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2109 Words
Eu me virei e olhei para ele com surpresa. O que? Eu nem sequer percebi que ele estava perto de nós. Mas com a sua pergunta, eu tinha certeza de que ele não tinha ouvido Adrian falando comigo. Eu só podia imaginar o tumulto que iria criar se tivesse. — Bem, Jennifer? — Pierre cutucou, dando ênfase a meu nome. — Eu não sei do que você está falando. — Eu disse, orgulhosa que minha voz não vacilou e eu não parecia tão instável como eu me sentia por dentro. Algo sobre este homem me intrigava, me avisava. Ele soltava uma vibração perigosa, mas também tinha uma certa vulnerabilidade. — Não seja tímida, Jennifer. — Ele franziu a testa. — Você obviamente tem que ter um motivo para estar com o meu irmão. Então o que é? — E o que há de tão errado com o seu irmão? — Eu perguntei, esperando e rezando para que ele não dissesse algo como 'Adrian é gay' ou algo assim. — As meninas não costumam cair aos pés do Adrian. — Ele disse, e eu o peguei. A arrogância completa em sua voz. Ele pensava que Adrian não era suficientemente bom e as meninas não se apaixonavam por ele. Eu queria bater nele. Ele realmente tinha atravessado uma linha neste momento. — Certo. — Eu disse entre dentes. — Porque elas estão muito ocupadas caindo aos seus pés? Mas eu não sou uma delas, o Sr. Lawrence. Adrian é um homem incrível. Eu tinha muito orgulho de ele ser meu melhor amigo. — Ele tem o coração mais compassivo do mundo, é engraçado, fica comigo mesmo quando estou no meu pior e você sabe o quê mais, a lista é interminável. — Então eu adicionei com veneno. — O fato de que ele ser divinamente maravilhoso é apenas a cereja no topo do bolo. Pierre pareceu surpreso com a minha explosão. Ele não parecia se importar de ter acabado de insultar seu irmão. Ele parecia se importar com o que eu disse sobre o Adrian e que eu quis dizer cada palavra. — Você conseguiu me pegar de surpresa duas vezes em apenas algumas horas, Jennifer. — Pierre sorriu. — Primeiro com o tapa e agora isso. Então, você realmente não tem nenhuma intenção de roubar dinheiro do meu irmão? Eu fiz uma careta para ele. — Ele pode dizer a você que eu nem sabia quem era o seu pai ou sobre a linhagem dele até que a sua mãe me visitou alguns meses atrás e me fez a mesma pergunta. E, para a sua completamente e totalmente inadequada pergunta, não. Eu tenho dinheiro o suficiente para mim. — E o que você faz? Eu cerrei os dentes, com a certeza de que eu teria que ir ao dentista a este ritmo. — Eu não estava ciente de que este é foi um interrogatório. Estou muito cansada agora, por isso, se você não se importa, eu gostaria de descansar. — Você está me rechaçando? — Pierre perguntou pasmo, como se o simples pensamento o apavorasse. — Sim. — Eu falei devagar, como se falasse com uma criança. — Não espere que eu seja mais uma pessoa a cair aos seus pés. Ele parecia tão surpreso que eu suprimi uma risadinha. Era óbvio que ele não estava acostumado a ser recusado ou a receber tais respostas contundentes. Seu belo rosto foi amassado, e uma parte da minha mente me disse o quão bonito ele se parecia com isso. Isso me atingiu como um balde de água fria. Fofa, Pierre Lawrence? Sim, eu definitivamente precisava de algum descanso. — Ok, então. — Ele disse lentamente, como se ainda tentasse processar minhas palavras. — Eu vou deixá-la com ele. Fechei a porta depois que Pierre virou à esquerda, e pareceu que uma grande carga de rochas tinha sido tirada dos meus ombros. Eu coloquei minha mala no chão e me aconcheguei na cama confortável. O sono me levou imediatamente. Acordei com um bater de forma consistente na minha porta. Eu gemi e levantei-me, abrindo a porta para ver um Adrian sorrindo em pé lá. — O que? — Rosnei. Ele riu. — Hora do chá de