhando com as emoções do dia. Ela queria desesperadamente desabafar com alguém, mas quem entenderia? Sua vida estava emaranhada em tantos segredos, tantas camadas de medo e desejo. A imagem de Perigo continuava a dançar em sua mente. Ela se lembrou de quando tudo era mais simples, antes de serem engolidos pelo mundo do crime. Perigo sempre teve aquele ar perigoso, uma intensidade que a atraía e a assustava ao mesmo tempo. E agora, ali estava ela, ainda presa naquela teia de sentimentos confusos. Ela suspirou, levantou-se e foi até a janela. A noite estava calma, mas a calma do morro era enganosa. Todos sabiam que a qualquer momento tudo poderia mudar, e a violência podia explodir sem aviso. Era um mundo implacável, e Soraya tinha aprendido a na

