Thaís saiu do último hospital sentindo-se desamparada e esgotada. Restava apenas uma opção: ir à delegacia e registrar o desaparecimento de seu irmão. Caminhou com passos pesados até a delegacia, um edifício cinzento e desgastado pelo tempo, onde policiais bons se misturavam com corruptos. O sistema estava doente, e ninguém parecia disposto a curá-lo. Ela conhecia bem essa realidade, tendo sido vítima dela inúmeras vezes. Policiais sem compaixão muitas vezes tiraram dela as balas e águas que vendia nas ruas para tentar sobreviver, mas também havia encontrado alguns bons, que pagavam um almoço para ela quando estava visível que não comia há dias. Entrou na delegacia rezando intimamente para ser atendida por um bom policial. O lugar estava cheio de rostos cansados e indiferentes. Um homem d