bebê. — Ele caçoou. — Desvantagens de ser de uma família como esta. Talvez apareçam uma ou duas garotas das redondezas. Eu fiz uma careta. — Se essa é a sua tentativa de me fazer ciúmes, não está funcionando. Estou realmente feliz que meus pais não me mantêm constantemente deprimida. Ele me olhou de cima a baixo e então seus olhos foram para outro lugar. Ele se abaixou e eu olhei para ele com horror. Ele ia me beijar? Em vez disso, ele me empurrou para o quarto e trancou a porta. Ele colocou um dedo sobre os lábios e balançou a cabeça para a porta fechada. Foi só então que ouvi os passos. Maldição. Pierre. — Merda! — Eu exclamei. — Eu pensei que você ia me beijar! O olhar no rosto de Adrian era tão cômico que comecei a rir. Ele parecia horrorizado com o pensamento. Ele olhou como se o seu cão tivesse morrido ou ele tivesse comido uma meia. — Oh não! Eu já te disse garota, eu sei que sou irresistível, mas eu não sigo esse rumo. Dei-lhe um olhar sujo. Quando eu domei meu cabelo e coloquei um pouco de maquiagem, as palavras de Pierre vieram à minha mente. Eu tinha que avisar ao Adrian que o bastardo do seu irmão não acreditava realmente que estávamos namorando. Tínhamos que agir de forma mais convincente. Marie já estava comendo em nossas mãos, mas ainda tínhamos que encontrar o pai de Adrian. — Sério Jenny, hoje? — Adrian reclamou. Dei-lhe o beijo no nariz e ele riu. Então pegou minha mão na sua e eu me senti engraçada. Mas eu tinha que fazer isso. Descemos as escadas, rindo enquanto Adrian falava sobre o planejamento de nosso casamento. Eu congelei quando Marie e Pierre olharam para nós com interesse e um vermelho cobriu minhas bochechas. Ele pareceu notar o meu desconforto e sua névoa maligna apareceu por cima da sua cabeça. — Gente, parem de olhar para ela assim. Si spaventarla. Eu dei a Adrian um olhar sujo, não gostando muito do que ele falou em italiano, sabendo que eu não entendia. — Oh, desculpe querido. — disse Marie. — Venha e sente-se. Collie estava prestes a servir o chá. Infelizmente eu estava sentada ao lado de Pierre e Adrian sentou do meu outro lado. Meu corpo de repente estava em alerta máximo. Eu estava ciente de quão perto estávamos sentados. Se qualquer um de nós se movesse uma polegada em direção ao outro, estaríamos tocando um ao outro. Seu cheiro diferente chamou minha atenção e de repente me vi fantasiando. E o pior, eu queria mais. — Então, Jenny, como está o negócio no café? — Marie perguntou. Eu sorri. — Ótimo! Felizmente eu tive tempo suficiente para arrumar tudo após Adrian me dizer que estava vindo aqui. — Café? — Pierre perguntou. — Sim. — Disse Adrian. — Jenny possui um café. Um incrível café. Você deve experimentar na próxima vez que for a Londres. — Então, você começou tudo isso no seu país? — Pierre perguntou, seu rosto mostrando um interesse repentino. Eu balancei a cabeça. — Eu guardei um pouco de dinheiro durante a faculdade e trabalhei em uma empresa corporativa por um ano até que tivesse o suficiente e, em seguida, construí o meu café. Ele é meu bebê. — E... — Antes de Pierre poder continuar o que ele estava dizendo, meu telefone tocou. Eu dei a ele um olhar de desculpas e o tirei do bolso do meu jeans. — Sinto muito, eu tenho que atender isso. — Eu disse. — É urgente? — Marie perguntou. Eu balancei a cabeça. — Oh, não. É apenas a minha mãe. É que eu esqueci completamente que... Oh droga! Adrian riu e eu atirei-lhe um olhar firme de repreensão. Levantei-me, me afastei da mesa e atendi. — Oi mãe! — Querida, você está ocupada? — A minha mãe perguntou e eu peguei a urgência em sua voz. Mamãe era geralmente calma e composta. — Hum... não. — Respondi. — O que aconteceu? — Shelly está aqui e ela está pedindo para ver você, falar com você. Porra. — Mãe? Dê-me um minuto e eu vou