Ezequiel

943 Words
Seis meses se passaram e Belinda realmente estava contente, para alguns era uma vida fútil e sem grandes emoções, mas ela estava preservada dos planos sexu@is de seu pai. Mas tudo estava muito bom para ser verdade. A dona da pensão jogou um balde de água fria em seu presente pacífico, assim que ela chegou da academia: _ Minha filha, sente-se aqui. Estavam na cozinha gigante da pousada, era grande, mas tudo muito simples. _ Aconteceu alguma coisa? Ou eu fiz algo errado, dona Benta? _ Não, você é como um anjo que caiu do céu, me ajuda e muito, mas está é a hora de me aposentar, minha irmã pediu para morar com ela. Belinda conhecia Rita, era uma senhora simpática e só tinha um filho que estava planejando se casar. _ E vou vender essa pousada, se você fosse mais velha deixaria sobre sua responsabilidade, mas é muita nova e bonita, seria um prato cheio para os homens ao redor. A senhora tinha razão, só não sabia onde viveria depois disso. O dinheiro guardado duraria 6 meses no máximo e só tinha sido capaz de guardar aquela quantia porque todas as suas roupas eram usadas, garimpava de brechó em brechó, mas adorava andar pela cidade em busca daquelas peças. O guarda roupa dela tinha peças exclusivas e renomadas que tinham custado menos de 5 dólares. _ Vou procurar emprego. Quando a senhora vai? _ Na próxima semana,. Mas tenho uma opção de emprego para você. Belinda deu um sorriso para a senhora. E dona Benta se sentiu culpada, podia estar ajudando a acabar com a vida daquela doce e corajosa menina. Porém, não teve escolha, resistiu por muito tempo, a pressão que Benjamin Orlov fez sobre ela para que Belinda fosse parar na casa dele. Tinha 6 meses que Belinda estava ali, e fazia exatamente 5 meses e 15 dias que o homem a pressionava. Benta suspeitava que estava viva, por ser mulher, velha e ser tia de um irmão distante deles, caso contrário o homem a tinha trucidado. Mas agora não dava mais para postergar, primeiro porque o ultimato dele tinha sido dado e segundo porque os Orlov havia feito algum tipo de acordo com o sobrinho de Benta, de nome Rodolfo. Benta só rezava para que a menina sentada na sua frente, não se quebrasse ao ficar próxima daqueles homens que os inimig0s e até mesmo os amigos temiam. Eram chamados de “os terríveis”. _ Onde é o trabalho? _ Para trabalhar em casa, são dois rapazes, e precisam de alguém para fazer o serviço doméstico e a comida. _ Não são casados? _ Não, só os dois irmãos. Um deles vem aqui a noite e se você concordar já se muda para lá. Belinda ficou sem saber o que fazer, se não aceitasse, dentro de poucos dias ficaria sem moradia e sem emprego. Se não encontrasse outro rapidamente, se veria em um beco sem saída. Não voltaria para a casa dos pais, e precisava tirar Beatriz de lá, antes que fosse tarde demais, da última vez que havia falado com a irmã, a achou tristonh@, mas Beatriz jurou que estava bem. Precisava aceitar, mesmo achando que era loucura trabalhar com dois homens. _ Vou ficar segura com eles? Benta pensou por um momento, nunca soube que os irmãos atacassem mulheres. _ Vai, menina, são intimid@ntes, mas não vão m@chucá-la. Benta desejou ardentemente que não estivesse enganando aquela menina, mas ela própria não tinha outra saída. Belinda subiu para seu quarto pensativa, não tinha outra opção, não realmente. Já era quase 19:00 horas, quando ela escutou a campainha, os hóspedes eram quase todos idosos, estavam na cama. Então ela sabia que tinha chegado a hora de conhecer seu novo empregador. Desceu as escadas apreensiva, o homem na sala, ao lado de dona de Benta era enorme, vestia um terno e ela se sentiu intimida@da. Desejou correr quando o homem estendeu a mão para cumprimentá-la. _ Ezequiel Orlov Era o dono da academia. No tempo em que passava no estabelecimento dele, nunca tinha visto nenhum dos dois irmãos. Ela não queria contato nenhum com ele, o homem inspirava perig0. Ela sabia que pessoas como ele não eram cordiais, ela era jovem, mas não idiot@. Deu um passo para trás, mas o homem deu um sorriso tão carinhoso para ela que Belinda se sentiu desarmada. Belinda realmente não era idiot@, mas era jovem demais para entender que homens como aquele não buscam suas empregadas em pousadas simples, e muito menos as recolhem pessoalmente, o que Ezequiel fazia era dar o bote. Há tempos buscava alguém como ela, a primeira vez que a viu sabia que ela estava destinada a preencher um dos espaços na casa dos Orlov. A casa que eles construíram com tanto cuidado, ali era uma fortaleza, mas um castelo para a mulher que morasse ali. Na verdade, eles nem mesmo precisavam de uma empregada, a cada dois dias uma empresa mandava quatro funcionárias limpar. A grama a cada quinze era aparada, mas precisava de Belinda, primeiro porque gostava do que via quando a olhava, e segundo porque foi a primeira vez que Benjamin demonstrou interesse real em uma mulher. Seu irmão até mesmo cuidava dela, e chegou a quebrar o nariz de dois homens que chegaram muito próximo daquele passarinho assustado com o mundo que estava agora em sua frente. Belinda pertencia aos irmãos Orlov, provavelmente pertenceria mais a Benjamim do que a ele, mas Ezequiel não se importava, precisava oferecer um pouco de luz a escuridão de Benjamim, pois se Ben continuasse assim logo ele estaria sem sua outra metade, e ele sucumbiria também.
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