GABRIELE
Que semana tensa, Deus é mais. De segunda pra ca parece que foi uma eternidade, sendo que foram só 5 dias e em todos esses benditos dias o Pietro foi lá e exigiu que eu fosse atender a mesa dele. Bom é que teve até gorjeta pra mim, e teve dois dias que ele foi de manhã e a tarde pra tomar café, mas ele tava intercalando, dia sim dia não ele tomava aquele cappuccino que eu preparei com bolo e tudo. Mas tinha dia que ele pedia uma combinação super estranha : café preto meio amargo, uma barrinha de chocolate ao leite e 1 croissant açucarado e 1 croissant com pedacinho de chocolate belga. Credo . nao sei como ele consegue esse comer essa combinação toda.
Tudo que eu queria hoje é minha caminha hoje, mas infelizmente tenho que trabalhar. Em pleno sábado as 6:30 da manhã vem um i****a querendo graça, e eu tô com nem um pingo de saco pra aturar essa peste.
Gabriele - some da minha frente
XX- por que princesinha, eu só tô querendo fazer amizade
Gabriele - eu não quero amizade com você p***a, eu quero ficar sossegada e ir pro meu trabalho em paz
XX- e eu quero te dar um pega ali do lado
Gabriele - aí meu Deus, você é nojento. se você não sair daqui você vai se arrepender
XX- por que ? parece que tem uma maravilhosa boquinha de veludo
a vontade que eu tinha era de dar na cara dele mas aí eu prefiro ficar na minha sabe pra evitar a fadiga, o problema é que ele queria o caos e a bagaceira. O desgraçado chega perto de mim e me agarra tentando colocar a língua no meu ouvido se esfregando todo em mim e aquela mão horripilante na minha cintura b***a aí que nojo que me deu. Pra me soltar foi difícil viu, as pessoas super s*******o não me ajudaram nem um pouco. Dou uma cutuvelada no rim dele e tiro meu taiser da bolsa; Acerto bem no pescoço dele e ele vai no chão se debatendo ainda por causa do choque.
A porcaria do segurança chega me questionando o do por que ter feito aquilo, até tentei explicar a situação e mas eles não dão atenção. Poxa é sempre assim né, a mulher sai como culpada até que provém o contrário, o que foi que aconteceu, pois uma mulher que já estava incomodada com a situação saiu aos berros com o policial, coisa que ela devia ter feito antes também , mas ok. O policial pediu para puxarem nw gravação e viram tudo, quiseram alegar que eu dei moral mas mostrei pra eles que não. Eles acabaram cedendo por que viram que eu estava certa, e me liberaram, mas a frustração fica ne.
Sigo o caminho todo pro serviço entalado na garganta, mas quando desço do trem o choro começa a escorrer , e até chegar no serviço que não é longe eu já me desfiz completamente em choro. Entro pro meu 1 turno e a cara da Diana de piedade me faz querer chorar mais ainda, eu até tento segurar mas não dá.
Diana - que foi menina, aconteceu algo ?
Alana - um homem me tarou no metro e os policiais duvidaram de mim achando que eu agredi o filho duma pu
Não termino de xingar por respeito a Diana, mas a vontade é de chorar gritar e extravasar e sair vazado daqui entrar no meu quarto deixar todo escuro e chorar chorar até essa sensação passar.
Diana - vamos lá no fundo, tomar uma agua, vou abrir a loja 5 min mais tarde vamos.
A gente vai pra tras da loja e ela me abraça e eu choro ainda mais, não sei se é medo de acontecer dinovo, medo de ser julgada , não sei , mas queria parar de sentir isso.
Me recomponho por que nosso tempo é escasso. Vamos pra frente da loja e enquanto eu organizo a bancada vejo uma sombra na porta, e adivinhem quem é? Pois é, vou abrir a porta e o olhar dele me fuzila
Gabriele - oi bom dia, desculpe a demora. Tivemos pequeno imprevisto.
Pietro - hum. Bom dia, onde está seu sorriso ? ____ ele pergunta sério, parado na mesma posição ____
Gabriele - perdão, tive uma manhã horrível. Bom vamos entrar __ tento forçar um sorriso só pra ele não ficar bravo ____
Pietro - tudo bem, se não estiver bem pra sorrir não tem problema.
Gabriele - obrigada, se sente que já trago o seu pedido. Comum ou especial ?
Pietro - especial por favor.
Preparo o café especial dele e entrego tentando sorrir, e ele percebe o meu esforço e até tenta ser legal , sorri sem mostrar os dentes e ainda com a testa franzida agrade.
Quando ele termina o café dele faz um sinal pra mim indicando que quer a conta, levo a conta ate ele, e ele pega na minha mão assim que coloco a nota na mesa.
Pietro - escuta você precisa conversar
Gabriele - não, está tudo bem, mas obrigada
Pietro - quem disse que eu perguntei ? Estou te afirmando isso.
Gabriele - Pietro escuta, estamos em posições super diferentes e não é querendo ser grossa, mas acho que meus assuntos não vão interessar a você uma pessoa tão da alta.
Pietro - se eu estou te dizendo que quero ouvir é por que realmente quero e eu vou. Na sua troca de turno eu sei que você não fica aqui, então vá a sua casa e pega uma roupa pra sair comigo por favor. E se você não esperar eu chegar aqui te pegar e levar para algum lugar pra conversar com um colega eu vou entender e nunca mais se fala nisso.
Gabriele - eu não tenho escolha né.
Pietro - basta você me esperar aqui na frente.
Gabriele - tá certo , vou pensar bem nisso. Obrigada, tenha um bom dia ta
Pietro - você também, te espero mais tarde.
Não sei o que fazer , ir ou não? Arriscar perder uma pessoa que veio todos os dias até em dobro pra tomar aquele café esquisito e pelo visto ele não vinha em 2 horário. E agora o que eu faço ??? Tá vou pensar nisso bem, pelo menos eu consigo distrair minha cabeça desse caos que aconteceu mais cedo, ou pode virar um caos ainda pior depois.