Capitulo Um

1272 Words
2 de setembro,2016 Meu querido diário, Tenho a sensação estranha de que o dia de hoje vai ser estranho. Porquê? eu não fazia ideia mas, a verdade é que era isso que eu sentia. Porquê será? São exatamente 6h43 da manhã e, aqui estou eu ja acordada. Eu acho que é ansiedade. Ansiedade de voltar á escola, de ver todos os meus amigos de novo. Talvez seja isso, ansiedade! Este ano seria tão difícil, tão diferente do anterior, eu nunca pensei que estaria a voltar á escola tão triste, tão abatida mas, a verdade é que eu estava. Mas quem não estaria se estivesse no meu lugar ? Aquele era suposto ser um dia de volta à escola, comun, eu me levantava , descia as escadas e encontraria a minha mãe preparando o pequeno almoço, o meu pai desceria 5 minutos depois, beijava -nos e sairia para trabalhar depois de, me desejar um dia de aulas. Mas, não eles não estariam lá hoje, aquele dia não seria igual Porque eles ja não cá estavam. Eu sinto tanto a falta deles, como irei fazer hoje ? Estou assustada! Alana parou de escrever no seu caderno rosa que, por acaso teria sido um presente da sua amada mãe. Ela olhou fixamente para aquela página do seu diário contemplando a sua última frase Estou com medo! Do que, ela tinha medo ? O que era exatamente que lhe causava tal sensação? Ela não poderia realmente colocar o dedo nisso porém, ela sabia que era verdade. O medo que, ela sentia era algo que, ela não poderia soltar, que ela não conseguia afastar e, olhando pela janela grande e branca do seu quarto ela obsevou a lua, tão cheia, tão bela. E, quando antes aquela visão a tranquilizava , naquele exato momento num arrepiu percorreu a sua espinha. Ela se arrepiou por inteiro, era estranho mas Hollow parecia mais n***o, a lua parecia mais n***a. Ela balançou a cabeça se desviando de tais pensamentos, a sua mão fechou o pequeno caderno com um suspiro escpando por de entre os seus lábios. Que ridículo! Desde quando, uma cidade poderia se tornar n***a de um dia para o outro? Desde quando a lua estava n***a ? E, a melhor pergunta seria , desde quando ela, Alana Dennis tinha medo do que, quer que fosse? Não! Ela não era assim ! Suspirando ela se pôs de pé, ela estava aborrecida e, com frio assim, ela pegou o seu cobertor quente que, naquele momento estava estendido sob a sua cama e, o colocou em volta dos seus ombros se aconchegando nele. Ela precisava se aquecer e, precisava se entreter. Afinal, ainda era cedo para se preparar para o dia de aulas que, ela já sabia viria com multiplas pessoas lhe questionando a mesma pergunta" Alana estás bem ?" Ela sabia muito bem que, aquela seria a pergunta que quase, se não, todas as pessoas iriam questionar assim que, a vissem. Era o costume ! E, ela saberia exatamente o que, lhes dizer " Estou otima , obrigada!" . Aquilo seria a mentira que, ela já estava acostumada a dizer, tão acostumada que, agora estava fácil para ela de falar, quase tão fácil que, ela quase acreditava na própria mentira. Quase! Como era obvio que ela não estava bem. Como poderia depois de perder os seus pais? Alana se viu se olhando no espelho de corpo inteiro e branco que, se encontrava preso na parede do seu quarto. Ela parecia a mesma Alana de sempre, cabelos cacheados e loiros, olhos claros, bonita. Alana aquela que era amável e amada por todos, Alana aquela que todos os garotos queriam ter no seu braço e, aquela que todas as meninas queriam ser mas, naquele momento ela percebeu que ela não era a mesma. Os seus olhos não tinham mais a vida, o brilho que antes neles se encontravam, os seus cabelos não pareciam tão sedosos e brilhantes e, o seu rosto não possuia o sorriso amável e feliz, que ela sempre usava no rosto. Não, ela era Alana, a órfã.! Com um suspiro e, se aprecebendo de que, as horas ja estavam a passar, ela decidiu que um banho quente seria provavelmente o melhor caminho a se fazer. Talvez um banho a fosse ajudar a relaxar ! O banho teria sido eficaz, ela teria demorado mais do que, era costume mas, naquele momento ela não se importava com isso, na verdade, ela até que preferiria ficar lá por mais tempo e, talvez fugir da escola naquele dia. Porém, ela sabia que não podia fugir para sempre. Assim, começou o seu ritual matinal, se vestiu com uma camisa vermelha de seda, umas calças justas pretas e uns botins de salto também pretos. Penteou os seus cabelos longos e loiros, os deixando soltos. Se olhando no mesmo espelho onde, antes teria olhado fixamente. E, lá estava a Alana que todos queriam, a beleza era a mesma mas, quem olhasse bem no fundo dos seus olhos iria perceber a diferença. Ela estava miserável! - Alana, despacha-te ou chegas tarde à escola!- a voz soou pelo seu quarto , vinda do andar de baixo. Sabendo que, aquela seria a sua deixa para descer, a garota suspirou não se reconhecendo no reflexo que, o espelho lhe mostrava. Pegou a sua bolsa escolar vermelha e desceu as escadas, os seus saltos ecoaram pela casa. Na cozinha estavam os seus tios, a sua tia Lilian e o seu esposo Terry. Lilian e Terry teriam ficado com a sua guarda depois de que, os seus pais morreram. Terry era o irmão mais novo do seu pai e, para ele teria sido um choque quando ouviu a noticia de que o seu irmão teria morrido e que, agora a sua unica sobrinha estaria sozinha. Terry não pensou duas vezes para assumir a responsabilidade de cuidar de Alana , pelo menos, até que ela fizesse dezoito anos. - Bom dia, tios !- Alana falou colocando um sorriso no rosto, o sorriso que, ela teria treinado naqueles meses. - Bom dia querida!- Terry falou bebendo a chavena que tinha na sua frente - Bom dia Alana , cafe ?- Lilian a questiona com um sorriso doce no rosto. - Não tenho muita fome, na verdade !- - Mas Alana, precisas comer !- Lilian não a deixou retrucar - aqui uma chávena quentinha de cafe para acordares e umas torradas com doce!- Alana apesar de realmente não ter muita fome decidiu fazer-lhe a vontade, lilian era um amor e teria deixado tudo para morar na casa dos cunhados para cuidar dela. Era o mínimo que, ela podia fazer ! - Como estas hoje Alana ?- A voz do seu tio ecoou pelos seus ouvidos , Alana subiu os olhos para o olhar. Ao cruzar com os olhos do seu tio ela viu a preocupação nos olhos do médico. - Estou bem Tio!- ela mentiu. - Se quiser pode faltar hoje !- - Não!- ela balançou a cabeça em negação- eu não quero faltar , tenho de voltar á rotina normal não é?- um sorriso triste estava presente no seu rosto . - Ninguém espera que voltes á normalidade de antes querida!- Lilian quem respondeu com um sorriso carinhoso no seu rosto. Alana se levantou da cadeira, lhes direcionou o sorriso que, ela treina há meses, pegou a sua bolsa e, antes de desaparecer da casa ela falou: -Eu sei, bom trabalho para vocês dois!- Ela não esperou par ouvir qualquer resposta , apenas saiu da casa esperando que aquele dia não se tornasse num inferno. Normalidade era coisa que, ela não sabia se ainda tinha!
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