chamá-la no vídeo, está bem? — Eu perguntei, respirando fundo para me acalmar. — Claro, querida. — Disse minha mãe. — Só não demore muito. — Sim, mãe. Dois minutos. Corri de volta para a mesa. — Eu sinto muito, mas não posso acompanhá-los para o chá. Algo realmente importante surgiu. — É trabalho, querida? — Marie perguntou. — Uh... não. — Eu disse e, em seguida, olhei para Adrian. — Shelly está na minha casa. — Merda! — Ele amaldiçoou e antes que eu percebesse, ele estava me arrastando até as escadas. Uma vez que chegou ao meu quarto, eu liguei no meu laptop e assim que eu entrei, o rosto preocupado da mãe encontrou o meu. Eu fiz uma careta. O que Shelly quer agora? — Mãe, quando ela veio? — Eu perguntei. — Cerca de uma hora atrás. Eu queria pará-la. Ela foi para o seu apartamento, mas você não estava lá e ela ainda foi para o café. Depois disso, ela veio pedindo para ver você. Mamãe estava preocupada. Era óbvio em seu rosto. Ela não sabia o que fazer ou dizer. Shelly poderia ser completamente uma chata. Eu só a tinha visto duas vezes e eu já sabia que ela era uma senhora inconveniente. Ela sempre conseguia o que queria. — Mãe, basta trazê-la aqui. — Eu suspirei. Minha mãe franziu a testa. — Onde você está, Jenny? Dei-lhe um pequeno sorriso desconfortável, — Uh... Você sabe... culpa ... do Adrian! — Ei! — Adrian protestou. — Eu não fiz nada! Ela concordou em vir comigo Sra. Kingsley. — Onde estão vocês? — Mamãe perguntou, franzindo a testa agora. — Itália? — Mordi o lábio, esperando pelo melhor. Eu não sabia qual seria a reação dela, mas eu realmente esperava que ela não caísse como toda mãe em cima de mim. — O que?! — Ela exclamou. — Vamos falar sobre isso mais tarde, agora você tem que tirar essa mulher da minha casa! — Sim, mãe. — Eu concordei. Eu ouvi alguns barulhos e depois o rosto de Shelly veio à tona. — O que você quer? — Eu perguntei a ela. — Eu queria ver você. — Shelly respondeu, chateada pelo meu tom. — Mas foi difícil com o seu jogo de esconde-esconde. — Eu não estou brincando de esconde-esconde. — Eu disse entre os dentes. — Eu não quero conhecê-la. E eu não estou no país. — Onde você está? — Ela incitou. — França. — Adrian respondeu por mim e se possível, o cenho de Shelly tornou-se mais pronunciado. — Eu... — Shelly começou a dizer, mas eu a cortei. — Olha, eu não estou aí e eu realmente não posso falar com você agora. Eu estarei de volta em três semanas, eu posso falar com você, então? Ela fez uma pausa, considerando o que eu disse. Então ela deu a Adrian um olhar afiado. Depois virou o rosto para mim. — Bem, então tudo bem. — Em seguida, ela acrescentou com um sorriso adocicado. — Você está ciente do que vai acontecer se você não mantiver sua promessa. — Muito. — Eu rebati, saindo antes que pudesse dizer qualquer coisa. Eu caí para trás e Adrian sentou-se ao meu lado. — Bem, nada. — Adrian xingou e eu os meus pensamentos espelhavam os dele. Ele era como o irmão que nunca tive. Ele sabia tudo sobre mim e como tudo isso me levou até a borda. Ele não era como todas as pessoas gays extravagantes que você via na TV. Ele era um cara normal, que gostava de fazer coisas normais, mas que preferiu seu próprio sexo. — Você quer sair e esquecer um pouco as coisas? — Adrian perguntou gentilmente. — Não, está tudo bem. Nós vamos para baixo, eu me sinto m*l por deixar o chá assim. — Mamãe não vai se importar, Jenny. Eu vou apenas dizer-lhe que tinha um telefonema estressante e teve que relaxar. Dei-lhe um sorriso. — Está tudo bem. Vamos descer. Descemos em silêncio absoluto. Marie ainda estava na sala de jantar, falando com Pierre. Eles olharam para cima quando entramos. Marie sorriu e o olhar no rosto de Pierre me disse que eu não gostaria do chá.
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