O CEO e a Garçonete.

CAPITULO 3

PIETRO NARRANDO.

Depois desse café da manhã maravilhoso ( sqnem tanto) achei que nada podia piorar né; mas piorou por que recebi um e-mail falando que o meu pai estaria fazendo uma visita nas empresas. Eu e ele nunca nos demos muito bem e agora com essa viagem dele pioraram as coisas, principalmente porque ele queria dar uma de novinho e pegar as modelos; m*l sabe ele que elas só queria o dinheiro mesmo e com certeza quando ficavam com ele tinha que ser de olhos vendados.

Os relatórios estavam ótimos, maravilhosos para ser exato o problema é que as coisas só estavam boas quando meu dignissimo meu pai estava na empresa. Pois bem estava eu no meu escritório quando adorável secretaria Sandra, uma mulher de uns 50, que trabalha pra nos desde que me entendo por gente.

Sandra - bom dia senhor Pietro, seu pai já chegou e está no escritório dele te esperando pra reunião das 9hs

Pietro - o combinado não era ele vim aqui na minha sala ?

Sandra - eu sei senhor, mas o seu pai é seu pai né, ele apenas chegou em mim e disse : "avise ao meu filho que o espero em minha sala " __ ela tenta imitar a voz grossa dele

Pietro - aí Sandra, só você mesmo. Os relatórios são só esses mesmo ou o meu assistente incompetente deixou algum espalhado por aí?

Sandra - pelos números são só esses mesmo senhor.

Pietro - certo, me deseja sorte viu e muita paciência.

Ela sai sorrindo pra mim, sabe que quando meu pai vem a empresa coisa boa não dá no fim dessas reuniões.

Essas reuniões na verdade são pretextos pra ele vir aqui e esculhambar com a minha gestão.

O corredor para a sala dele parece mil vezes maior quando ele tá aqui e isso nem acontece com frequência, não é que eu não goste dele aqui é que eu não gosto dele mesmo. A nossa interação pai é filho ficou lá atrás nos meus 12 anos até ele começar a me treinar pra ser o herdeiro dele.

E quando digo treinar foi treinamento mesmo, todos os dias lia relatórios e ele sempre deixava alguma coisa coisa pra que eu precisasse corrigir. E se eu não corrigisse o ditador vinha com uma régua e acertava a palma da minha mão e até algumas vezes a minha orelha. Essa foi a minha querida infância com o ridículo do meu pai.

Chego na porta dele, respiro fundo duas vezes, confiro os documentos novamente e ajeito pela milionésima vez o meu terno. Bato 3 vezes à porta e espero ele dizer se posso entrar.

Gerrard - Pode entrar

Pietro - Bom dia senhor meu pai, voltou mais rápido que eu esperava

Gerrard - é bom saber que meu filho sentiu minha falta.

Pietro - sem sombra de dúvidas. Como estava miami ?

Gerrard - Úmido, já Paris estava florida o suficiente para se aproveitar um café ao lado de boas companhias.

Pietro - você é nojento pai.

Gerrard - não sei pra que essa indignação, até parece que você não é o pegador daqui do Brasil. Em quantos eventos daqui você não já foi e saiu acompanhado por não sei quantas mulheres ?

Pietro - mas nao se compara a você. Mesmo que eu saia acompanhado eu sei como tratar uma mulher ao falar dela pra outras pessoas.

Gerrard - sei, mas em compensação na frente dela tu é um vagabundo que come e nem espera amanhecer pra mandar ela embora, e quando espera não serve nem um café.

Pietro - é claro, ela foi pra morar por acaso ?

Gerrard - não, mas tratar ela melhor seria bom

Pietro - escuta pai eu não vim aqui pro senhor ficar falando das minhas fodas não. Os relatórios já estão aí na sua mesa, conferi mais de 3 vezes e está tudo dentro do padrão e ainda melhor em algumas unidades.

Gerrard - eu sei, eu já li esses relatórios e fui eu quem te ensinei a fazê-lo e revisa los. Em alguns espaços era pra estar bem melhor , o que está acontecendo?

Pietro - o senhor não quer me ouvir e fazer um quiosque de café centralizado e estratégico como teste , você ia ver que ia dar muito certo e todo mundo ia aprovar por ser prático e rápido.

Gerrard - outra hora quem sabe

Pietro - ótimo, então as coisas vão ficar empacadas feito mula que é bem isso que o senhor é

Gerrard - mas eu ainda sou seu pai e tenho a maior parte das ações dessa empresa

Pietro - pode até ser, mas ninguém consegue te respeitar por que você merece e sim pelo seu poder, poder sem respeito não é nada.

Gerrard - Garoto insolente.

Pietro - sim sou mesmo, mas administro melhor essa empresa que você.

Gerrard - só não esqueça que seus dias como chefe estão acabando rapaz

Pietro - vai voltar é? me avisa pra eu deixar pronta as minhas coisas.

Gerrard - e quem diz que eu aceito sua demissão?

Pietro - não precisa aceitar, eu saio e pronto.

Gerrard - veremos então.

Saio da sala dele batendo a porta e bufando , esse homem não podia estar mais r**m. Não sei como seria essa convivência se ele realmente voltar pra presidência. Acho que seria como uma guerra nuclear viu, e só um de nós sobreviveria.